quinta-feira, 10 de agosto de 2023

      Níger/Junta militar anuncia Governo de transição de 21 ministros

Bissau, 10 Ago 23(ANG) - A junta militar no poder após o golpe de Estado de 26 de Julho no Níger anunciou a formação de um novo Governo de transição composto por 21 ministros, incluindo seis militares.

O líder do autodenominado Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), o general Abdourahamane Tiani, assinou um decreto com a composição dos membros do novo Governo divulgado esta madrugada pela agência pública de notícias (ANP).

O novo Governo é chefiado pelo economista e antigo ministro Mahamane Lamine Zeine, nomeado na segunda-feira, que terá também a pasta da Economia e das Finanças.

O general Salifou Mody foi escolhido para o Ministério da Defesa e o general Mohamed Toumba para o do Interior, duas figuras importantes da junta.

O coronel Major Amadou Abdramane, porta-voz do CNSP, será responsável pela pasta da Juventude e dos Desportos. Os outros ministérios ocupados pelos militares são a Saúde, os Transportes e a Água, Saneamento e Ambiente.

A nomeação do Governo provisório ocorre poucas horas antes de uma reunião importante dos líderes do Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), em Abuja, Nigéria, para analisar a situação no Níger, depois de ter expirado, no passado domingo, o ultimato dado pelo bloco regional aos líderes golpistas para restabelecerem a ordem constitucional, sob a ameaça de uma possível ação militar. ANG/Angop

 

Golpe de Estado no Níger/ Nova cimeira da CEDEAO após fracasso das conversações com os golpistas

Bissau, 10 Ago 23 (ANG) - Os chefes de Estado dos países que fazem parte da CEDEAO são esperados nesta quinta-feira, em Abuja na Nigéria, para uma cimeira extraordinária da organização.

Um único tema estará na mesa das conversações: a situação no Níger. Os dirigentes vão ter de escolher, dez dias após o Golpe de Estado, entre o diálogo ou o lançamento de uma operação militar.

Os chefes de Estado dos países da CEDEAO vão anunciar uma operação ou então vão divulgar avanços significativos com a junta militar nigerina?

A intervenção militar parece cada vez menos provável. Os militares em Niamey têm-se demonstrado inflexíveis.

A CEDEAO estará sob os holofotes e parece viver um momento crucial visto que todas as tentativas de conciliação foram fracassando.

Para o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, a existência da CEDEAO está em perigo perante este cenário nigerino. 

A situação é complicada para a organização, porque a pressão sobe entre a CEDEAO e os golpistas desde o Golpe de Estado que expulsou da Presidência do Níger, Mohamed Bazoum.

Os militares no poder em Niamey têm recusado o diálogo. Duas missões: uma nigeriana e outra conjunta entre CEDEAO, União Africana e ONU, foram recusadas pelos golpistas.

A Cimeira extraordinária da CEDEAO vai abrir-se e encerrar-se com um discurso do Presidente nigeriano, Bola Ahmed Tinubu, o actual líder da CEDEAO, uma liderança rotativa entre os países membros. ANG/RFI

 

Covid-19/ OMS adverte que estirpe EG.5 pode aumentar infeções e tornar-se dominante

Bissau, 10 Ago 23(ANG) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu hoje que a estirpe EG.5 do SARS-CoV-2, classificada de interesse, pode provocar “um aumento na incidência” de infeções e “tornar-se dominante em alguns países ou mesmo no mundo”.

Em comunicado, a OMS justifica o alerta com o facto de esta linhagem, resultante da  sublinhagem recombinante XBB.1.9.2 da variante Ómicron, apresentar “características que escapam aos anticorpos” e estar em “vantagem de crescimento”.

A OMS ressalva que, apesar destes fatores e da “prevalência aumentada” da EG.5, não foram reportadas até à data alterações na gravidade da doença covid-19 (causada pelo SARS-CoV-2) e o risco para a saúde global que a variante representa é baixo.

Segundo a OMS, houve um “aumento considerável” de casos na semana de 17 a 23 de julho, período em que a taxa de prevalência global da EG.5 subiu para 17,4% (quatro semanas antes, a prevalência situava-se em 7,6%).

A estirpe EG.5 foi comunicada pela primeira vez à OMS em fevereiro e em 19 de julho foi designada como variante sob monitorização.

Agora, face à “avaliação de risco” feita, a OMS decidiu classificar a EG.5 (e as suas sublinhagens) como variante de interesse.

A linhagem EG.5 tem uma mutação adicional no aminoácido F456L na proteína da espícula do SARS-CoV-2 (proteína da superfície do coronavírus que se liga às células humanas) quando comparada com a sublinhagem recombinante XBB.1.9.2 que lhe deu origem e com a sublinhagem recombinante XBB.1.5, ambas da variante Ómicron.

