quinta-feira, 11 de abril de 2024

     
Saúde/Doença renal crónica  tem vindo a aumentar na Guiné-Bissau

Bissau,11 Abr 24(ANG) - A doença renal crónica, essencialmente provocada pela hipertensão e diabetes, tem vindo a aumentar na Guiné-Bissau,havendo o registo de 135 pacientes, em 2023.

No Hospital Nacional Simão Mendes, o maior centro hospitalar do país, está, em fase de preparação, uma unidade de hemodiálise, mas enquanto se aguarda o início do funcionamento os doentes renais crónicos são enviado para tratamento para o Senegal, a custas do próprio, ou para Portugal, no âmbito de um protocolo entre os dois países.

Fidalgo Raul Ferreira, médico nefrologista no Hospital Simão Mendes, sublinha que a “doença renal é muito silenciosa” e, por causa disso, o paciente só se apercebe da doença “quando está numa fase muito avançada, onde o paciente está muito pálido, anémico, começa a ter edemas nos membros inferiores e superiores, náuseas, cansaço e pode até convulsionar. Mas, é uma doença assintomática no início.”

O especialista acrescenta que faltam aos guineenses hábitos de saúde: Aqui os pacientes só fazem um check-up só quando têm sintomas, não têm hábitos de ir ao médico para fazer um check-up, um controlo. É uma questão de hábito.~

Não temos o hábito de ir ao hospital para fazer um check-up, para saber qual é o problema, para corrigir desde o início, para evitar a doença.

A gente tem o hábito de ir ao hospital só quando tem uma febre ou quando tem um outro tipo de doença.

Mas, normalmente, a cada ano, temos que fazer um check-up para saber se temos um problema e corrigir desde o início, evitando a doença.

Como na Guiné-Bissau não se realizam sessões de hemodiálise, os doentes com insuficiência renal que precisam de hemodiálise são enviados ora para o Senegal, Dacar ou Ziguinchor, ora para Portugal.

Não temos o serviço de hemodiálise ainda a funcionar e estamos a diligenciar para que isso funcione o mais rápido possível, mas até então não temos o serviço de hemodiálise para os pacientes iniciarem a hemodiálise. Já estão a preparar o local e posso dizer que já está quase. Estamos à espera de uma triagem.

Um paciente com doença renal crónica só pode fazer hemodiálise, é a única solução. E hemodiálise é três vezes por semana.

Se transferimos o paciente para Ziguinchor ou para Dacar é o paciente que paga. Mas se é transferido para Portugal, no âmbito da junta médica, não paga nada, porque é a cooperação que temos com Portugal.

Questionado sobre os hábitos que devemos ter para evitar a doença renal, Fidalgo Raul Ferreira é peremptório:

Evitar muito sal, hidratar sempre, beber muita água, sempre. Temos que aferir a pressão arterial, fazer uma dosagem de creatinina e exames de urina e medir a glicose.

É importante também fazer exercício físico, que é extremamente importante para manter um peso saudável, sabemos que o excesso de peso pode causar uma doença renal.ANG/RFI

 

 Estrasburgo/Parlamento Europeu adoptou reforma da política migratória

Bissau, 11 Abr 24 (ANG) – O Parlamento Europeu adoptou na quarta-feira uma vast
a reforma da política migratória. O sistema implementa um dispositivo de solidariedade entre os Estados membros para a gestão destes fluxos. O texto endurece os controlos das chegadas às fronteiras do bloco.

As três principais famílias políticas europeias: o PPE, Partido popular europeu (de direita), os Socialistas e democratas e o Renew Europe concordam com o novo dispositivo.

Grande parte da extrema direita contesta-o, mas também uma parte da esquerda radical e de certos socialistas.

Foram necessários 8 anos de debates intensivos para que os 27 chegassem a este patamar.

A reforma só será aplicada a partir de 2026: a União Europeia multiplica os acordos com os países de origem e de trânsito dos exilados (Tunísia, Mauritânia, Egipto) para tentar reduzir o fluxo de chegadas às suas fronteiras.

A UE debate-se com um aumento dos pedidos de asilo que atingiram a cifra de 1, 14 milhões em 2023, o nível mais alto desde 2016, de acordo com a Agência europeia para o asilo.

As entradas irregulares aumentaram e cifraram-se segundo a agência Frontex, de controlo das fronteiras, em 380 000 no ano de 2023.

