terça-feira, 7 de janeiro de 2020

EUA


   Trump destruirá 52 alvos no Irão se Teerão atacar interesses americanos
Bissau, 07 jan 20 (ANG) - O Presidente americano, Donald Trump, nas vestes de comandante em chefe das forças armadas, ameaça o Irão com ataques devastadores, se Teerão insistir em querer atacar interesses americanos em represália ao assassínio do general iraniano Soleimani por forças americanas.
Trump, escreveu no Twitter que os Estados Unidos já têm identificados 52 alvos que serão atacados "muito rapidamente e muito duramente" se o Irão atacar objectivos americanos.
Certos desses alvos iranianos "são de alto nível e muito importantes para o Irão e para a cultura iraniana", escreveu numa série de tuítes, o chefe da Casa Branca. "Os Estados Unidos já não estão dispostos a mais ameaças", advertiu, Donald Trump.
O Presidente americano, escreve na sua conta Twitter que os 52 alvos selecionados para serem atacados, têm uma carga simbólica representando "os 52 reféns americanos retidos durante mais de um ano em fins de 1979 na embaixada americana em Teerão pelas autoridades iranianas".
O Irão que já tinha prometido vingar o assassínio do general Soleimani, reagiu, desafiando Trump a ter "coragem" de atacar os alvos escolhidos, maneira de reafirmar também que não recuará nas ameaças já feitas de retaliação.
O embaixador iraniano na ONU, Majid Takht Ravanchi, denunciou um "acto de guerra" que deve ter uma resposta "militar".
Nesse sentido aumenta a tensão e as facções pró-iranianas no Iraque e duma maneira geral no Irão e Médio oriente apelam a ataques contra bases e tropas americanas ou diplomatas americanos.
No Iraque, o Parlamento pediu ao governo iraquiano para expulsar a coligação internacional do país, liderados pelos Estados Unidos.
Em matéria de reacções diplomáticas, Paris e Moscovo, apelam à retenção e ao respeito do acordo de Viena sobre o nuclear iraniano pelo Irão.
A China reuniu-se com a Rússia e a França, países membros do conselho de segurança, para fustigarem o "aventureirismo militar" americano, prometendo manter-se em contacto na perspectiva dalguma iniciativa comum.
"O comportamento americano é ilegal e tem de ser condenado", disse o ministro russo dos Negócios estrangeiros, Sergueï Lavrov.
Dito isto, vozes diplomáticas sem anúncio duma acção concreta, contra os Estados Unidos e as ameaças de Trump de ataques devastadores de 52 alvos nomeadamente culturais no Irão.
Não será a primeira vez que o Presidente dos Estados Unidos, enquanto comandante em chefe das forças armadas, levará a cabo ataques, escudado nas suas prerrogativas constitucionais, informando apenas o Congresso, sem necessidade de autorização prévia.
E o chefe da diplomacia americana Mike Pompeo, reforça o discurso de Trump, dizendo que os ataques serão feitos "no quadro da lei".
Pompeo já  tinha criticado os europeus, que não foram solidários, no ataque americano com drone que matou o general iraniano, Soleimani. ANG/RFI

Justiça/Operação Navarra


Início do julgamento de 12 arguidos implicados na maior apreensão de cocaína feita no país
Bissau,07 Jan 20(ANG) - O julgamento do processo relativo à maior apreensão de cocaína feita na Guiné-Bissau, cerca de duas toneladas,  iniciou esta terça-feira no Tribunal Regional de Bissau.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, no âmbito do processo foram constituídos arguidos 12 pessoas, nomeadamente sete guineenses, três colombianos, um mexicano e um de nacionalidade maliana.
Em setembro, a PJ guineense anunciou a apreensão de 1.869 quilogramas de cocaína no norte da Guiné-Bissau no âmbito de uma operação, que ficou conhecida como “Navarra”.
“Esta é a maior apreensão de sempre de cocaína na história da Guiné-Bissau”, disse em setembro o diretor nacional adjunto da Polícia Judiciária guineense, Domingos Correia.
As 12 pessoas são suspeitas de indícios da prática de crime de tráfico de droga, associação criminosa e branqueamento de capitais.
Em novembro, o Tribunal Regional de Bissau condenou a penas entre os 14 e 15 anos de prisão três pessoas detidas no âmbito da operação “Carapau”, que culminou com a apreensão de 789 quilogramas de cocaína, apreendidas em 8 de março. ANG//Lusa
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Crise Washington/Teerã