A sublinhagem EG.5.1 tem, ainda, mais uma mutação na proteína da espícula e representa 88% das sequências genéticas disponíveis para a estirpe EG.5 e as suas sublinhagens.

À data de segunda-feira tinham sido submetidas à plataforma internacional de partilha de dados genómicos GISAID 7.354 sequências genéticas da EG.5 de 51 países, incluindo Portugal, que enviou 115 sequências, de acordo com a OMS.

China lidera a lista de países com mais sequências genéticas da EG.5 submetidas (2.247), seguindo-se Estados Unidos (1.356), Coreia do Sul (1.040) e Japão (814).

A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo SARS-CoV-2, um tipo de vírus detetado em finais de 2019 na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, assumindo várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras.

Desde 11 de março de 2020 que a covid-19 é uma pandemia. Em maio passado deixou de ser uma emergência de saúde pública internacional.

ANG/Inforpress/Lusa

 

Cimeira da Amazónia /Criação de aliança contra a desflorestação mas sem metas concretas

Bissau, 10 Ago 23 (ANG) - Reunidos desde ontem em Belém, no norte do Brasil, para discutir sobre a necessidade de preservar a floresta amazónica, os oito países abrangidos na OCTA, Organização do Tratado de Cooperação Amazónica, decidiram quarta-feira formar uma aliança contra o desmatamento mas sem fixar metas concretas.

Estipulada numa declaração comum rubricada ontem no primeiro dos dois dias de cimeira, a criação da ‘Aliança amazónica de combate contra a desflorestação’ tem por objetivo «promover a cooperação regional no combate contra a desflorestação para evitar que a Amazónia atinja o ponto de colapso» mas refere que cada país conserva a liberdade de prosseguir os seus próprios objetivos nesta matéria.

Nas 113 páginas do documento que coloca detalhadamente os pontos em que os países amazónicos deveriam cooperar no domínio da gestão da água, da saúde, ou ainda de desenvolvimento sustentável, não aparece nenhuma meta vinculativa.

Nesta cimeira que o Presidente do país hóspede, Lula da Silva, tinha apresentado como uma «viragem» para a floresta amazónica, os participantes não conseguiram chegar a um consenso sobre a meta comum de erradicar totalmente a desflorestação até 2030, este objectivo estando para já apenas na mira do Brasil.

Também não conseguiram chegar a um acordo sobre um calendário para acabar com o garimpo, uma das causas do desmatamento, juntamente com o agro-negócio ou ainda o tráfico de madeira.

Os oito países membros da OCTA, aos quais hoje se juntam países e entidades exteriores a esta organização, nomeadamente a França, a Alemanha e a Noruega, principais financiadores do Fundo Amazónia, também não conseguiram estabelecer objectivos comuns quanto ao posicionamento a ser adoptado face às energias fósseis.

Apesar de a Colômbia defender que «desflorestação zero não é suficiente» e que «é preciso abandonar as energias fósseis», países como a Venezuela e o Brasil, grandes produtores de petróleo, mostram-se mais renitentes em assumir compromissos relativamente a este pelouro.

Com uma superfície de 6,7 milhões de km², o espaço da floresta amazónica que se estende por oito países da América do Sul, representa 10% da biodiversidade mundial.

De acordo com cientistas, se a desflorestação tiver destruído 25% da Amazónia, atingir-se-á um ponto em que esta floresta passará a produzir mais dióxido de carbono do que absorve, o que agravaria o aquecimento global. ANG/RFI

 

      Equador/Candidato presidencial Fernando Villavicencio assassinado

Bissau, 10 Ago 23 (ANG) - O candidato a Presidente do Equador Fernando Villavicencio foi assassinado na quarta-feira, baleado por desconhecidos ao sair de um comício de campanha numa área central da capital, Quito, informou o Governo.

“O crime organizado chegou muito longe, mas o peso da lei vai cair neles", disse o Presidente cessante e também candidato, garantindo que o crime não ficará impune.

Para a eleição do dia 20, Villavicencio ocupava o quinto lugar numa pesquisa publicada pelo "El Universo" quarta-feira.

Jornalista de profissão, Fernando Villavicencio foi deputado entre 2021 e 2022 e se declarava defensor das causas sociais indígenas e dos trabalhadores, e também foi líder sindical.

O candidato de 59 anos pelo partido Movimiento Construye Ecuador era uma das vozes críticas mais fortes contra a corrupção, especialmente durante o Governo do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017).

Em 2014, quando era jornalista, chegou a ser condenado a 18 meses de prisão porque a Justiça entendeu que ele cometeu injúrias contra Correa.