Passa a existir uma base de dados comum, a Eurodac, com a filtragem e a inscrição dos migrantes ao chegarem às fronteiras da Europa.

Passam a ser mais rápidas as expulsões em caso de recusa do asilo: os candidatos com poucas hipóteses de obterem esse estatuto ficam em centros na fronteira, para o efeito.ANG/RFI

 

 Suécia/Cidadãos globais são cépticos sobre eleições livres e justas

Bissau, 11 Abr 24(ANG) – Os eleitores a nível global reve   lam cada vez mais dúvidas sobre se as eleições são livres e justas, revela um estudo do Instituto Internacional de Democracia e Apoio Eleitoral (IDEA) hoje divulgado.

O estudo – que auscultou eleitores em 19 países, incluindo três das maiores democracias mundiais (Brasil, Índia e Estados Unidos), que representam cerca de um terço da população mundial – mostra que menos de metade das pessoas estão satisfeitas com os seus governos e que são cada vez mais os que consideram que esses governos foram eleitos de forma transparente.

Em 11 dos 19 países, menos de metade dos inquiridos afirma que as mais recentes eleições foram livres e justas, ao mesmo tempo que os eleitores se mostram cada vez mais céticos sobre a saúde das suas democracias.

Em oito dos 19 países, a maioria dos inquiridos mostra-se favorável à emergência de um líder forte, que seja capaz de contornar as dificuldades do escrutínio dos parlamentos.

Em declarações à agência Lusa, Seema Sha, chefe do departamento de pesquisa do IDEA, lembrou que esta tendência de descrença na transparência eleitoral começou já há alguns anos, com os eleitores a aumentarem o seu ceticismo sobre o resultado das consultas populares.

Esta investigadora-chefe do IDEA aponta duas grandes razões para este fenómeno: o aumento do financiamento das campanhas eleitorais e a cobertura mediática das eleições, com frequentes queixas de falta de imparcialidade.

“Mas há um outro fator importante: o facto de cada vez mais os líderes recorrerem à desinformação para falar das eleições, lançando na opinião pública a dúvida fundada sobre a transparência dos processos”, disse Sha, mostrando-se preocupada com esta tendência para a saúde das democracias.

Também o secretário-geral da IDEA, Kevin Casas-Zamora, salienta que os resultados deste estudo são “um alerta para as democracias”.

“As democracias devem responder ao ceticismo do seu público, tanto melhorando a governação como combatendo a cultura crescente de desinformação que tem fomentado falsas acusações contra eleições credíveis”, defende Casas-Zamora.

O estudo mostra ainda que a perceção dos eleitores norte-americanos sobre a transparência na escolha dos governantes está em valores mínimos recorde, em linha com o discurso do ex-presidente Republicano Donald Trump, que se queixa de ter sido vítima de fraude, na derrota nas eleições presidenciais de 2020, contra o Democrata Joe Biden.

Em declarações à Lusa, Seema Sha recordou que Trump já retomou esse mesmo discurso para as eleições de novembro próximo, onde reeditará o confronto com Biden, e que tudo indica que o ambiente de suspeição possa ser ainda mais amplificado.

“Temos uma boa notícia: desta vez, as pessoas já estarão mais bem informadas sobre a falta de fundamento nas alegações de Trump a respeito da fraude eleitoral”, reconheceu a investigadora, que destacou a importância da literacia democrática para combater os discursos extremados e radicais que diminuem a confiança nas instituições políticas. ANG/Inforpress/Lusa

 


                          Mali/Junta Militar suspende partidos políticos

Bissau, 11 Abr 24 (ANG) - A Junta Militar que governa o Mali anunciou ,quarta-feira, a suspensão dos partidos e das actividades de natureza política no país.

Os militares acusam as organizações políticas de manterem “discussões estéreis” e de “subversão”, no âmbito do diálogo nacional lançado, a 31 de Dezembro, pelo Coronel Assimi Goïta.

O Coronel Abdoulaye Maïga, ministro da Administração Territorial e porta-voz do Governo, explicou que a situação de segurança no terreno foi uma das razões para a suspensão, até novo aviso, das actividades dos partidos e associações políticas no Mali.

“As actividades dos partidos políticos e as actividades de natureza política das associações em todo o território nacional estão suspensas até novo aviso, por razões de ordem pública”, pode ler-se no decreto.