       Otan pede que Irã “evite provocações” diante das ameaças dos EUA
Bissau, 07 jan 20 (ANG) - O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, pediu  segunda-feira (6) para o Irã evitar "mais violência e provocações".
A declaração foi feita após a conclusão de uma reunião de embaixadores sobre a crise entre Washington e Teerã, desencadeada pela morte do general Qasem Soleimani, vítima de um ataque americano no Iraque.
"Em nossa reunião, os aliados pediram moderação e distensão. Um novo conflito não beneficiaria ninguém, por isso o Irã deve se abster de mais violência e provocações", declarou Stoltenberg à imprensa, após a reunião extraordinária com representantes dos 29 países membros da Otan.
Stoltenberg aproveitou a ocasião para ressaltar que o ataque que resultou na morte de Soleimani foi “uma decisão dos Estados Unidos, e não da coalisão (internacional) ou da Otan”. No entanto, “todos os aliados estão preocupados com as atividades desestabilizadoras do Irã na região”, lembrou o chefe da instituição.
O chefe da aliança se referia aos ataque iranianos visando uma instalação petrolífera saudita e um drone americano, em resposta à morte do general e às  ameaças feitas por Donald Trump visando Teerã.

Além da Otan, a União Europeia tem se mostrado apreensiva diante do aumento de tensão na região. Por meio de um comunicado, a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, pediu “o fim do ciclo de violência”.
Os europeus temem que o Irã abandone totalmente o acordo nuclear firmado em 2015 com a comunidade internacional, quanto Teerã se comprometeu a restringir sua atividade atômica ao uso civil.
As autoridades iranianas anunciaram no domingo (5) que iriam reduzir seus compromissos em matéria nuclear, uma decisão que havia sido tomada antes da nova fase de tensões desencadeada pela morte de Soleimani, mas Teerã avisou que, “dada a situação”, a posição do país sobre o assunto pode mudar.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse nesta segunda-feira que "lamenta profundamente" o anúncio do Irã sobre sua decisão de elevar os limites do enriquecimento de urânio.
Os ministros das Relações Exteriores do bloco se reunirão em Bruxelas na sexta-feira (10) para discutir a crise iraniana.
"A aplicação completa do acordo nuclear por todos agora é mais importante do que nunca, para a estabilidade regional e a segurança global", escreveu Borrell no Twitter.ANG/RFI/AFP

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Função Pública


     Centrais sindicais confirmam greve de três dias com início na terça-feira

Bissau, 06 Jan 20 (ANG) - A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné(UNTG) e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes (CGSI) confirmaram  segunda-feira que vai haver  greve na Função Pública guineense  nos dias 07 à 09 de corrente mês.

Secretário geral da UNTG
Em declarações exclusivas à ANG, o porta-voz da Comissão da  greve Domingos da Silva disse que as duas centrais sindicais vão paralisar a função pública por não terem recebido nenhuma resposta do Governo desde a entrega do pré-aviso de greve no dia 23 de dezembro.

O porta-voz explicou que vão iniciar a greve de três dias com início no dia 07 do corrente mês com o objectivo de reivindicar entre outros a conclusão do processo de aprovação do novo Código de Trabalho na Guiné-Bissau, atualização e implementação de Abono da Família e redefinição dos critérios de atribuição de valores inerentes à assistência médica e medicamentosa aos funcionários públicos.

Acrescentou que a paralisação tem igualmente como finalidade, reforçar a política de proteccionismo laboral no país, aprovação do Estatuto de Conselho Permanente de Concertação Social e a criação da sua sede, harmonização da tabela salarial na administração directa/indirecta e institucionalização do salário mínimo no valor de 100.000 francos CFA aos servidores de Estado.