Casado com Verónica Sarauz, Fernando Villavicencio deixa cinco filhos. ANG/Angop

 

quarta-feira, 9 de agosto de 2023


EAGB
/Trabalhadores contratados promovem vigília reivindicando pagamento de salários em atraso

Bissau, 09 Ago 23 (ANG) – Os trabalhadores contratados da Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB), realizaram hoje uma vigília junto a empresa em reivindicação do pagamento de  34 meses da salário, efectivação, direito à férias, o pagamento da Segurança Social e garantia de assistência médica e medicamentosa.

Em declarações à imprensa depois de serem recebidos pela administração da EAGB, o porta-voz dos cerca de 200 trabalhadores que se encontram naquele estado disse que o encontro decorreu bem e por isso vão suspender as reivindicações dando benefício de dúvida ao patronato.

Jesus Paulino Gomes disse que,  com o patronato, criaram uma comissão que irá fazer o trabalho no terreno para apurar os fatos ou seja saber na realidade quantas pessoas é que realmente estão naquela situação e encontrar uma solução previa para salvar a empresa.

“Por causa da vontade, paciência e a flexibilidade que vimos da parte do patrão decidimos suspender a vigília. Como sempre digo, não somos adversários, mas sim parceiros, por isso, ouvimos, atentamente, a posição da direção e decidimos dar o beneficio de dúvida até  prova em contrária  ao patronado. Devem acautelar para não causar danos morais aos funcionários”, disse.

Em nome da administração da EAGB, falou o responsável do Gabinete Jurídico da instituição, Victor Costa que disse que o assunto é muito delicado por isso determinar um tempo para a sua resolução seria mentir.

Costa salientou que tendo em conta a complexidade da situação decidiu-se criar uma comissão conjunta entre funcionários em causa e a direção da EAGB para resolver o problema.

Informou que são muitos, por isso é preciso fazer uma expurgação da lista de funcionários que supostamente estão nesta situação ou não.

“Vamos fazer um trabalho de base e apresentar o trabalho  à pessoas que têm o poder de decisão  e é por causa da delicadeza do trabalho que não podemos dar um tempo para a sua resolução. Foram convidados a integrar  a comissão para poderem seguir ,a par e passo, o que está a ser  feito”, disse.

Segundo este responsável, esta situação já esta a arrastar há um bom tempo ,pelo que defende que tem que haver  uma solução para este diferendo que  deve passar por fazer um trabalho muito responsável para poder tomar uma decisão com  pé a cabeça .ANG/MSC/ÂC//SG

 

Obituário/Faleceu  Mário Pires, antigo Primeiro-ministro da Guiné-Bissau 

Bissau, 09 Ago 23 (ANG) - Faleceu esta terça-feira, em Lisboa(Portugal), vitima de doença, o antigo Primeiro-ministro da Guiné-Bissau

, Mário Pires,  um dos fundadores do Partido da Renovação Social (PRS).

A informação foi avançada pelo Blogue Conosaba do Porto.

Mário Pires nasceu em 1949, foi nomeado primeiro-ministro a 17 de  Novembro de 2002 pelo então presidente Koumba Yalá, após exoneração de três primeiros-ministros.

Em Setembro 2003 o seu governo e o Presidente da República foram afastados do poder por um golpe de Estado  dirigido pelo General Veríssimo Coreia Seabra. ANG/AALS/ÂC//SG

 

 

ANP/Presidente pede  deputados para encontrarem respostas para o isolamento dos populares de Boé

Bissau, 09 Ago 23 (ANG) – O Presidente da Assembleia Nacional Popular(ANP)Domingos Simões Pereira convidou aos deputados da nação a trabalharem juntos por forma a encontrar respostas ao isolamento  que os populares do sector de Boé enfrentam.

De acordo com a Rádio Sol Mansi, Domingos Simões Pereira ao falar na abertura da primeira Sessão Extraordinária da XIª Legislatura iniciada esta terça-feira, acrescentou que o isolamento se deve ao estado das infraestruturas rodoviárias que ligam aquela localidade à cidade de Gabú, sobretudo devido a falta de jangada que possibilita  a travessia do rio Tchetche, e que está afundada há mais de um ano.

Disse ainda que, enquanto deputados da nação, têm a obrigação  de tomar em conta esta realidade e de trabalhar em conjunto no sentido de encontrar a resposta para estas restrições.

“Os populares de Boé, palco da proclamação da independência,  que testemunharam datas importantes do país, deveriam ser também testemunhos de todos os avanços que o país tem registado”, frisou.

As histórias bonitas, segundo Pereira, que deveriam ser contadas na Guiné-Bissau teriam a razão de serem começadas em Boé,  porque, de facto, tudo o que hoje se está  a proclamar teve início em Boé, região de Gabu, leste da Guiné-Bissau.