O Coronel Maïga justificou ainda a suspensão dos partidos invocando o “diálogo” nacional iniciado a 31 de Dezembro pelo Coronel Goïta. O lançamento deste “diálogo”, assim como o desrespeito do prazo de 26 de Março, deu origem a “discussões estéreis” e a “hipóteses que não têm razão de ser”, acrescentou o militar de alta patente.

“Não podemos levar a cabo um diálogo tão crucial em plena cacofonia e confusão”, insistiu.

Esta decisão surge numa altura em que os militares permaneceram na liderança do país, ultrapassado a data de 26 de Março na qual se comprometeram- se sob pressão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)- a ceder o poder aos civis eleitos. A Junta Militar tinha ainda prometido organizar eleições presidenciais em Fevereiro de 2024, o que não veio a acontecer.

Trata-se de uma nova restrição a qualquer expressão de oposição ou dissidência por parte dos coronéis que chegaram ao poder pela força em Agosto de 2020, derrubando o Presidente eleito Ibrahim Boubacar Keïta.

Um colectivo de organizações de direitos humanos afirmou, recentemente, que o que o Mali vive num impasse” e que era altura de os militares “regressarem aos quartéis” e “deixarem outros cidadãos eleitos gerirem os assuntos públicos do país”.

Em resposta, o coronel Maïga reiterou que o país “não está de forma alguma num vazio jurídico, a transição continua”.

Desde a chegada ao poder, consolidada por um golpe de Estado em Maio de 2021, a Junta Militar rompeu a antiga aliança com a França e os parceiros europeus, voltando-se militar e politicamente para a Rússia. ANG/RFI

Washington/EUA vão vender 127 milhões euros em equipamento militar a Kiev

Bissau, 11 Abr 24(ANG) - Os Estados Unidos autorizaram a venda de equipamento militar no valor de 138 milhões de dólares (127 milhões de euros) à Ucrânia para reparar e atualizar os sistemas de mísseis 'Hawk', noticiou hoje a imprensa internacional.

Os sistemas de defesa antiaérea da Ucrânia, em grande parte herdados da era soviética, sofreram melhorias devido à contribuição dos países ocidentais, especialmente dos Estados Unidos, desde o início da invasão russa no território ucraniano, em fevereiro de 2022, referiu a agência de notícias AFP.

Washington forneceu à Ucrânia sistemas avançados de defesa aérea, como o sistema ‘Patriot’ e uma geração mais antiga do sistema ‘Hawk’.

A Ucrânia tem pedido há meses aos seus aliados ocidentais mais munições e sistemas de defesa aérea.

“A Ucrânia precisa urgentemente de aumentar as suas capacidades de defesa contra-ataques de mísseis russos e dos ataques aéreos das forças russas”, disse num comunicado na terça-feira a Agência de Cooperação e Segurança da Defesa dos EUA, uma agência federal responsável em particular pelas vendas militares aos Estados estrangeiros.

“A conservação e manutenção do sistema de mísseis ‘Hawk’ aumentará a capacidade da Ucrânia de defender o seu povo e proteger a sua infraestrutura nacional crítica”, acrescentou a agência norte-americana, garantindo que a venda “não alterará o equilíbrio militar fundamental na região”.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou no domingo que o seu país perderia a guerra se a esperada ajuda de 60 mil milhões de dólares (55,3 mil milhões de euros) permanecesse bloqueada no Congresso dos Estados Unidos, à medida que a Rússia aumenta a pressão sobre a Ucrânia.

Este programa norte-americano de assistência militar e económica a Kiev está bloqueado no Congresso desde o ano passado devido a divisões entre os partidos Democrata e Republicano, além da realização das eleições presidenciais em novembro.

Enquanto aguardam uma decisão, os soldados ucranianos são forçados a poupar munições e enfrentam um confiante exército russo, que repeliu uma grande contraofensiva do exército de Kiev no verão de 2023.

O exército russo, mais numeroso e mais bem abastecido com munições, está gradualmente a avançar na frente oriental e tem atacado regularmente a infraestrutura energética da Ucrânia nas últimas semanas.

Os russos também intensificaram recentemente a sua pressão em torno de Chassiv Yar, uma localidade chave na região do Donbass.

