sexta-feira, 28 de março de 2025

                        Myanmar/Hospital  encheu após sismo no país

Bissau, 28 Mar 25 (ANG) - As autoridades de Myanmar disseram que um elevado número de vítimas acorreu ao hospital de Naypyidaw, a capital do país, na sequência do sismo que afetou o país e a Tailândia.


Um funcionário do hospital disse à France-Presse que alguns dos feridos estão a ser tratados no exterior das urgências.

Em Banguecoque, pelo menos 43 trabalhadores que se encontravam num edifício de 30 andares em construção estão soterrados, de acordo com as autoridades da capital da Tailândia. 

O governo da Tailândia decretou o estado de emergência na capital e o primeiro-ministro da Índia comunicou que está preparado para enviar ajuda de emergência para as zonas afetadas pelo sismo de magnitude 7,7. 

 Em Myanmar, na região de Sagaing, a sudoeste de Mandalay, ruiu uma ponte e alguns troços da autoestrada que liga à cidade de Rangum ficaram igualmente danificados.

Os habitantes de Rangum abandonaram as casas quando o terramoto ocorreu. 

O Serviço Geológico dos Estados Unidos e o Centro de Geociências GFZ da Alemanha disseram que o tremor de terra foi registado em Myanmar, antiga Birmânia, às 13h30 (06h30 de Bissau). 

Um segundo terramoto abalou regiões na Tailândia 12 minutos mais tarde.ANG/Lusa

 

ONU/Programa Alimentar sofre corte de  40  por cento de ajuda  para 2025

Bissau, 28 Mar 25 (ANG) - O Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU anunciou hoje uma diminuição de 40% no seu financiamento para 2025, alertando para uma "crise sem precedentes", já que 58 milhões de pessoas correm o risco de perder ajuda vital.



A organização enfrenta atualmente uma queda alarmante de 40% no financiamento para 2025 em comparação com o ano passado. A gravidade destes cortes, combinada com números recorde de pessoas necessitadas, leva a uma crise sem precedentes para dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo", explicou a organização, em comunicado.

"O PAM dá prioridade aos países com maiores necessidades. Embora façamos tudo o que podemos para reduzir os custos operacionais, não podemos ignorar: estamos perante um abismo financeiro com consequências potencialmente fatais", afirmou a responsável do PAM para as parcerias e inovação, Rania Dagash-Kamara, citada no comunicado de imprensa.

De acordo com as estimativas do PAM, "58 milhões de pessoas correm o risco de perder assistência vital nas 28 operações mais críticas da agência devido a financiamento insuficiente".

O PAM já tinha avisado na quinta-feira que tinha apenas duas semanas de ajuda alimentar restante em Gaza e que a fome estava novamente a ameaçar a região, depois da retoma das operações militares israelitas em território palestiniano.

Os anúncios de cortes na ajuda internacional têm-se multiplicado nos últimos meses, gerando preocupações entre as organizações internacionais e de ajuda humanitária.

A administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, eliminou 83% dos programas da agência de desenvolvimento norte-americana USAID, - ou seja, "dezenas de milhões de dólares", que, até agora, geria um orçamento anual de 42,8 mil milhões de dólares (cerca de 40 mil milhões de euros), o que representava 42% da ajuda humanitária desembolsada em todo o mundo.

O Reino Unido, a França e a Alemanha também cortaram os respetivos orçamentos de ajuda internacional, tal como os países escandinavos.ANG/Lusa

 

Myanmar e Tailândia/ UE mobiliza satélites para ajudar a socorrer vítimas

Bissorã, 28 Mar 25 (ANG) - A União Europeia (UE) mobilizou o programa de observação por satélite para ajudar a socorrer as vítimas do terramoto de magnitude 7,7 que atingiu o Myanmar e o sudeste asiático, anunciou hoje a presidente do executivo comunitário.


“Os satélites europeus Copernicus já estão a ajudar os primeiros socorristas. Estamos prontos para prestar mais apoio", anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na rede social X.

Garantindo "total solidariedade" comunitária, a responsável lamentou as "cenas desoladoras de Myanmar e da Tailândia após o terramoto devastador".

"Os meus pensamentos estão com as vítimas e as suas famílias", adiantou.

Também através do X, a comissária europeia para a preparação e gestão de crises, Hadja Lahbib, indicou que a UE está a "monitorizar a situação e ativou a ferramenta de observação da Terra Copernicus para facilitar a avaliação do impacto", estando ainda "disponível para prestar apoio de emergência".