Domingos da Silva disse ainda que pretendem exigir a abolição de cobrança e venda ilícita de medicamentos  nos hospitais, pagamento dos todos meses de salário em atraso de jornalistas e técnicos da Comunicação Social ainda sem vinculo efectivo na Função Pública, pagamento de 12 meses de salário em atraso ao pessoal contratado do Ministério de Saúde, pagamento de 20 meses de subsídios em atraso de funcionários de Secretaria de Estado dos Transportes e Comunicação entre outras.

Por outro lado, no pré-aviso de greve entregue ao governo no dia 23 do Dezembro último, consta que, a decisão de ir à greve se enquadra no memorando de entendimento firmado entre o governo da Guiné-Bissau e as centrais sindicais do país no passado dia 28 de Agosto de 2019.

Disse que, no referido memorando, o executivo acordou assumir as suas obrigações face aos direitos e interesses legalmente consagrados aos servidores públicos e trabalhadores em geral dentro dos limites temporais registados no mesmo documento.

No mesmo pré-aviso consta ainda que depois do referido acordo, o governo criaria uma Comissão Técnica de seguimento do memorando de entendimento, comissão essa que acabou por não poder fazer os seus trabalhos devido a falta de meios. ANG/AALS/ÂC//SG 

Homenagem


 Painel de historiadores coloca Amílcar Cabral entre os 20 maiores líderes mundiais

Bissau, 06 jan 20 (ANG) – O ideólogo das independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde, Amílcar Cabral, integra a lista dos 20 maiores líderes mundiais de todos os tempos elaborada para a BBC por um painel de historiadores.
Amílcar Cabral surge na lista elaborada para a HistoryExtra, o site oficial do BBC History Magazine, BBC History Revealed e BBC World Histories Magazine, ao lado de nomes como o faraó Amenhotep III, do Egito, a rainha Isabel de Castela, a imperatriz Catarina, a Grande da Rússia, a líder militar francesa Joana D’Arc, o primeiro-ministro do Reino Unido Winston Churchill ou o Presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln.
A HistoryExtra desafiou vários historiadores a nomearem aquele que consideram o maior líder da História, alguém que tenha exercido o poder e provocado um impacto positivo na humanidade, bem como a explorarem o seu legado e as características distintivas da sua liderança.
Das escolhas dos historiadores resultou uma lista de 20 personalidades que será agora submetida a votação pelos leitores até 26 de Fevereiro para a escolha do grande líder histórico mundial.
Entre os historiadores convidados contam-se o professor de História e cientista político especializado em história da China da Universidade de Oxford, Rana Mitter, a professora e historiadora da Universidade de Toronto, Margaret MacMillan, ou o historiador e director do Smithsonian’s National Museum of African Art em Washington, Gus Casely-Hayford.
Amílcar Cabral foi nomeado pelo historiador britânico especializado em estudos africanos da Universidade de Chichester, Hakim Adi, e aparece em 14º na lista.
Na fundamentação, Hakim Adi sublinha a grandeza do líder africano cuja “luta pela independência em África também transformou Portugal”.
“Cabral encontrou forma de unir cerca de um milhão de pessoas na Guiné-Bissau, incluindo mulheres, a maioria agricultores analfabetos que falavam línguas diferentes”, adiantou o historiador.
Apontando o “limitado apoio externo”, Hakim Adi sublinhou a capacidade de luta do povo da então Guiné portuguesa para se libertar e começar a construir uma nova sociedade em que eram eles próprios a decidir.
“Fizeram isto enquanto partes do país continuavam ocupadas por Portugal”, acrescentou, adiantando que muitos africanos continuam a ser inspirados pela liderança de Cabral.
“A sua vida e obra mostra que, quaisquer que sejam os obstáculos, os povos conseguem ser os seus próprios libertadores”, reforçou.
Nascido na Guiné-Bissau em 12 de Setembro de 1924, filho de cabo-verdianos, Amílcar Cabral fundou o Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAICV), lançando as bases do movimento que levaria à independência das duas antigas colónias portuguesas.
O fundador do PAICV foi assassinado em 20 de Janeiro de 1973, em Conacri, em circunstâncias ainda hoje não totalmente claras, antes de ver os dois países tornarem-se independentes. ANG/Inforpress/Lusa


Política






Bissau,06 Jan 20(ANG) - O Primeiro-ministro, Aristides Gomes, reiterou no fim de semana, que vai colocar o seu cargo à disposição do partido no poder (PAIGC), se Umaro Sissoco Embaló for confirmado como vencedor da segunda volta das presidenciais decorridas no passado 29 de dezembro.