“Populares de Boé, que testemunharam atos importantes continuam a viver num grande isolamento, um isolamento que a nossa consciência não devia aceitar, um isolamento que a nossa a memória devia nos confrontar, onde todos nós, enquanto parte da nação, devíamos reconhecer que as pessoas que testemunharam a epopeia da libertação, dia 23 e que antecedeu o dia 24 de Setembro, deveriam ser também testemunho de todos os avanços que está a ser registado no país”, recordou.

A primeira sessão extraordinária da ANP prevê a eleição dos membros do Conselho de Administração da ANP, reativação da Comissão Organizadora da Conferência Nacional Caminhos para a Consolidação da Paz e Desenvolvimento, reativação da Comissão Eventual para a Revisão Constitucional.

No que diz respeito aos pontos em debate e que foram aprovados por unanimidade, aquele responsável recorda os deputados e líderes das bancadas parlamentares, de que o Conselho de Administração criado deve ser uma pedra basilar para as reformas institucionais necessárias na ANP.

O Conselho de Administração da ANP para esta legislatura foi eleito terça-feira, por unanimidade e liderado pelo antigo primeiro ministro, Rui Duarte Barros, coajuvado pelos deputados José Miguel Dias, Paula Costa Pereira, Umaro Conté, Dundu Sambú ambos da Coligação PAI- Terra Ranka, Herculano João Pereira Encada do PRS, Adulai Baldé, Cipriano Mendes Pereira e Saliu Embaló do MADEM-G15.  ANG/DMG/ÂC//SG

Política/Líder da JRS considera de “renascimento do PRS” a conquista de 12 deputados nas legislativas de  Junho passado

Bissau,09 Ago 23(ANG) – O líder da Juventude da Renovação Social(JRS), diz ser um renascimento do  partido a conquista de  12 deputados nas eleições  de Junho passado.

Vladimir Lenin Djomel falava terça-feira na cerimónia de tomada de posse dos membros do secretariado nacional para implantação das estruturas da JRS.

“Nas primeiras eleições democráticas no país em 1994, onde o PRS começou a atingir o seu apogeu como partido, conquistou apenas 12 deputados e o seu líder na altura, Koumba Yalá, era um jovem político emergente na sociedade guineense”, frisou.

 O líder da JRS salientou que, hoje em dia, justamente, o partido volta a ser dirigido por um outro jovem quadro, e que nas últimas legislativas de 04 de Junho, o destino voltou a determinar a conquista de 12 deputados.

“Para o efeito, queremos contar com as estruturas nacionais e regionais da juventude para trabalharem na fortificação do PRS”, sublinhou.

Vladimir Djomel, disse que a conquista dos 12 deputados constitui um desafio grande para o partido, acrescentando que, as narrativas políticas e de emergências dos partidos que estão a surgir, lhes convocam a pensar seriamente nas novas militâncias partidárias.

“Se outrora, esperávamos quatro anos para podermos mobilizar as pessoas para votar, hoje em dia é tudo diferente, porque se queremos continuar a ver o PRS como um projeto político criado para salvar o país e que cria as condições de estabilidade no país, devemos apostar em narrativas diferentes”, disse.

O Presidente da JRS frisou que os jovens devem trabalhar, fazer mobilizações de novos militantes todos os dias, de forma a fazer o partido crescer ainda mais.

“Pedimos aos responsáveis de camadas de formação do PRS para trazerem as pessoas para militar no partido e não apenas os simpatizantes, como forma de implantar raízes fortes, capazes de influenciar os resultados”, disse Djomel. ANG/ÂC//SG

 

Roma/Quarenta e uma pessoas morreram em novo naufrágio ao largo de Lampedusa

Bissau, 09 Ago23 (ANG)- Um total de 41 pessoas morreram num novo naufrágio registado nas
últimas horas ao largo da ilha italiana de Lampedusa, no sul da Itália, segundo testemunhos de quatro sobreviventes resgatados por uma patrulha da guarda costeira.

Os resgatados, que se encontram em estado de choque, explicaram às autoridades que o barco tinha saído de Sfax, na Tunísia, e que, após cerca de seis horas de navegação, virou devido a uma grande onda e as pessoas, entre as quais três crianças, caíram ao mar, relatam os media locais.

Os desembarques não param em Lampedusa, em cujo centro de acolhimento, com capacidade para 300 pessoas, se aglomeram mais de 1.500, depois de iniciada a transferência de migrantes da ilha para a península italiana.

Segundo as mais recentes estatísticas do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), desde o início de 2023, mais de 87.000 migrantes desembarcaram ilegalmente em Itália, principalmente em embarcações provenientes da Tunísia, tendo muitos outros chegado a solo italiano a partir da Líbia.