ANG/Inforpress/Lusa

terça-feira, 9 de abril de 2024

   CCIAS/Presidente da República empossa nova direção eleita em Janeiro

Bissau,09 Abr 24(ANG) – O Presidente da República manifestou hoje a sua satisfação pela cessação da interinidade do exercício da direção da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços(CCIAS) verificada há longos anos no país.

 “Finalmente, com este ato de posse está restabelecida a normalidade institucional nesta importante organização da nossa classe empresarial”, disse Umaro Sissoco Embaló, ao presidir hoje a cerimónia de tomada de posse da nova direção da CCIAS.

O chefe de Estado salientou na ocasião que, a Câmara é uma instituição parceira do Governo, cuja parceria  só se faz na base de concertação social.

“As ferramentas dessa concertação social estratégica são conhecidas, e   insere-se no diálogo e na conjugação de esforços tendo em consideração  diferentes interesses legítimos”, frisou.

O Presidente das República salientou que a referida concertação tem a ver com a ponderação justa do interesse público e dos operadores privados, interesses esses que nem sempre são convergentes.

Acrescentou que o próprio Presidente da República não tem poupado esforços para incentivar uma Concertação Social que dê os melhores resultados nas condições socioeconómicas concretas do país.

“A conjuntura económica e financeira internacional continua muito desfavorável aos países mais vulneráveis e as consequências económicas e financeiras, nomeadamente, da guerra da Ucrânia e da Faixa de Gaza, não nos tem, ajudado”, disse.

Umaro Sissoco Embaló sublinhou que países como a Guiné-Bissau continuam a ter de importar a inflação por via de preços elevados da energia, dos alimentos e dos transportes, situação que agrava o custo de vida dos guineenses e dificulta mais ainda a luta  contra a pobreza.

“Como sempre tenho feito, prometo continuar a exercer a minha magistratura de influência, tendo em vista a necessidade de atenuar, na medida do possível, os impactos negativos internos que resultam de uma conjuntura internacional desfavorável, que não podemos controlar”, disse.

O chefe de Estado afirmou que, uma boa campanha de comercialização da Castanha de Caju é essencial para todos:  para as famílias guineenses, para os comerciantes e exportadores e diz que é  também  muito importante para a arrecadação de receitas de Estado.

“É por estas razões que esta campanha de comercialização de castanha de caju não pode falhar”, aconselhou o Presidente da República.

Para além do presidente Mama Samba Embaló foram empossados nove vice-presidentes, oito vogais que constituem a nova direção da CCIAS, eleitos a 27 de Janeiro passado. LPG/AC//SG

CCIAS/Ministro do Comércio e Indústria saúda legitimação da direção da instituição

Bissau, 09 Abr 24 (ANG) - O ministro de Comércio e Indústria Orlando Mendes Veiga disse hoje que o ato de investidura  da nova direção da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e serviços(CCIAS) simboliza um forte engajamento do Estado nos assuntos do setor privado, particularmente a CCIAS.


Orlando Mendes Viegas discursava  na cerimónia de posse de novos corpos sociais da CCIAS, eleitos em Janeiro passado, após longo período de exercício diretivo interino da instituição .

Disse registar com muito agrado a legitimação de novos corpos sociais da CCIAS, e que  associado esse facto aos desafios da presente campanha de comercialização e exportação da castanha de caju, cujo o sucesso depende, em parte, da intervenção de uma CCIAS ativa.

Afirmou que, a presente campanha de caju, com o lema “Tolerância zero ao contrabando” exige a participação de todos para melhorar e alcançar  resultados satisfatórios.

“Contamos com participação do setor privado, como parceiro privilegiado do Ministério de Comércio e Indústria, quer para mobilização dos fundos quer para a obtenção de contrato e consequente exportação do produto, e ainda para a   aposta de que a  transformação traz mais benefícios económicos fiscais para o país”, disse  Orlando Mendes.

Destacou  que CCIAS tem um papel importante na cadeia de produção, comercialização, transformação e distribuição de castanha, ciando emprego fazendo do caju o produto de maior valor acrescentado nas potencialidades do país.

“ A vossa direção representa o elo de ligação entre o Estado e a população. Nesta senda,  a responsabilidade é mais acrescida, o vosso papel serve para facilitar a vida das populações, sobretudo aos produtores, com o propósito de assumir o timoneiro no abastecimento regular do mercado”, afirmou.