O chefe do executivo fez estas declarações aos jornalistas à margem da conferência de imprensa promovida por Domingos Simões Pereira na qual fez uma longa exposição sobre os factos que a candidatura entende constituírem elementos de  “irregularidades” considerados suficientes para se falar de uma fraude eleitoral, e que sustentaram a impugnação dos resultados eleitorais junto do Supremo Tribunal de Justiça.

“Vou pedir a demissão em caso da perda eleitoral do meu candidato. Porém, a demissão tem que ser junto dos órgãos que me indigitaram, ou seja, do PAIGC”, precisou o Primeiro-ministro, Aristides Gomes.

Questionado se o seu partido renovar a confiança na sua pessoa se iria conseguir trabalhar com o presidente declarado vencedor do escrutínio, Gomes respondeu: “aí eu teria que trabalhar como sempre trabalhei, em representação do partido [PAIGC]”.

O gabinete jurídico do PAIGC impugnou os resultados das presidenciais de 29 de dezembro, divulgados no dia 01 de janeiro pela Comissão nacional de eleições, segundo os quais Umaro Sissoco Embaló venceu o escrutínio com 53,55 votos válidos contra os 46 por cento de  Domingos Simões Pereira. ANG/ O democrata



Presidenciais 2019/2ª volta


Sinjotecs considera de positiva a cobertura mediática da segunda volta das presidenciais

Bissau, 6 Jan 20 (ANG) – O Sindicato Nacional de Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social(Sinjotecs),  considera de positiva a cobertura mediática durante a segunda volta das presidenciais de 29 de Dezembro 2019.

Segundo o Secretário-geral do Sinjotecs, Diamantino Domingos Lopes em entrevista exclusiva à ANG, o balanço das coberturas são positivas tendo em conta o essencial que é levar a informação junto à população.

"O essencial é levar junto ao público a informação sobre atividades de campanha dos candidatos, partidos e movimentos que apoiaram os candidatos", frisou Domingos Lopes.

Acrescentou ainda que, na perspectiva formal e do ponto de vista do Sinjotecs, a cobertura foi muito bom porque houve uma ampla divulgação das atividades politicas, o que permitiu   a  sociedade em geral e os eleitores posicionarem.

Para aquele responsável é notório que todos os órgãos de comunicação social fizeram o possível para poder passar as informações e atividades dos candidatos e partidos,o  que Diamantino considerou de “boa contribuição”  dos autores da comunicação no processo.

Questionado sobre o cumprimento de Código de Conduta por parte dos órgãos de comunicação social, disse que foi criada uma Comissão de Monitorização de atividades da imprensa na campanha eleitoral  em que o Sinjotecs faz parte pelo que não quer antecipar o relatório da referida Comissão.

"Na primeira volta foi feito um relatório no qual a Comissão trouxe algumas considerações indicando duas Rádios que nas suas perspectivas não cumpriram devidamente o Código, caso de Rádio Capital e África Fm, em que deram uma réplica ao Conselho Nacional de Comunicação Social através da Célula de Monitorização", explicou Diamantino Lopes. ANG/MI/ÂC//SG

Presidenciais 2019/2ª volta





Bissau,06 Jan 20(ANG) - O candidato derrotado na segunda volta das eleições presidenciais da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, reclama a sua eleição na segunda volta das eleições presidenciais do passado domingo com 53%, embora os resultados provisórios anunciados pela Comissão Nacional de Eleições(CNE), confirmassem que foi o seu adversário Umaro Sissoco Embalo.
 