O Mediterrâneo Central, entre o norte de África e Itália, é a rota migratória mais perigosa do mundo, com mais de 20.000 mortes desde 2014, de acordo com dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM). ANG/Lusa

 

Lisboa/Incêndios causam destruição em Portugal e Espanha desde o fim-de-semana

Bissau, 09 Ago 23 (ANG) - Várias zonas de Portugal estão à mercê de temperaturas que chegaram aos 46°C terça-feira, em Santarém, no centro do país, e de incêndios florestais, com 16 aeronaves e cerca de 2.800 bombeiros actualmente mobilizados para o combate às chamas em todo o território.

Numa última comunicação pública esta tarde, a protecção civil portuguesa deu conta de “três ocorrências significativas”, em Odemira (distrito de Beja), Cinfães e Mangualde (ambos no distrito de Viseu), sendo a primeira “aquela que merece maior preocupação”.

Perto de 900 bombeiros continuam mobilizados em Odemira, no sudoeste do país, onde segundo primeiras estimativas, 7.000 hectares arderam desde sábado. As autoridades referem ainda que desde o fim-de-semana 20 povoações e quase 1500 pessoas foram evacuadas dessa zona.

A protecção civil referiu ainda que as condições meteorológicas no sudoeste vão manter-se desfavoráveis, devido ao calor e ao vento seco, sendo que os bombeiros estão a tentar evitar que o fogo progrida rumo à serra de Monchique, mais a sul.

Paralelamente, as autoridades referem que na zona de Leiria, no oeste do país, os fogos estão a conhecer uma acalmia depois de já ter devastado cerca de 7 mil hectares de mato estes últimos dias.

Em declarações hoje à imprensa, o vereador da Protecção Civil da Câmara de Leiria considerou que os incêndios na zona da Caranguejeira “não são obra do acaso” e recomendou que a população se mantenha atenta e colabore com as autoridades nas investigações sobre a origem dos fogos.

O estado de alerta é mantido tanto em Portugal como em Espanha cuja zona sudoeste da Espanha tem estado hoje em alerta laranja, com a província de Córdoba, na Andaluzia, a chegar ao nível de alerta vermelho, sinónimo de perigo extremo, anunciou a agência meteorológica espanhola (Aemet) ao referir que as altas temperaturas deveriam manter-se pelo menos até quinta-feira.

A península Ibérica tem estado em primeira linha do aquecimento global na Europa, com a multiplicação de episódios de calor extremo, seca e incêndios.

De acordo com dados preliminares, cerca de 100.000 hectares já arderam em 2023 em Espanha e Portugal, contra mais de 400.000 no total em 2022. ANG/RFI

 

Níger/Bloco da África Ocidental confirma que golpistas recusaram visita ao país

Bissau, 09 Ago 23(ANG) – A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) confirmou  que não pôde reunir-se na terça-feira no Níger com a junta golpista do país, que rejeitou a visita de representantes do bloco, da União Africana (UA) e da ONU.

“A missão foi cancelada depois de um comunicado das autoridades militares do Níger, enviado a altas horas da noite, ter indicado que não podiam receber a delegação tripartida”, afirmou a CEDEAO, num comunicado divulgado na terça-feira à noite.

A missão “inscreve-se nos esforços em curso para encontrar uma solução pacífica para a atual crise no Níger”, acrescentou o bloco da África Ocidental, que desde 30 de julho considera a possibilidade de uma intervenção militar contra a junta golpista, caso esta não restitua ao poder o Presidente deposto, Mohamed Bazoum.

No comunicado, o bloco da África Ocidental garante que irá prosseguir todos os esforços “para repor a ordem constitucional” naquele país.

Uma fonte do autodenominado Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP), responsável pelo golpe, disse à agência de notícias EFE que a junta considera a missão da CEDEAO “inútil”, uma vez que a sua posição “é conhecida” sobre a situação no Níger.

A fonte criticou as sanções financeiras e comerciais impostas pelo bloco regional, bem como a ameaça de ação militar se a ordem constitucional não for restabelecida.

Na quinta-feira, os chefes de Estado da CEDEAO reunir-se-ão numa segunda cimeira extraordinária sobre o Níger para decidir os próximos passos a dar, depois de o seu ultimato de sete dias para que os líderes do golpe de Estado se retirem ter expirado no domingo.

Até agora, a junta do Níger ignorou as ameaças da organização e, para além de ter nomeado um novo primeiro-ministro, reforçado as suas Forças Armadas e fechado o seu espaço aéreo, avisou que o uso da força será objeto de uma resposta “instantânea” e “enérgica”.

Uma eventual ação militar dividiu o continente, com os governos da Nigéria, do Benim, da Costa do Marfim e do Senegal a confirmarem claramente a disponibilidade dos seus exércitos para intervir em território nigerino.

No outro extremo, o Mali e o Burkina Faso, países próximos de Moscovo e governados por juntas militares, opõem-se ao uso da força e argumentam que qualquer intervenção no Níger equivaleria a uma declaração de guerra também contra eles.