Alertou a nova direção da CCIAS sobre os desafios que vão enfrentar pela assunção da presidência da Câmara Consular da UEMOA, reiterando a disponibilidade do Ministério para viabilizar, assim como acompanhar esta presidência e usar a sua influência junto do Governo para atender as necessidades e preocupações. 

O Presidente da Câmara de Comércio Indústria, Agricultura e Serviços(CCIAS),  Mama Samba Embaló disse que prioriza o relançamento da economia, numa parceria público/privada acentuada com o governo.

Uma outra prioridade apontada por  Embalo está relacionada com a sobrevivência das empresas e a manutenção dos postos de trabalho, a promoção e transformação de produtos locais, sobretudo a castanha de caju.

Disse que, a CCIAS deve ser firme na defesa dos seus princípios e afastar-se, com determinação, dos interesses pessoais manipuladoras.

Prometeu fazer da CCIAS uma organização financeiramente sólida e com capacidade de ouvir, comunicar e pôr de lado qualquer sentido de ego, que abstroe decisões justas e eficienGarantiu  que o governo pode continuar a contar com sólida, dinâmica inovadora do ponto de vista organizacional. a CCIAS, enquanto parceiro estratégico para implementação de uma agenda empresarial favorável ao desenvolvimento sustentável do país.

Declarou  que a direção da CCIAS que dirige está alinhada com os propósitos do Governo, relativamente a realização de uma boa campanha de comercialização da castanha de caju.

Para Mama Samba Embaló  a cerimónia constitui um momento de oficialização da sua proposta de valorizar a classe empresarial, sob o lema: Reorganizar, Reposicionar e Reclamar através de uma Liderança Participativa, Sustentada por um Modelo de Gestão Institucional Eficaz”.

Sublinhou que a reorganização e projeto que pretende implementar não podem estar dissociadas a maior presença dos reforços institucionais de parcerias socioeconómicas e  com participação de todos os associados nas atividades da CCIAS.

Em relação a liderança da Câmara Consular da UEMOA prometeu trabalhar em conjunto com todos os parceiros, para melhor o ambiente de negócios e em defesa dos interesses da classe, complementando o Governo nos esforços de desenvolvimento do país.

Mama Samba Embaló foi eleito Presidente da CCIAS, no passado dia 27 de Janeiro, na Assembleia Geral Extraordinária da organização,  com 267 votos a favor, contra 104 votos de Ibraima Djaló e 08 votos de Antônio Barbosa, seus adversários. Para além dele foram igualmente empossados nove vice-presidentes e oito vogais. ANG/LPG/ÂC//SG

                       Ensino e Saúde/Nova greve geral de três dias

Bissau, 09 Abr 24 (ANG) -  Os sectores de Saúde e Educação estão novamente em greve geral de três dias, a  segunda onda de paralisações, após uma primeira realizada em Março passado.

Entre outros pontos, os sindicatos exigem o pagamento de 10 meses de salário aos profissionais dos dois sectores.Publicado

O porta-voz da Frente Social, João Yoyo da Silva, pede desculpa aos cidadãos guineenses pela greve.

Diz que não era a intenção dos quatro sindicatos, dois da Saúde e outros tantos do sector da Educação, voltar a fazer greve geral, mas que não lhes restava outra saída.

João Yoyo da Silva afirma que a Frente Social apresentou um caderno reivindicativo e um pré-aviso de greve, mas em vez de se sentar à mesa com os sindicatos, o Governo decidiu apresentar uma contraproposta.

A Frente Social não achou pertinente esta forma de abordagem e decidiu avançar para a greve de três dias.

Nos hospitais e centros de Saúde, a Frente Social deu orientações para que haja o serviço mínimo que passa pelo atendimento de casos urgentes.

Nas escolas públicas, algumas estão com as portas encerradas, embora outras, afectas a outro sindicato, continuem a funcionar.

No caderno reivindicativo apresentado em Fevereiro pela Frente Social constam, entre outros pontos, o pagamento de 10 meses de salário em atraso aos professores e técnicos de saúde, a efectivação de novos quadros contratados pelo Governo para os dois sectores, a adopção de um novo currículo escolar bem como a melhoria das condições laborais.ANG/RFI

 



Economia
/Preços das moedas para terça-feira, 9 de abril de 2024

MOEDA

COMPRAR

OFERTA

Euro

655.957

655.957

dólares americanos

600.500

607.500

Yen japonês

3.945

4.005

Libra esterlina

761.000

768.000

Franco suíço

664.750

670.750

Dólar canadense

441.500

448.500

Yuan chinês

82.750

84.250

Dirham dos Emirados Árabes Unidos

163.000

166.000

 Fonte:BCEAO

Sociedade/LGDH acusa agentes policiais de Gabu de detenção arbitrária do  cidadão  Djulde Bá

Bissau, 09 Abr 24(ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), acusa, em comunicado,agentes da Esquadra de Polícia de Gabu de detenção arbitrária do empresário e dirigente político Djulde Bá, residente no sector de Pitche.