"Nós recebemos um conjunto de elementos que foram tratados pela nossa diretoria da campanha e que mereceu análise bastante aturada e a projeção na altura apontava exatamente para os números que agora foram conferidos ao nosso adversário, que é 53%",afirmou Domingos Simões Pereira.


Em conferência de imprensa no sábado, 04 janeiro, num dos hotéis da capital Bissau, Simões Pereira fez lembrar aos guineenses e à CNE que a sua candidatura somente está a exigir que a verdade seja dita em relação ao processo eleitoral no país.

O candidato que foi suportado pelo Partido Africana da Independência de Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) revela ainda que não sente complexidade de aceitar o veredicto das urnas, mas decidiu avançar para o Supremo Tribunal de Justiça no sentido deste órgão apreciar anomalias que decorreram no dia da votação a nível do território nacional.

Segundo Pereira, após o fecho das urnas a nível nacional, duas horas depois, o seu adversário já tinha à sua deposição os dados do processo eleitoral, antes do fim da recolha pela entidade competente, o que demonstra claramente uma estranheza.

Para além deste aspecto, a diretoria da campanha de DSP alega ainda outras anomalias que se verificou no processo, como a verificação de atas sem carimbos e outras com carimbos diferentes nos mesmos distritos e regiões; rasuras sobre os números de apuramento; alterações sucessivas dos números do apuramento; atas com números imprecisos, arbitrários e inscritos e entre outros.

Igualmente líder do PAIGC, Simões Pereira diz que apesar deste imbróglio eleitoral que está agora no Supremo Tribunal de Justiça, mantém confiança nos seus pares da direção do partido e restantes dirigentes da formação política que governa a Guiné-Bissau.

Questionado pela imprensa sobre a sua continuidade à frente da liderança do partido, o antigo primeiro-ministro guineense diz que esta decisão é da exclusiva competência dos dirigentes e militantes do PAIGC.

Durante a sua intervenção, o candidato que foi anunciado como derrotado, promete continuar a sua luta para repor a verdade, utilizando as vias democráticas, contudo pediu calma e serenidade aos militantes do PAIGC.

Segundo os resultados provisórios da Comissão Nacional de Eleições guineense, Umaro Sissoco Embaló venceu as presidenciais com 53,55% dos votos, enquanto Domingos Simões Pereira obteve 46,45%.

Simões Pereira pede a impugnação dos resultados provisórios anunciados na quarta-feira passada pela entidade, alegando ter provas que visam demonstrar que os resultados finais foram adulterados.
ANG/Rádio Jovem

EUA


               Presidente Trump ameaça Irão com “enormes represálias”

Bissau, 06 jan 20(ANG) – O Presidente dos Estados Unidos ameaçou, no domingo, o Irão com “enormes represálias” caso ocorram ataques iranianos contra instalações norte-americanas no Médio Oriente.
“Se eles fizerem alguma coisa, haverá enormes represálias”, declarou Donald Trump a bordo do avião presidencial Air Force One, no regresso a Washingnton após duas semanas de férias na Florida (sudeste dos Estados Unidos).
Trump deixou também a ameaça de atacar locais culturais iranianos.
“Eles têm o direito de matar os nossos cidadãos (…) e não temos o direito de atingir os seus locais culturais? Isso não funciona assim”, declarou.
O Irão prometeu responder ao ataque aéreo norte-americano que na semana passada matou o general iraniano Qassem Soleimani, no aeroporto de Bagdade.
O general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No mesmo ataque morreu também o ‘número dois’ da coligação de grupos paramilitares pro-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi], além de outras oito pessoas.
O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.
O Irão anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas — Rússia, França, Reino Unido, China e EUA — mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em Maio de 2018.
No Iraque, o parlamento aprovou uma resolução em que pede ao Governo para rasgar o acordo com os EUA, estabelecido em 2016, no qual Washington se compromete a ajudar na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico e que justifica a presença de cerca de 5.200 militares norte-americanos no território iraquiano. ANG/Inforpress/Lusa

Presidenciais 2019/2ª volta




Bissau,06 Jan 20(ANG) - O candidato derrotado nas presidenciais da Guiné-Bissau Domingos Simões Pereira, que impugnou no Supremo Tribunal de Justiça os resultados eleitorais, disse no último fim de semana que a transparência e a justiça não estão comprovadas no registo de votos expressos nas atas.