O golpe de Estado no Níger foi liderado, em 26 de julho, pelo autodenominado Conselho Nacional de Salvaguarda da Pátria (CLSP), que anunciou a destituição do Presidente, a suspensão das instituições, o encerramento das fronteiras (que foram posteriormente reabertas) e um recolher obrigatório noturno até nova ordem.

O Níger tornou-se assim o quarto país da África Ocidental a ser dirigido por uma junta militar, depois do Mali, da Guiné-Conacri e do Burkina Faso, onde também se registaram golpes de Estado entre 2020 e 2022.

A CEDEAO integra os lusófonos Cabo Verde e Guiné-Bissau, além do Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Serra Leoa, Senegal e Togo. ANG/Inforpress/Lusa

 

Serra Leoa/Quase 20 militares e polícias detidos  sob acusação de subversão

Bissau, 09 Ago 23 (ANG) - Catorze militares, três polícias, incluindo um ex-oficial demitido, e dois civis foram detidos e estão a ser processados na Serra Leoa por "subversão", enquanto outras oito pessoas continuam a ser procuradas, anunciou hoje a polícia.

A polícia da Serra Leoa anunciou há uma semana a detenção de várias pessoas, incluindo oficiais do exército, que acreditava estarem a planear ataques violentos um ano após a violência de Agosto de 2022, que provocou mais de 30 mortos.

Os suspeitos planeavam utilizar as manifestações pacíficas previstas para esta semana “como pretexto para lançar ataques violentos contra as instituições do Estado e os cidadãos pacíficos”, acusou o inspector-geral da polícia, William Fayia Sellu, em conferência de imprensa.

Dos 14 membros das forças armadas detidos, oito são oficiais superiores e seis são oficiais subalternos, acrescentou Fayia Sellu.

O dirigente disse ainda que estava em curso uma “caça ao homem” para deter mais cinco militares e três agentes da polícia.

“A polícia reforçou a segurança e o serviço de informações em todo o país”, acrescentou.

O inspector-geral disse que a Serra Leoa tinha pedido a colaboração da Interpol para ajudar a localizar quaisquer suspeitos que pudessem estar no estrangeiro.

Na segunda-feira, o ministro da Informação da Libéria, Ledgerhood Rennie, disse à agência France-Presse que Mohammed Yaetey Turay, um ex-funcionário da polícia demitido em 2020, tinha sido detido naquele país a pedido das autoridades da Serra Leoa.

O ministro da Informação da Serra Leoa, Chernor Bah, confirmou que a detenção de Turay estava ligada “aos planos que a Segurança do Estado tinha descoberto por parte de certos indivíduos para minar a paz do Estado e desencadear a violência contra os nossos cidadãos”.

A inflação e a exasperação com o governo levaram a tumultos em 10 de Agosto de 2022, nos quais foram mortos 27 civis e seis polícias.

A organização Amnistia Internacional afirmou ter recolhido testemunhos que alegam o “uso excessivo da força” e condenou as restrições à Internet. ANG/Angop

 

 Política / PR pede tréguas das crises político-governativa que frequentemente ocorrem no país

Bissau, 09 Ago 23 (ANG) – O Presidente da República pediu tréguas das convulsões político-governativa no país ao dirigir-se, terça-feira aos líderes dos órgãos da soberania presentes na cerimónia de investidura de Geraldo João Martins nas funções de primeiro-ministro.

“Estou a falar para o Geraldo mas serve também para vocês todos. É preciso tréguas, Que ninguém se acomode no seu pelouro sem se preocupar com o que se passa noutras instituições” disse.

O chefe de Estado sustentou que, por inerência de funções é reservado ao Presidente da República o papel de moderar e de aconselhar.

“A partir de hoje vão aparecer pessoas para te dizer coisas que podem te colocar num desentendimento com o Domingos Simões Pereira. Tens que ter capacidades para gerir tudo isso”, disse Umaro Sissoco Embaló que também pediu a Coligação PAI-Terra Ranka para permitir que o novo Primeiro-ministro tenha autoridade sobre os demais membros do governo.

Embaló declarou que, não é porque não pertence ao partido de Geraldo é que vai providenciar para que não haja entendimento no seio da Coligação.

“Quero ser um presidente que alerta sobre os problemas que possam surgir, Presidente que apoia, porque é a Guiné-Bissau que está em causa. Vou lhe dar um conselho: temos um acordo com o Fundo Monetário Internacional, faça tudo para o manter”, disse Sissoco.

Prometeu vigiar a maioria conquistada nas eleições pela Coligação PAI-Terra Ranka e chama a atenção à todos os partidos que se juntaram à Coligação por via de acordo pós eleitoral de que devem saber que não podem fazer o que querem mas sim o que a Coligação determinar.

