sexta-feira, 7 de junho de 2019

Política






Bissau,07 Jun 19(ANG) - O Vice-Coordenador do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15), Luís Oliveira Sanca,  exortou ao Chefe de Estado guineense, José Mario Vaz, a não ceder, em nenhum momento, à pressão para nomear o novo primeiro-ministro e muito menos formação do novo governo, enquanto não for concluída a eleição da mesa de ANP .

Oliveira Sanca ainda acusou o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, “de ser desorganizador e perturbador do Estado da Guiné-Bissau”.

Luís Oliveira Sanca fez a acusação no espaço em frente à Câmara Municipal de Bissau, após a manifestação dos militantes e simpatizantes do Movimento Para Alternância Democrática MADEM-G15 , do Partido da Renovação Social (PRS) e mais dois movimentos de apoio a JOMAV e Botche Candé, que teve início no espaço verde de Bairro de Ajuda, em Bissau.

No seu discurso a milhares de militantes, simpatizantes e apoiantes dos dois partidos, Oliveira Sanca disse que uma pessoa com formação sόlida para dirigir o país não pode ter comportamento como atual líder do PAIGC em relação ao seu país.

“Queremos saudar todos os partidos políticos legalizados no país que estão a lutar para reconstrução da Republica da Guiné-Bissau em especial o nosso aliado, Partido da Renovação Social que vamos continuar unidos para sempre. Queremos estender a nossa saudação às organizações internacionais no país, sendo testemunhas de tudo o que aconteceu durante cinco anos na Guiné-Bissau”, sublinhou.

Por outro lado, o vice-presidente do Partido da Renovação Social (PRS), Jorge Malú, informou que os renovadores e o Movimento para a Alternância Democrática MADEM-G15 não permitirão uma formação política com 46% de votos ocupar 80% dos lugares da mesa da Assembleia Nacional Popular.

“Estamos aqui nesta manifestação convocada pelos dois partidos da oposição para ajudar interpretar de forma clara o que é a democracia, porque PAIGC e os seus aliados têm dificuldades em fazer interpretação da democracia de maneira que não vamos permitir de forma nenhuma que as pessoas transformem a mesa da Assembleia Nacional Popular num “Mandjuandadi di Lobos”. Portanto, a lei está bem clara sobre essa matéria”, vincou.

O dirigente dos renovadores encorajou as forças de defesa e segurança do país pelo espírito republicano demostrado ao longo da crise que durou mais de quatro anos, sem, no entanto, aceitar provocações dos políticos, ou seja, impedi-los que abram alas.

“Quero informar-vos que vamos continuar a reivindicar para que MADEM retome o seu lugar que merece, através do nome que foi indicado pelo Movimento, como também exigir a devolução do posto de 1º secretário ao PRS, terceiro mais votado”, observou.
O parlamento agendou para o próximo dia 11 de junho uma sessão plenaria no decurso da qual deverá, entre outros assuntos, ser feita a eleição do segundo vice-presidente da ANP, cargo não preenchido devido a recusa do Madem g-15 de substituir o nome do seu coordenador, Braima Camará, indicado para esse lugar mas que  fora chumbado com votos da maioria parlamentar na sessão decorida a 18 de abril passado.
Não está prevista nova eleição do cargo de 1º secretário da ANP reclamado pelo PRS. ANG/O Democrata




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