"A democracia anda em paralelo com a transparência e a justiça, que não estão comprovadas em relação ao registo dos votos expressos nas atas das assembleias de voto e muito menos na transposição das atas síntese para os quadros informáticos em tratamento", afirmou Domingos Simões.

"Por isso [foi interposto] o recurso judiciário esperando que as instâncias competentes deem a conhecer ao povo e à nação guineense a garantia de quem de facto mereceu a preferência dos guineenses para decidir o seu destino nos próximos cinco anos", disse o candidato apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), do qual também é presidente.

Domingos Simões Pereira falava aos jornalistas e apoiantes numa unidade hoteleira em Bissau com o objetivo de esclarecer a submissão de um requerimento de impugnação dos resultados da segunda volta das presidenciais, realizada dia 29 de dezembro.


"Queria aqui enaltecer o comportamento globalmente irrepreensível das forças de defesa e segurança que se mantiveram à margem do processo enquanto instituição, mas que devem proceder a um apuramento e responsabilização dos incidentes ocorridos e registados para contínua moralização e disciplina do serviço nobre que prestam à nação", disse Domingos Simões Pereira.

O presidente do PAIGC denunciou também que um apoiante de um candidato fez campanha eleitoral no dia da votação junto às assembleias de voto, com a distribuição de dinheiro, acompanhado de homens armados.

"Também uma palavra à comunidade internacional pelo acompanhamento que tem assegurado a situação política do nosso país, nomeadamente às missões de observação eleitoral que obviamente contribuem para um ambiente mais apaziguado e seguro do escrutínio, mas que certamente não têm como certificar a correção detalhada dos dados que são apurados e tratados", afirmou.

Domingos Simões Pereira destacou também o "excelente" trabalho da sua candidatura e diretoria de campanha, salientando que o que fizeram vai resultar na sua vitória "caso os esclarecimentos sejam de facto aportados e as correções feitas".

"A todos asseguramos o nosso firme compromisso com os valores democráticos e a nossa determinação em conhecer a verdade e respeitar a vontade do povo expresso das urnas", afirmou.

Domingos Simões Pereira entregou na sexta-feira no Supremo Tribunal de Justiça o pedido de impugnação das eleições com base em alegadas provas de fraude na votação de domingo passado, segundo fontes da candidatura.

As alegadas provas "visam demonstrar que os resultados finais foram adulterados".

Entre os argumentos para fundamentar as alegadas irregularidades, os advogados da candidatura de Simões Pereira juntaram elementos de indiciam "discrepância entre o número de inscritos para votar e o número de votantes".

Fonte do Supremo Tribunal de Justiça, que na Guiné-Bissau tem também competência de tribunal eleitoral, disse à Lusa que o dossiê de impugnação das eleições por parte da candidatura de Domingos Simões Pereira deu entrada no cartório do tribunal e que agora será apreciado, na próxima semana, "para avaliar a sua justeza ou não" de acordo com a lei eleitoral guineense.

Segundo os resultados provisórios apresentados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), o general Umaro Sissoco Embaló venceu o escrutínio com 53,55% dos votos, enquanto o candidato Domingos Simões Pereira, apoiado pelo PAIGC, conseguiu 46,45%.ANG/Lusa