“Vou ajudar-vos a vigiar essa maioria para que não haja nova maioria após as eleições. Essa gente pode um dia votar uma Moção de censura ao Governo mas quem vai legalizar essa Moção é o Presidente da República. Posso dizer não, e renovar-te a confiança”, declarou.

Pede para avisar aos seus antigos colegas de que não há mais maioria parlamentar para além desta da PAI-Terra Ranka.

Umaro Sissoco Embaló desejou ao Presidente da Assembleia Nacional Popular(ANP)-parlamento, Domingos Simões Pereira e ao Primeiro-ministro, Geraldo Martins que façam quatro anos de mandato, e reiterou que a campanha agora é a Guiné-Bissau.

“Somos irmãos. Se eu me empenhar, o Domingos se empenhar e os venerandos juízes se dedicarem à causa da Guiné-Bissau.... a Comunidade Internacional vai dizer, de facto, isso está a mudar. Vamos conseguir”, sublinhou.

Presentes na cerimónia de investidura de Geraldo Martins estiveram, para além do presidente da ANP, Domingos Simões Pereira, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, José Pedro Sambú, o presidente do Tribunal de Contas ,Amadu Tidjane Baldé e o Procurador-geral da República, Bacari Biai.

Crises político-governativa têm sido recorrentes nos últimos anos na Guiné-Bissau.

Em 2019, o PAIGC ganhou as eleições mas o seu governo foi demitido por desentendimento entre o então PM, Aristides Gomes e o Presidente Sissoco Embaló.

Nas eleições anteriores, ganhas pelo PAIGC, foi o presidente Mário Vaz, candidato presidencial do PAIGC, que recusou nomear Domingos Simões Pereira nas funções de Primeiro-ministro. ANG//SG

terça-feira, 8 de agosto de 2023

     
Política/Geraldo Martins investido nas funções de Primeiro-ministro

Bissau, 08 Ago 23 (ANG)- O Presidente da República investiu esta, terça-feira, o vice-presidente do PAIGC, Geraldo João Martins nas funções de Primeiro-ministro.

Umaro Sissoco Embaló recomendou ao novo Primeiro-ministro a estabilidade governativa, que diz ser fundamental e manifestou a sua disponibilidade de apoiar ao novo chefe do Governo.

O chefe de Estado defendeu que é preciso fazer tréguas nas crises políticas e governativas e pediu aos outros órgãos de soberania para colaborarem com o novo primeiro-ministro.

O Presidente da República ainda pediu a Coligação PAI-Terra Ranka para permitir ao PM trabalhar à vontade e ter autoridade.

“Devemos concertar sempre. Se houver concertação não vai haver problemas”, disse Sissoco Embaló.

Prometeu ser um presidente que alerta sobre os problemas que possam surgir e ajudar a Coligação a vigiar a maioria conquistada nas urnas.

Desejou que o Governo e parlamento façam quatro anos de mandato e afirmou que a escolha de Geraldo foi bem pensada.

“Fiquei satisfeito com a sua nomeação porque a nossa coabitação é mais pacífica do que com o Domingos, devido os nossos temperamentos. É verdade, foi bem pensado”, afirmou Sissoco.

Geraldo Martins licenciou-se primeiro em químico-física na Moldávia, depois tirou outra licenciatura em direito na Faculdade de Direito de Bissau e, mais tarde, fez ainda um mestrado em Gestão e Políticas Públicas numa universidade em Londres.

Muito recentemente lançou-se na escrita, tendo publicado já alguns livros de romance, sendo também conhecida a sua paixão pela Educação.

No passado, ocupou várias vezes o cargo de ministro da Economia e Finanças e chefiou ainda o Ministério da Educação Nacional.

Antigo quadro sénior do Banco Mundial, encarregado por coordenar o dossier de 25 países da África subsariana, Geraldo Martins vai agora liderar o Governo guineense, durante 4 anos. ANG/SG

 

 


Política
/Novo Primeiro-ministro encarra   evacuação da castanha de caju como desafio de emergência

Bissau, 08 Ago 23 (ANG) – O novo Primeiro-ministro define   como  prioridades a evacuação de castanha de caju, redução do preço dos produtos da primeira necessidade,o início, à tempo,do ano lectivo , a estruturação dos postos sanitários para que possam funcionar adequadamente e o abastecimento  de água potável e energia às populações .

Geraldo João Martins usava de palavra na cerimónia de sua investidura, decorrida, hoje a tarde, no Palácio da República.

Disse acreditar que, com apoio de todos é possivel ter resultados  almejados para a Guiné-Bissau nos próximos tempos.

Acrescentou  que  aceitou  este desafio e por saber que pode  contar com total disponibilidade e apoio do Presidente das República e do mesmo modo que o chefe de Estado  pode contar com a sua indifetível lealidade.