"Estamos profundamente preocupados com a destruição causada pelo terramoto de magnitude 7,7 que atingiu o Myanmar e toda a região", adiantou a comissária europeia.

Pelo menos três pessoas morreram no colapso de um edifício de trinta andares em construção em Banguecoque na sequência de um sismo de magnitude 7,7 ocorrido depois de um tremor de terra em Myanmar.

O Governo da Tailândia decretou o estado de emergência na capital do país.

O forte sismo em Myanmar foi registado às 13:30 (06:30 em Lisboa).

Um segundo sismo foi registado na Tailândia - 12 minutos mais tarde - de acordo com as informações registadas pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos e do Centro de Geociências GFZ da Alemanha.

O tremor de terra foi registado a uma profundidade de 10 quilómetros e o epicentro localizou-se a 17 quilómetros da cidade de Mandalay, Myanamr, com 1,2 milhões de habitantes.

Em Myaamar (antiga Birmânia), a Junta Militar no poder declarou o estado de emergência em seis zonas do país devido aos danos causados pelo terramoto.

O Comité de Gestão de Catástrofes de Myanmar disse em comunicado que o forte tremor de terra, sentido fortemente na vizinha Tailândia, foi seguido de três réplicas que causaram danos.

As Forças Armadas de Myanmar, que estão no poder após o golpe de Estado de 2021, declararam situação de emergência em Sagaing, Mandalay, Magway, no nordeste do Estado de Shan, Naipyido e Bago.ANG/Lusa

 

Gaza Project /História de Fadi, jornalista gravemente ferido em pleno exercício da profissão

Bissau, 28 Mar 25 (ANG) - A RFI é um dos doze meios de comunicação social internacionais que participa no Gaza Project, uma iniciativa do consórcio Forbidden Stories, que reúne cerca de quarenta jornalistas e especialistas.

Trata-se de uma investigação colaborativa sobre as ameaças aos jornalistas palestinianos que cobrem a guerra na Faixa de Gaza desde Outubro de 2023. Esta quinta-feira, a história de Fadi al-Wahidi.

Esta quinta-feira, a história de Fadi al-Wahidi, paralisado desde que foi atingido no pescoço por uma bala. A reconstrução minuciosa dos factos mostra que Fadi era perfeitamente identificável como jornalista.

O jovem palestiniano encontra-se imobilizado numa cama de um hospital, no Cairo, Egipto. Fadi al-Wahidi, de 25 anos, não sabe se voltará a pôr-se de pé e a andar. A 09 de Outubro de 2024, foi baleado no pescoço, entre a segunda e a terceira vértebra. Resultado: uma grave lesão na medula espinal que lhe provocou a paralisia das duas pernas.

"A minha medula espinal foi fracturada. Por causa disso, sou paraplégico", explica Fadi, que os jornalistas do Forbidden Stories conseguiram entrevistar várias vezes. "Sinto, constantemente, descargas eléctricas nas mãos. É uma sensação constante, que não desaparece. Impede-me de dormir à noite e, por vezes, até durante o dia. Os analgésicos não fazem efeito", acrescenta o jovem jornalista, atingido em pleno exercício da profissão.

Fotografias tiradas poucos meses antes mostram Fadi al-Wahidi de pé, com um colete azul marcado com as letras "Press" [Imprensa]. Foi no Outono: o repórter de imagem do canal de televisão Al Jazeera, trabalhava sobre a situação dos palestinianos do norte da Faixa de Gaza, forçados a fugir devido à ofensiva israelita.

"Nesse dia, decorria uma operação terrestre. Eu estava lá apenas para filmar o meu colega Anas al-Sharif, que fazia uma reportagem sobre o deslocamento das populações", relata. Fadi documentava a guerra que assolava as ruas que bem conhecia : é natural de Jabalia, onde decorria a ofensiva israelita.

"Tínhamos ouvido dizer que bombardeamentos aleatórios tinham atingido habitações civis", recorda. "As pessoas fugiram à pressa, de mãos vazias. Nesse dia, ninguém sabia onde procurar refúgio. Lembro-me de que as pessoas estavam simplesmente sentadas no chão, por não haver outra opção".

Várias equipas de jornalistas, incluindo a da Al Jazeera – com Fadi e Anas al-Sharif – estavam no bairro de al-Saftawi para cobrir os acontecimentos quando começaram os disparos. O momento foi filmado pelo próprio Fadi, que em vídeo capturou o instante em que os colegas tentam fugir do perigo. Dezasseis segundos de corrida desenfreada pelas ruas de Gaza. A última imagem é o rosto do jovem repórter de imagem.

