Bissau,07 Jun 19(ANG) - O Vice-Coordenador do
Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), Luís Oliveira Sanca, exortou ao
Chefe de Estado guineense, José Mario Vaz, a não ceder, em nenhum momento, à
pressão para nomear o novo primeiro-ministro e muito menos formação do novo
governo, enquanto não for concluída a eleição da mesa de ANP .
Oliveira Sanca ainda acusou o líder do Partido
Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões
Pereira, “de ser desorganizador e perturbador do Estado da Guiné-Bissau”.
Luís Oliveira Sanca fez
a acusação no espaço em frente à Câmara Municipal de Bissau, após a
manifestação dos militantes e simpatizantes do Movimento Para Alternância
Democrática MADEM-G15 , do Partido da Renovação Social (PRS) e mais dois movimentos
de apoio a JOMAV e Botche Candé, que teve início no espaço verde de Bairro de
Ajuda, em Bissau.
No seu
discurso a milhares de militantes, simpatizantes e apoiantes dos dois partidos,
Oliveira Sanca disse que uma pessoa com formação sόlida para dirigir o país não
pode ter comportamento como atual líder do PAIGC em relação ao seu país.
“Queremos
saudar todos os partidos políticos legalizados no país que estão a lutar para
reconstrução da Republica da Guiné-Bissau em especial o nosso aliado, Partido da
Renovação Social que vamos continuar unidos para sempre. Queremos estender a
nossa saudação às organizações internacionais no país, sendo testemunhas de
tudo o que aconteceu durante cinco anos na Guiné-Bissau”, sublinhou.
Por outro
lado, o vice-presidente do Partido da Renovação Social (PRS), Jorge Malú, informou
que os renovadores e o Movimento para a Alternância Democrática MADEM-G15 não
permitirão uma formação política com 46% de votos ocupar 80% dos lugares da
mesa da Assembleia Nacional Popular.
“Estamos
aqui nesta manifestação convocada pelos dois partidos da oposição para ajudar
interpretar de forma clara o que é a democracia, porque PAIGC e os seus aliados
têm dificuldades em fazer interpretação da democracia de maneira que não vamos
permitir de forma nenhuma que as pessoas transformem a mesa da Assembleia
Nacional Popular num “Mandjuandadi di Lobos”. Portanto, a lei está bem clara
sobre essa matéria”, vincou.
O
dirigente dos renovadores encorajou as forças de defesa e segurança do país
pelo espírito republicano demostrado ao longo da crise que durou mais de quatro
anos, sem, no entanto, aceitar provocações dos políticos, ou seja, impedi-los
que abram alas.
“Quero
informar-vos que vamos continuar a reivindicar para que MADEM retome o seu
lugar que merece, através do nome que foi indicado pelo Movimento, como também
exigir a devolução do posto de 1º secretário ao PRS, terceiro mais votado”,
observou.
O
parlamento agendou para o próximo dia 11 de junho uma sessão plenaria no
decurso da qual deverá, entre outros assuntos, ser feita a eleição do segundo
vice-presidente da ANP, cargo não preenchido devido a recusa do Madem g-15 de
substituir o nome do seu coordenador, Braima Camará, indicado para esse lugar
mas que fora chumbado com votos da
maioria parlamentar na sessão decorida a 18 de abril passado.
Não está
prevista nova eleição do cargo de 1º secretário da ANP reclamado pelo PRS. ANG/O Democrata
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