"É um enorme privilégio ter oportunidade de servir o meu país e devo esta oportunidade ao meu partido PAIGC e à Coligação PAI - Terra Ranka que depositaram em mim esta confiança e me escolheram no meio do tantos outros camaradas com competência, capacidade e idoneidade de exercer esta função. Mas devo também este privilégio à confiança que o Presidente da República me manifestou, de levarmos a cabo uma coabitação exemplar e um relacionamento institucional saudáve”,disse Martins.

Promete formar um governo inclusivo porque,segundo diz, têm  a noção da enormidade dos problemas e  sabem que todos são poucos para os  resolver.

Geraldo João Martins afirmou que a  Guiné-Bissau é possível e que não têm que olhar para trás mas sim para frente e começar a projetar o futuro com confiança e colocar, em primeiro lugar, a guinendade que está acima de todas e quaisquer diferenças que possam existir.

Quanto a formação do novo governo garante que, se tudo  correr conforme  planeado, até sabado, o novo governo será emopossado.

Geraldo Martins licenciou-se primeiro em químico-física na Moldávia, depois tirou outra licenciatura em direito na Faculdade de Direito de Bissau e, mais tarde, fez ainda um mestrado em Gestão e Políticas Públicas numa universidade em Londres.

Muito recentemente lançou-se na escrita, tendo publicado já alguns livros de romance, sendo também conhecida a sua paixão pela Educação.

No passado, ocupou várias vezes o cargo de ministro da Economia e Finanças e chefiou ainda o Ministério da Educação Nacional.

Antigo quadro sénior do Banco Mundial, encarregado por coordenar o dossier de 25 países da África subsariana, Geraldo Martins vai agora liderar o Governo guineense, durante 4 anos.ANG/MI//SG

 

 Caso cameconde/ Familiares do malogrado ameaçam avançar com queixa crime

Bissau, 08 Ago 23 (ANG) - Os familiares do jovem espancado por agentes da Guarda Nacional, no dia 03 de Agosto, em Cameconde e que veio a falecer no domingo(06) ameaçam avançar com uma queixa-crime na justiça contra os dois agentes que consideram responsáveis pela morte de Sana Haidara.


A informação sobre a intenção de apresentar uma queixa contra os agentes Conco e Tcherno foi avançada ao  jornal O Democrata, na terça-feira, pelo presidente da associação de filhos do setor de Cacine, Abubacar Djau.

Em conversa telefónica ao O Democrata, Djau explicou que depois de uma intensa negociação mediada pelo régulo central de Cacine, a comunidade de Cameconde e os familiares do malogrado aceitaram receber o corpo para realizar o funeral, mas sem nenhuma presença dos elementos da Guarda Nacional, que resolveram ficar no quartel de Cacine.

“O governador da região de Tombali, Marquês Na Flor, chegou depois do funeral e dirigiu-se à casa dos pais do malogrado para apresentar  condolências à família”, disse, acrescentando que o governador deu orientações para que seja criada uma comissão para prosseguir com os trabalhos de reconciliação entre a comunidade local e as forças de segurança.   

“O funeral foi realizado segunda-feira a tarde, por volta das 14 horas, num ambiente de muita tristeza e revolta. Registou-se a presença de centenas de pessoas, inclusive de habitantes de outras aldeias arredores do setor para se despedirem do jovem Sana Haidara”, narrou o ativista.

Abubacar Djau assegurou que os familiares do malogrado e a comunidade local decidiram avançar com uma queixa-crime na justiça contra os agentes da Guarda Nacional que espancaram o jovem Sana Haidara,  e que veio a falecer a caminho dos ferimentos sofridos.

Acrescentou que os agentes da Guarda Nacional responsáveis pela morte de Sana, Conco e Tcherno foram retirados do local no domingo e levados para a cidade de Cacine, onde se presume que estejam detidos. 

Preferiu que não sabe precisar se os dois suspeitos foram levados para o Comando Provincial da Guarda Nacional, em Buba, região de Quínara, mas afirmou que já não se encontram nas celas do quartel de Cacine.

Refira-se que Sana Haidara,  de 23 anos de idade que padecia de doença mental, terá sido espancado brutalmente por agentes da Guarda Nacional no dia 03 de agosto . O jovem não resistiu aos ferimentos e no domingo, faleceu em consequência do espancamento.

A morte do jovem, a caminho do hospital de Quebo para  onde estava a ser evacuado para receber melhor tratamento, causou a revolta da população de Cameconde que invadiu e vandalizou o  quartel da Guarda Nacional local.

De acordo com informações apuradas no local, o malogrado frequentava muito o Comando da Guarda Nacional de Cameconde e fazia alguns serviços, sobretudo era mandado às compras de cigarros e outros produtos.

Cameconde é uma das aldeias do setor de Cacine, região de Tombali, no sul da Guiné-Bissau.  ANG/O Democrata