"Até agora, esses tiros ainda ressoam nos meus ouvidos", conta Fadi. "Balas que assobiam e fazem ricochete nas portas e paredes ao meu lado. Queriam matar-nos, a mim e aos meus colegas, visando-nos directamente".

Fadi perdeu os sentidos. Um vídeo mostra-o caído no chão, de bruços. Durante muito tempo, os colegas não o conseguiram socorrer, devido ao risco de serem atingidos. Outra gravação mostra quatro homens a retirar do local o corpo do repórter inanimado. Fadi, ainda com o colete "Press" [Imprensa], foi levado para um carro e transportado para o hospital al-Shifa, em Gaza.

O Forbidden Stories teve acesso ao processo clínico de Fadi e entrevistou o médico que o operou, que confirmou a lesão por bala no pescoço, os danos na medula espinal e a paralisia das duas pernas.

Fadi foi atingido fora de uma zona assinalada para evacuação. Na véspera, a 08 de Outubro de 2024, o exército israelita publicou na rede social X, em árabe, um mapa que indicava operações militares no campo de refugiados de Jabalia. A mensagem instava os habitantes a abandonarem "imediatamente" a zona e a dirigirem-se para o sul da Faixa de Gaza, acrescentando que as "forças da 162ª divisão iriam operar nesse sector por via aérea e terrestre".

Através de ferramentas de geolocalização, a investigação do Forbidden Stories confirma que as equipas de televisão, incluindo a da Al Jazeera – com Fadi e Anas –, estavam fora dessa zona a 09 de Outubro, dia em que Fadi foi gravemente ferido. Além dos coletes "Press" [Imprensa], os jornalistas tinham instalado equipamento de transmissão de imagens, o que os identificava claramente como profissionais de informação.

Fadi foi atingido por um atirador humano ou por um drone? A questão continua sem resposta, mas testemunhas confirmam a presença de drones no momento do disparo.

"Enquanto filmávamos, um drone de reconhecimento começou a disparar sobre nós", recorda Anas al-Sharif, jornalista da Al Jazeera e colega de Fadi.

Islam Bader e Mohammed Shaheen, outros jornalistas palestinianos presentes no local, também garantem: "Sem sombra de dúvida, tratava-se de um quadricóptero [drone]", afirma Islam Bader. "Durante a guerra, habituámo-nos a reconhecer o som desses drones", acrescenta Mohammed Shaheen.

Contactado para a investigação, o exército israelita não respondeu às perguntas sobre se esses dispositivos foram utilizados em Gaza e rejeitou as acusações de ataques sistemáticos contra jornalistas. Israel reitera atacar apenas "membros de grupos armados e indivíduos que participam directamente nas hostilidades".

Gravemente ferido, Fadi recebeu tratamento na Faixa de Gaza, tendo sido, várias vezes, transferido de hospital devido à escassez de medicamentos.

Apesar da gravidade das lesões, as autoridades israelitas recusaram a transferência  “por razões de segurança" de Fadi para o Egipto. 

A situação apenas se desbloqueou em Fevereiro de 2025, após o cessar-fogo de 19 de Janeiro. Foram necessários 122 dias para que Fadi fosse transferido para o Egipto, onde se encontra a recebr tratamento médico.

Segundo o Comité para a Protecção dos Jornalistas, quase 170 profissionais de comunicação social foram mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra, Outubro de 2023. Poucos dias antes da publicação desta investigação, Hossam Shabat, jornalista palestiniano da Al Jazeera, foi morto num ataque israelita, em Beit Lahya.ANG/RFI


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Fonte: BCEAO

Sociedade/Funcionários da EAGB ameaçam paralisar serviços na primeira semana de Abril

Bissau, 28 Mar 25(ANG) - O Sindicato de Base da Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) ameaça suspender o fornecimento de eletricidade e água entre os dias 1 e 7 de Abril nos bairros e arredores de Bissau.

A ameaça  foi tornada pública nesta quinta-feira pelo vice-presidente do sindicato de base da empresa, em entrevista telefónica à Rádio Sol Mansi.

Ericson Cá afirma que a EAGB não tem priorizado os seus funcionários e que o sindicato exige que a direção cumpra os pontos estabelecidos no caderno reivindicativo.

