terça-feira, 29 de julho de 2025

Económia/UEMOA regista em 2024 uma taxa de crescimento de 6,3%

Bissau, 28 Jul 25 ANG - A União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) registou em 2024 um desempenho macroeconómico robusto, com uma taxa de crescimento de 6,3%, superior aos 5,2% registados em 2023.

Segundo a Cap-GB, que cita uma nota da UEMOA assinada pelo presidente da Comissão Abdoulaye Diop,com data de 28 de Julho corrente, tudo aconteceu num contexto marcado por múltiplas adversidades, incluindo instabilidade securitária em alguns Estados-membros, os efeitos da guerra na Ucrânia e a volatilidade nos mercados do Médio Oriente.

A nota refere que o dinamismo da economia da União se deve, sobretudo, ao bom desempenho dos setores agrícola e extrativo, que sustentaram uma recuperação sólida, com destaque para uma campanha agrícola bem-sucedida e o fortalecimento das atividades de exploração mineira.

No plano fiscal, de acordo com a nota, os Estados-membros conseguiram reduzir o défice orçamental global de 6,6% do PIB em 2023 para 5,0% em 2024, graças a uma mobilização eficiente de receitas públicas, que cresceram 9,3%, face a um aumento mais moderado da despesa (1,9%). A pressão fiscal subiu ligeiramente para 14,3%, e o nível de endividamento manteve-se controlado, atingindo 64,8% do PIB, ainda dentro dos limites regionais.

Os indicadores do setor externo registaram evolução favorável e que o défice corrente da balança de pagamentos caiu para 5,9% do PIB, refletindo o crescimento das exportações em mais de13,6% e uma ligeira retração das importações em menos de 1,2%. A massa monetária aumentou 8,9% até o final do ano, impulsionada pela consolidação dos ativos externos líquidos e da concessão de crédito interno.

No ano corrente, as projeções mantêm-se positivas, a económia da UEMOA deverá crescer 6,7%, sustentada pela expansão das indústrias extrativas e por uma nova campanha agrícola promissora. A inflação deverá recuar ainda mais, situando-se em torno de 3,0%, com a tendência de baixa dos preços internacionais de alimentos e energia.

O défice orçamental global deverá reduzir-se para 3,7% do PIB, numa conjuntura em que as receitas públicas poderão crescer 14,2%, enquanto as despesas devem aumentar 6,6%, a pressão fiscal deverá subir para 15,0%. A taxa de endividamento da União está projetada para baixar ligeiramente para 63,0%, mantendo-se abaixo do teto regional de 70% em seis dos oito Estados-membros.

O défice corrente externo deverá recuar para 3,5% do PIB, refletindo o reforço das exportações regionais e o aumento esperado das trocas comerciais intra-UEMOA, que representarão mais de 16% do total, a massa monetária deverá crescer 12,7%, sustentada por um acréscimo de 10,5% nos créditos internos Pela consolidação de ativos externos líquidos estimados em 2.623,4 mil milhões de francos CFA.

A comissão da UEMOA reforça que os resultados obtidos são parte de uma estratégia mais ampla, consolidada na Visão UEMOA 2040, que pretende transformar o espaço comunitário num bloco económico e monetário integrado, pacífico e competitivo.

No âmbito dessa visão, o plano estratégico IMPACT 2030 visa dinamizar 13 ecossistemas prioritários para promover a industrialização, a substituição de importações e o desenvolvimento sustentável.ANG/CAP-GB

 

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