"O empresário e dirigente político Djulde Bá, residente no sector de Pitche, foi arbitrariamente detido hoje pelos Agentes da Esquadra de Polícia de Gabu à mando do Ministério do Interior liderados por Botche Candé e José Carlos Macedo Monteiro, respectivamente", refere a organização.

No documento publicado, segunda-feira, na sua página oficial no Facebook,sem se referir as razões da detenção, a LGDH diz que a a atuação policial é “abusiva e ilegal”, e que se enquadra na estratégia de perseguição política e de intimidação das vozes discordantes, que o Ministério do Interior tem implementado no âmbito da consolidação do autoritarismo na Guiné-Bissau.

A organização não governamental exige a libertação imediata e incondicional de Djulde Bá e responsabiliza o Ministério do Interior pela sua integridade física.ANG/JD/ÂC//SG

 

China Popular/Tentativas de criar conflitos na Ásia - Pacífico "não têm futuro"

Bissau, 09 Abr 24 (ANG) - O Ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, advertiu hoje, após um encontro com o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, em Beijing, que "qualquer tentativa de criar confrontos na Ásia - Pacífico não tem futuro".


Em conferência de imprensa após o encontro, Lavrov afirmou que um dos temas discutidos durante as reuniões foi a questão d e como "alcançar a paz e a estabilidade na Ásia - Pacífico", apesar dos "esforços dos Estados Unidos para criar uniões políticas dirigidas contra a Rússia e a China".

De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, este comportamento de Washington é "contra os seus próprios interesses e contra os dos seus aliados".

"O mundo de hoje está longe de ser pacífico, há agitação e caos em muitas áreas", disse Wang, que apelou à "defesa do verdadeiro multilateralismo, evitando qualquer tentativa de confronto na Ásia - Pacífico.

Estas declarações surgem numa altura de tensão na região devido ao início iminente do mandato do presidente eleito de Taiwan, William Lai (Lai Ching-Te), descrito como um "agitador" por Beijing, e às disputas territoriais entre a China e as Filipinas no Mar do Sul da China.

Lavrov afirmou que a questão de Taiwan, ilha cuja soberania é reivindicada por Beijing, é um "assunto interno da China" e que qualquer intervenção externa é "intolerável".

Manter boas relações com Moscovo é vista por Beijing como crucial para contrariar a ordem democrática liberal dominada pelos Estados Unidos e países aliados. É também uma forma de assegurar estabilidade na fronteira terrestre com a Rússia, que tem mais de 4.300 quilómetros de extensão, e fornecimento estável de energia.

Esta condição permite a Pequim concentrar recursos nas áreas costeiras e mares circundantes, onde os Estados Unidos mantêm várias bases militares em países aliados, segundo analistas de política externa chineses.

A China quer afirmar-se como a principal potência no leste da Ásia e diluir o domínio geoestratégico norte-americano na região. A reunificação de Taiwan, localizado entre o Mar do Sul da China e o Mar do Leste da China, no centro da chamada "primeira cadeia de ilhas", é um objectivo primordial no projecto de "rejuvenescimento da nação chinesa", lançado pelo Presidente chinês, Xi Jinping.

As reivindicações territoriais sobre Taiwan e o Mar do Sul da China suscitaram tensões entre Beijing e quase todos os países vizinhos, desde o Japão às Filipinas. A crescente assertividade da China no Indo-Pacífico levou já à formação de parcerias regionais lideradas pelos Estados Unidos, incluindo o grupo Quad ou o pacto de segurança AUKUS, que propôs esta semana a inclusão do Japão.