"A EAGB não está a dar prioridade aos seus trabalhadores. A melhoria das condições de trabalho não está entre as principais preocupações da direção, caso contrário, as nossas reivindicações já teriam sido atendidas desde o ano passado", declarou o vice-presidente do sindicato.

Segundo Ericson Cá, diversas tentativas de negociação já foram realizadas com a direção da única empresa fornecedora de eletricidade e água da Guiné-Bissau, mas sem sucesso.

O sindicalista denuncia ainda que os técnicos da EAGB estão a trabalhar em condições de risco devido à falta de equipamentos de proteção individual, o que levou à entrega do pré-aviso de greve.

"No terreno, os técnicos estão expostos a riscos de vida porque trabalham sem equipamentos de proteção individual, sobretudo no manuseio da corrente elétrica. Muitos já foram vítimas dessa situação", disse Ericson Cá.

O vice-presidente do sindicato da EAGB afirmou que, caso a greve de cinco dias se concretize, apenas os hospitais e centros de saúde beneficiarão de serviço mínimo.

"Apenas os hospitais e centros de saúde serão priorizados. Todos os bairros ficarão na escuridão entre os dias 1 e 7 de Abril, ou seja, haverá uma paralisação total", afirmou Cá.

O sindicato da EAGB exige o cumprimento integral e rigoroso dos pontos do caderno reivindicativo, que
exige a melhoria das condições de trabalho, o pagamento de dívidas em atraso, a disponibilização de equipamentos de proteção individual e a implementação da justiça salarial na empresa.

A estrutura sindical declara  estar aberta ao “diálogo sério e construtivo”, visando alcançar soluções definitivas para as reivindicações apresentadas.ANG/RSM

 

China Popular/Xi Jinping recebe líderes de multinacionais para repor confiança entre investidores

Bissau, 28 Mar 25(ANG) - O Presidente chinês, Xi Jinping, reuniu-se hoje em Pequim com líderes de multinacionais, visando aumentar a confiança dos investidores, num período de incertezas suscitadas pelo agravamento da guerra comercial lançada pelos Estados Unidos.


Segundo a agência noticiosa oficial Xinhua, o líder chinês reuniu-se com representantes de firmas internacionais no Grande Palácio do Povo, junto à praça Tiananmen, no coração da capital chinesa.


A lista inclui Rajesh Subramaniam, da FedEx Corp, Bill Winters, do Standard Chartered PLC, Paul Hudson, da Sanofi SA, Pascal Soriot, da AstraZeneca PLC e Miguel Angel López Borrego, da ThyssenKrupp AG.


Entre as autoridades chinesas presentes contam-se o ministro dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, o ministro do Comércio, Wang Wentao, e o ministro das Finanças, Lan Fo'an.


"Todos bem-vindos a manter as vossas linhas de comunicação connosco", disse Xi, elogiando os participantes por contribuírem para o crescimento da China e criarem oportunidades de emprego. "As empresas estrangeiras são importantes atores na modernização da China", vincou.


Xi disse após a reunião que sete representantes empresariais partilharam as suas opiniões e que o Governo chinês vai "estudá-las e considerá-las".


O investimento estrangeiro na China caiu o ano passado para o nível mais baixo em três décadas. Mais ventos contrários podem surgir no próximo mês, quando os Estados Unidos agravarem as taxas alfandegárias sobre importações oriundas de todo o mundo.


O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, disse no domingo que o país está preparado para "choques que excedam as expectativas", uma vez que o governo tem um objetivo ambicioso de crescimento de cerca de 5% este ano.


Os economistas estimam que Pequim precisará de libertar biliões de yuan em estímulos para atingir esse objetivo, caso as taxas aumentem.


O encontro de hoje sublinha a mensagem que Pequim tem vindo a tentar passar, de que a China está aberta aos negócios, em contraste com as políticas mais protecionistas adotadas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump.


Pequim está também a tentar apresentar-se como defensora da iniciativa privada, tendo Xi reunido no mês passado com empresários como Jack Ma, cofundador do grupo Alibaba.


Muitos diretores executivos de multinacionais deslocaram-se à China esta semana para participar no Fórum de Desenvolvimento da China e no Fórum de Boao para a Ásia, que termina hoje. ANG/Inforpress/Lusa

 

quinta-feira, 27 de março de 2025

Dia Mundial de Teatro/Ator de teatro  “Atcho Express” exorta  Governo investimento  na Cultura para impulsionar o desenvolvimento do país

Bissau, 27 Mar 25 (ANG) – O ator de teatro   Jacinto Mango vulgo “Atcho Express”, exortou o Governo investimento na Arte e Cultura  para impulsionar um desenvolvimento sustentável do país.

Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), hoje,  em que se assinala, o Dia Mundial de Teatro (27 de Março), Atcho Express aconselha ao Governo a construir um “Palácio de Cultura” no país, para mais tarde colher os  benefícios que este setor pode trazer  ao país.

0 ator criticou que  dos sucessivos Governos que passaram no país, poucos  priorizaram o setor cultural,  e diz que quando é discutido no Conselho do Ministros os problemas que afetam o país, o setor cultural  é  sempre esquecido.

Para Atho Express, falar de teatro na Guiné-Bissau é falar de arte  e seus vários componentes em geral, ligados ao cinema, cultura, arte plástica, culinária e moda .

“São conjuntos de coisas que se o Governo valorizar, o país não tem nada a perder. Para  isso acontecer, todos esses governantes têm que ter sensibilidade à cultura.

Informou  que, para assinalar o Dia Mundial de Teatro no país, a Associação de Atores Associados, recentemente criada, por falta de apoio, decidiu convocar os seus associados, para juntos refletirem sobre o setor e promover palestras .

 “O país está a afundar a cada dia, por causa da política. As redes sociais tornaram-se fontes de  desinformação e desabafo para os guineenses, onde as pessoas, mesmo se não te conhecem, usam este recurso para te faltar respeito. Isso  não era a cultura dos guineenses. Para  acabar com esta situação, os atores teatrais têm um papel fundamental . Devem  criar peças teatrais radiofónicas, televisivos e eventos culturas, para sensibilizar as pessoas, demonstrando-lhes que   os insultos não ajudam. Mas, para que isso aconteça, o Governo tem que apostar na cultura”, disse o ator.

Segundo Atcho Express, os guineenses devem abraçar o sistema “melismo” e não “felismo”.

“São duas palavras pensadas e criadas por mim mesmo, como sendo ator e homem de arte e cultura. O sentido das duas palavras, ilustram que uma pessoa que anda no sistema “melismo”, é aquela  que conserva a cultura dos seus antepassados, e tem respeito e amor para o seu próximo, respeita aquilo que   chamamos “guinendade”. Ao passo que os que escolhem caminhar pelo “felismo”, vivem com rancor ao próximo, e a arte e cultura não  lida com essas pessoas”, diz Atcho  Express.

Em mensagem  aos guineenses,por ocasião do dia mundial de Teatro,  Atcho Express pede à  todos os guinenses que deixassem de viver no caminho de “felismo”, e optassem  pelo “melismo”.

ANG/LLA/ÂC//SG       

Política/Presidente da República reitera assunção dos custos das eleições gerais de Novembro pelo Governo

 Bissau, 27 Mar 25(ANG) – O Presidente da República destacou hoje que no decurso do seu mandato tornou-se regular a assunção pelo Governo, de 90 à 1000 por cento, dos custos das eleições  no país.

“Vim hoje presidir mais uma sessão ordinária do Conselho de Ministros em que foi debatido assuntos relacionados com os preparativos para eleições gerais de 23 de Novembro dentre os quais o orçamento do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral”, disse Umaro Sissoco Embaló, em declarações à imprensa, à saída da reunião do Conselho de Ministros.

Na ocasião, o chefe de Estado destacou que o Governo já tinha assumido os custos das eleições legislativas de junho de 2023, e que vai fazer a mesma coisa em relação as eleições gerais previstas 23 de Novembro próximo, tendo em conta que o país dispõem de condições internas para organizar as suas eleições sem recorrer à financiamentos  externos.

“Foi criado um Fundo de Democracia que nos permite assumir as nossas eleições, porque é uma questão de  soberania. Vamos para as eleições , devemos ver como tratar todos os itens existentes de forma a evitar os riscos”, afirmou.

O coletivo ministerial auscultou as preocupações do ministro da Administração Territorial e Poder Local e dos responsáveis do GTAPE sobre o andamento do processo eleitoral.

Abordado sobre as denúncias de maus tratos a que são sujeitos os guineenses na Mauritânia,  que alegam serem abandonados pelo Estado guineense,  Umaro Sissoco Embaló disse que  não corresponde à verdade.

“São desinformações das redes sociais. Depois de saber da situação, telefonei o meu homólogo da Mauritânia e ele afirmou-me  que existe um exagero na abordagem dessa situação, porque muitas imagens publicadas não são dos atos que aconteceram naquele país”, disse.