Cabo Verde


                      Primeiro-ministro felicita Umaro Sissoco Embaló

Bissau, 06 jan 20(ANG) – O primeiro-ministro de cabo Verde felicitou sábado Umaro Sissoco Embaló pela vitória alcançada nas últimas eleições presidenciais , almejando que tal acto “contribua em definitivo” para a estabilidade da Guiné-Bissau.
Segundo a Inforpress que cita a cata de felicitação de Ulisses Correia e Silva, o chefe de Governo cabo-verdiano desejou também que a vitória de Umaro Sissoco Embaló sirva para a “concretização do designo maior”, que é o desenvolvimento, num ambiente de “paz, democracia, transparência, liberdade e justiça social”.
Conforme Ulisses Correia e Silva, “Cabo Verde está ligada à Guiné-Bissau” por “fortes laços históricos e de sangue”, por isso augurou “hoje e sempre o melhor futuro possível”, com instituições públicas “inclusivas e modernas” ao serviço da prosperidade, pois, salientou, “só assim” a Guiné-Bissau poderá aproveitar e fazer “frutificar as suas imensas potencialidades”.
“Não há desenvolvimento sem liberdade de preservação tenaz de dignidade da pessoa humana e sei que vossa excelência acredita nestes valores sagrados e universais”, sublinhou.
Segundo destacou, Cabo Verde conta “hoje mais do que nunca” com uma Guiné-Bissau “democrática e positiva”, com vista ao fortalecimento dos compromissos fundamentais na CEDEAO, CPLP e nas Nações Unidas, conciliando, na medida do possível, os valores superiores com os interesses nacionais.
Por fim, expressou que neste ano novo que hora desponta, “os melhores votos de paz, concórdia e esperança ao povo irmão guineense”. ANG/Inforpress


Impugnação de resultados eleitorais





Bissau,06 Jan 20(ANG) - O Presidente eleito da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, considera de normal a decisão de Domingos Simões Pereira avançar para as instâncias judiciais para impugnar os resultados da segunda volta das eleições presidenciais no país.

"È um exercício politico e eu respeito esta posição do Domingos Simões Pereira, mas é primeira vez que assisto um candidato perder eleições e pretende avançar para anular o processo", argumentou Umaro Sissoco Embaló.


Em declaração aos jornalistas, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira em Bissau, antes da sua partida para o Senegal, Sissoco Embaló mostrou-se confiante que os guineenses vão encontrar a solução plausível para ultrapassar esta questão.

Embaló, que derrotou Simões Pereira na segunda volta das eleições presidenciais, afirma que vai ser um Chefe de Estado que fará história na Guiné-Bissau, com o respeito mútuo e na base da concórdia nacional entre todos os guineenses, incluindo DSP.

Nesta senda, o Presidente eleito aconselhou ao candidato derrotado nas presidenciais no sentido de reconhecer o veredito das urnas do domingo último no país.
"O povo guineense já expressou a sua vontade nas urnas e nós temos só que aceitar a vontade popular dos cidadãos guineenses", referiu Embaló.

Além do encontro com o Chefe de Estado do Senegal, Macky Sall, o Presidente eleito da Guiné-Bissau revela ainda que vai encontrar-se com o Presidente do Congo e Nigéria, Denis Sassou Nguesso e Muhammadu Buhari, respetivamente.

Questionado pela imprensa se vai manter a confiança no atual executivo liderado por Aristides Gomes, Sissoco Embaló escusou-se a abordar o assunto, mas garante que após a cerimónia da tomada de posse os guineenses vão conhecer as suas primeiras medidas sobre o país.

No domingo último, o primeiro-ministro, Aristides Gomes, voltou a afirmar que, caso Umaro Sissoco Embalo fosse eleito Chefe de Estado, iria abandonar o executivo.
Segundo os resultados provisórios da Comissão Nacional de Eleições guineense, Umaro Sissoco Embaló venceu as presidenciais com 53,55% dos votos, enquanto Domingos Simões Pereira obteve 46,45%.
Simões Pereira reclama a impugnação dos resultados provisórios anunciados na quarta-feira passada pela entidade, alegando ter provas que visam demonstrar que os resultados finais foram adulterados. ANG/Rádio Jovem