Lavrov, que chegou à China na segunda-feira, encontra-se no país asiático para uma visita oficial de dois dias a convite de Wang e que, segundo a imprensa chinesa, poderá servir de prelúdio à primeira visita ao estrangeiro do Presidente russo, Vladimir Putin, após a sua reeleição, uma possibilidade avançada pelos órgãos de comunicação internacionais para o próximo mês de Maio.ANG/Angop

 

     EUA/Março é o 10.º mês consecutivo mais quente de que há registo

Bissau, 09 Abr 24 (ANG) - A Terra bateu em março, pelo décimo mês consecutivo, um novo recorde mensal de calor, anunciou hoje o programa europeu de observação da Terra Copernicus.

As temperaturas do ar e dos oceanos atingirem também um máximo histórico neste mês, de acordo com a agência. Março registou uma média de 14,14º Celsius (C), ultrapassando o anterior recorde, de 2016, em um décimo de grau.

Foi, além disso, 1,68ºC mais quente do que no final do século XIX, a base utilizada para as temperaturas antes de a queima de combustíveis fósseis ter começado a crescer rapidamente.

Desde junho passado, o globo tem batido recordes de calor todos os meses, contribuindo para isso ondas de calor marítimas em vastas áreas oceânicas.

Cientistas afirmaram que o calor recorde registado durante este período não foi uma surpresa devido a um forte El Nino, condição climática que aquece a zona central do Pacífico e altera os padrões climáticos globais.

"Mas a combinação deste com as ondas de calor marítimas não naturais fez com que estes recordes fossem de cortar a respiração", reagiu a cientista do Centro de Investigação Climática Woodwell, Jennifer Francis.

Com a desaceleração do El Nino, as margens pelas quais as temperaturas médias globais são ultrapassadas todos os meses deverão diminuir, acrescentou Francis.

Os cientistas do clima atribuíram a maior parte dos recordes de calor às alterações climáticas provocadas pelo homem, devido às emissões de dióxido de carbono e metano produzidas pela queima de carvão, petróleo e gás natural.

"A trajetória não vai mudar enquanto as concentrações de gases com efeito de estufa na atmosfera não pararem de aumentar", notou Francis.

Ao abrigo do Acordo de Paris, de 2015, o mundo estabeleceu o objetivo de manter o aquecimento a um nível igual ou inferior a 1,5ºC desde os tempos pré-industriais.

Os dados de temperatura do Copernicus são mensais e utilizam um sistema de medição ligeiramente diferente do limiar de Paris, cuja média é calculada ao longo de duas ou três décadas.

A diretora-adjunta do Copernicus, Samantha Burgess, afirmou que o recorde de temperatura de março não foi tão excecional como de outros meses do ano passado, que bateram recordes com margens mais amplas.

"Tivemos meses recordes que foram ainda mais invulgares", disse Burgess, apontando para fevereiro e setembro do ano passado. Mas a "trajetória não está na direção certa", acrescentou.

O globo já registou 12 meses com temperaturas médias mensais 1,58ºC acima do valor de Paris, de acordo com os dados do Copernicus.

Em março, a temperatura média global da superfície do mar foi de 21,07ºC, o valor mensal mais elevado de que há registo e ligeiramente superior ao de fevereiro.

ANG/Lusa

Itália/Vaticano diz que Teoria de género e “barrigas de aluguer” violam a dignidade humana

Bissau, 09 Abr 24 (ANG) – O Vaticano divulgou, segunda-feira, um novo texto dedicado ao respeito pela “dignidade humana”, que critica as “barrigas de aluguer”, a mudança de sexo e a “teoria de género”, defendendo os direitos das pessoas LGBTQIA+ e dos migrantes.

Designado de “Dignitas infinita”, o texto aprovado pelo Papa Francisco resulta de cinco anos de trabalho e foi publicado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, o poderoso órgão da Santa Sé responsável pelo dogma que lista casos de “violações concretas e graves” da dignidade.

A maternidade de substituição ou “barrigas de aluguer” é descrita como estando “em total contradição com a dignidade fundamental de cada ser humano”, uma prática deplorável através da qual “a criança, imensamente digna, se torna um mero objecto”.

A propósito, é recordado o apelo do Papa para que “a comunidade internacional se comprometa a proibir universalmente esta prática”.

Criticada veementemente é a mudança de sexo e a “teoria de género”, que é classificada pelo Vaticano como uma “colonização ideológica muito perigosa”, visando “negar a maior diferença possível entre os seres vivos: a diferença sexual”.

“Qualquer procedimento de redesignação sexual corre o risco, regra geral, de ameaçar a dignidade única que uma pessoa recebeu desde o momento da conceção”, adianta.