Acrescentou  que o próprio ministro dos Negócios Estrangeiros da Mauritânia telefonou ao seu homólogo guineense, Carlos Pinto Pereira e que os dois  abordaram o assunto, estando agora o Governo a  seguir , com muita atenção e de perto, essa situação.

Em relação aos ataques aos membros do Governo na diáspora, o Presidente da República disse  ser lamentável  e qualifica o ato de “selvajaria”.

“É uma questão de falta de educação das pessoas, atacar as pessoas sem uma justa causa. São atos vergonhosos porque isso não acontece com os cidadãos de outros países, nomeadamente os cabo-verdianos, angolanos entre outros”, frisou.

Umaro Sissoco Embalo afirmou que Moçambique  enfrenta uma crise eleitoral mais intenso do que da Guiné-Bissau, mas essas situações não acontecem com os seus governantes.

O embaixador da Guiné-Bissau em Bruxelas, que também cobre a  Suíça, Hélder Lopes Vaz  e o Secretário de Estado  da Juventude, Lesmes Mutna Freire Monteiro foram, recentemente, vítimas de agressões físicas por cidadãos guineenses residentes no estrangeiro. ANG/ÂC//SG

Comunicação Social / Diretor-geral do Jornal Nô Pintcha afirma que o jornal  cumpre seu papel de  informar  e formar opinião pública

Bissau, 27 Mar 25 (ANG) – O Diretor-geral do Jornal Nô Pintcha afirmou hoje que este jornal cumpriu e ainda cumpre o seu papel, disponibilizando aos leitores factos relevantes da atualidade, nacional e internacional e ajudando na formação de uma opinião pública informada, ativa e esclarecida.

Adulai Djaló, fez estas afirmações  em mensagem, apresentada  por ocasião dos 50 anos de existência do Nô Pintcha que hoje(27) se assinala.

Aproveitou a ocasião  para parabenizar todos os trabalhadores por mais um ano de exercício, que diz ter sido caracterizado por  sacrifícios, resiliência, empenho e dedicação dos seus “incansáveis profissionais”, que labutam, dia e noite, para manter o público informado sobre os acontecimentos do país e do mundo.

 “Volvidos 50 anos do aparecimento do primeiro e mais antigo periódico nacional, o jornal "No Pintcha" assumiu, desde logo, o propósito de oferecer aos guineenses uma informação que retratasse fielmente a nova realidade pós-independência, não só pelas mudanças verificadas a nível da sociedade, como na vida do cidadão comum, em particular”, disse Djaló.

Acrescenta que  a data impõe uma introspeção e análise profunda do percurso do órgão pioneiro da imprensa escrita guineense, e que, neste quadro, a Direção do Jornal organizou, na terça-feira, uma conferência, para a troca de experiências entre a velha e nova geração de jornalistas, um  torneio de futebol de salão envolvendo órgãos públicos e privados da comunicação social e uma exposição fotográfica  patente no Centro Cultural Franco-Bissau-Guineense.

Essas atividades, segundo Aduali Djaló, vão culminar com uma gala de confraternização a ter lugar numa data a indicar, devendo esse  evento ser animado por músicos de renome internacional, tais como Sidónio Pais, Sambala Kanuté, Abubacar Djamanca, entre outros.

Adulai Djaló disse  que os 50 anos na vida de um jornal significa um longo caminho percorrido, pelo que o   balanço é “demasiado extenso”.

“O momento é de reflexão sobre o passado,  presente e  futuro que projetamos com convicção e esperança de fazer mais e melhor, de forma a corresponder aos anseios dos  leitores, que cada vez exigem qualidade.

O Diretor-geral do Nô Pintcha afirmou que é imprescindível investir no jornal, tanto a nível de equipamentos assim como  na   qualificação profissional do pessoal.

Adulai Djaló diz estar certo de que vencidas as dificuldades de ordem técnica, material e humana, este semanário estará, sem dúvida, à altura de poder concretizar o sonho de vários anos, que é de passar , com sustentabilidade, para o bissemanário e, progressivamente, ao diário.

Djaló disse que agradece  os esforços do ministro da Comunicação Social, que traduzem as   orientações do Presidente da República, na busca de meios para dinamizar o jornal, para o tornar mais competitivo, e capaz de continuar a projetar uma imagem positiva do país, ao nível interno e além-fronteiras. ANG/LPG//SG

 

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Fonte:BCEAO