Venezuela


Rival de Guaidó se autoproclama presidente do Parlamento e oposição denuncia golpe
Bissau, 06 jan 20 (ANG) - O deputado Luis Parra se autoproclamou no domingo (5) presidente do Parlamento da Venezuela numa  sessão  realizada sem a presença de seu rival, Juan Guaidó, que tentava se reeleger, mas foi impedido de entrar no Palácio Legislativo.
A oposição qualifica o ato de "golpe de Estado parlamentar".
Durante mais de quatro horas Guaidó e deputados da maioria opositora tentaram, sem sucesso, entrar no Palácio Legislativo, bloqueado por piquetes policiais e militares.
Apenas os deputados do chavismo e os críticos do líder opositor conseguiram entrar no prédio.
Enquanto Guaidó estava do lado de fora, imagens de Parra prestando juramento com um megafone na tribuna presidencial foram exibidas pela TV estatal VTV. Em meio a gritos que tornaram o discurso inaudível, ele prometeu "sair desta desgraça". 
A conta da Assembleia Nacional no Twitter informou que a proclamação de Parra foi feita "sem votos ou quórum", enquanto a assessoria de imprensa de Guaidó classificou a ação como um "golpe de Estado parlamentar".
Parra é acusado de ter feito lobby junto a autoridades de Colômbia e Estados Unidos para livrar de responsabilidade o empresário colombiano Carlos Lizcano em casos de suposto custo extra na importação de alimentos para o governo de Nicolás Maduro.
 Ele foi excluído de seu partido após a denúncia, mas afirma continuar se opondo a Maduro.
A reeleição de Guaidó como presidente do Parlamento era vista como uma oportunidade para o opositor, que sofre de uma queda de popularidade, dar um novo impulso em seu projeto político. Foi se apoiando no cargo de chefe do Parlamento que ele se autoproclamou presidente interino, em janeiro do ano passado, sendo reconhecido em seguida por cerca de 50 países, entre os quais o Estados Unidos.
Antes da tumultuada sessão parlamentar, Guaidó afirmou que dispunha de votos necessário para ser reeleito.
“Os que impedem a legítima instalação do Parlamento venezuelano se tornam cumplices da ditadura e dos que oprimem o povo venezuelano”, declarou em seguida nas redes sociais.ANG/RFI/AFP

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Presidenciais 2019/2ª volta


Secretária Executiva e porta-voz da CNE considera de “falsas”  informações veiculadas nas redes sociais

Bissau, 03 Jan 20 (ANG) – A Secretária Executiva e Porta-voz da Comissão Nacional das Eleições(CNE) considerou de “falsas e manipulações” as informações veiculadas nas redes sociais sobre a sua pessoa após o anúncio dos resultados provisórios da segunda volta das presidenciais de 29 de Dezembro.

Felisberta Moura Vaz que falava em conferência de imprensa esta sexta-feira disse que esta “vã  tentativa”, tem como o fito desestabilizar e fragilizar a coesão  interna e firmeza dos dirigentes da CNE que juraram sempre respeitar e fazer observar as leis da República na condução dos processos eleitorais.

Na quinta-feira, foi veiculada nas redes sociais  que a Secretária Executiva Adjunta e porta voz da Comissão Nacional de Eleições, Felisberta Moura, afirmou que os resultados provisórios divulgados na passada quarta-feira não correspondem com os dados reais existentes naquela instituição.

Salientou que o sistema eleitoral guineense, dada a sua clareza e transparência, permite aos delegados de lista de cada mesa de Assembleia de Voto ter acesso a cópia da acta síntese nas Comissões Regionais de Eleições e os representantes  têm acesso as actas de apuramento regional.

“Caso haja qualquer anomalia ou irregularidade, em tempo útil, a parte interessada deve reagir de imediato evocando a matéria de facto e o seu devido enquadramento na matéria de direito, que é a legislação Eleitoral,” frisou.

Moura Vaz afirmou ainda que a CNE não recebeu nenhuma reclamação que possa ser objecto de contencioso eleitoral.

A Secretária Executiva Ajunta da CNE esclareceu que o apuramento nacional, é apenas uma compilação dos dados  de apuramento regionais, que é feito com base nas actas das mesas das Assembleias de Voto de cada região e sob a fiscalização do Ministério Público.
Moura Vaz reafirmou que a união existente na CNE é indivisível e que estão disponíveis e  prontos  para mais esclarecimentos sobre a situação por vias próprias e nas instâncias competentes.

Resultados provisórios divulgados quarta-feira pela CNE confirmaram que  Umaro Sissoco Embaló venceu as eleições presidenciais com 63,55 por cento dos votos contra os 46 por cento de Domingos Simões Pereira. ANG/JD/ÂC//SG