Ao mesmo tempo, a Igreja sublinha o direito ao respeito das pessoas LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgénero, queer, intersexual, assexual e outras pessoas de orientações sexuais e identidades de género diversas), denunciando “o facto de, em certos lugares, muitas pessoas serem presas, torturadas e até privadas do bem da vida apenas por causa da sua orientação sexual”.

O documento censura também a violência contra as mulheres, afirmando que “o fenómeno do feminicídio nunca será suficientemente condenado”, mencionando igualmente a “violência digital” que “põe em risco a boa reputação de qualquer pessoa com notícias falsas e calúnias”.

Uma “crise muito perigosa do sentido moral” é a “aceitação do aborto nas mentalidades e na lei”, bem como que se fale às vezes da eutanásia e do suicídio assistido como “leis da morte com dignidade”.

Outra violação da dignidade humana é “a distribuição desigual da riqueza” e a “guerra”, bem como o abuso sexual, fenómeno que “afeta também a Igreja e representa um sério obstáculo à sua missão”.

No texto é reafirmada ainda a necessidade de defender a dignidade dos migrantes e condenado o tráfico de seres humanos, o comércio de órgãos e tecidos, a exploração sexual de rapazes e raparigas e o trabalho escravo, assim como o tráfico de drogas e de armas, o terrorismo, o crime organizado internacional, as “condições de trabalho ignominiosas” ou o despedimento de pessoas com deficiência. ANG/Inforpress/Lusa

Cabo Verde/Uni-CV acolhe formação sobre Plano de Ética no Desporto da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa

Bissau, 09 Abr 24 (ANG) - O Governo de Cabo Verde formalizou hoje na Uni-CV a implementação do Plano de Ética no Desporto, da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (PED-CPLP), junto do seu coordenador, o português José Lima, visando promover um desporto pautado por valores éticos.

Justiça, lealdade, integridade e respeito são os valores éticos que estão na essência deste plano, cuja formação terá a duração de cinco dias, mediante a participação de representantes e formadores dos países membros da CPLP, sob o lema "Modelos de desenvolvimento de valores no desporto: ética, moral e formação de carácter".

O ministro adjunto do primeiro-ministro para Juventude e Desporto, Carlos Monteiro, que presidiu o acto, aproveitou a ocasião para lançar um desafio à CPLP no sentido de se afirmar no seio da juventude e adolescência da comunidade lusófona e no reforço da conexão da juventude da comunidade através do desporto, da cultura, e da economia.

Considerou que a CPLP e o seu sucesso vão depender muito daquilo que for capaz de mostrar aos jovens e adolescentes em como pode ser importante impactar as suas vidas, de modo a fazer jus ao desporto como “um veículo de excelência” para esta imagem, muito construída, baseada na substância das suas acções e na crença e convicção numa mais-valia para a sua vida presente e futura.

“Nós estamos a olhar para o desporto não só a nível daquilo que é o resultado que nós temos lá fora, que é normalmente o que mais impacto mediático tem, mas nós estamos a olhar para o desporto em todos os eixos que definem o seu desenvolvimento e queremos trabalhar cada um destes eixos e a parte da transmissão de valores”, sublinhou o governante.

A formação a nível dos valores, explicitou Carlos Monteiro, poderá garantir sucesso na vida, “se não for no desporto, em qualquer outra dimensão da nossa sociedade”, razão pela qual considera que isto deve ser o foco por ser tão importante investir nas selecções nacionais, como no desporto escolar e no reforço do valor da ética no desporto limpo em Cabo Verde a na CPLP.

O Plano de Ética no Desporto da CPLP é uma iniciativa destinada a promover um desporto pautado por valores éticos como justiça, lealdade, integridade e respeito, ao mesmo tempo que visa prevenir problemas associados ao desporto, tais como corrupção, violência, doping e discriminação.

O PED CPLP tem ainda a missão de “explorar a dimensão educativa do desporto, reconhecendo-o como uma ferramenta de desenvolvimento humano que promove competências, princípios e valores".

A cerimónia foi, ainda presenciada pelas representações diplomáticas, conselho directivo da IDJ, representantes das instituições públicas, como a Uni-CV, Organização Antidopagem de Cabo Verde (ONAD-CV), representantes de algumas das federações desportivas e alunos do curso do Fesporto da universidade pública.

ANG/Inforpress