Económia/UEMOA regista em 2024 uma taxa de crescimento de 6,3%
Bissau, 28 Jul 25 ANG - A União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) registou em 2024 um desempenho macroeconómico robusto, com uma taxa de crescimento de 6,3%, superior aos 5,2% registados em 2023.
Segundo a
Cap-GB, que cita uma nota da UEMOA assinada pelo presidente da Comissão
Abdoulaye Diop,com data de 28 de Julho corrente, tudo aconteceu num contexto
marcado por múltiplas adversidades, incluindo instabilidade securitária em
alguns Estados-membros, os efeitos da guerra na Ucrânia e a volatilidade nos
mercados do Médio Oriente.
A nota
refere que o dinamismo da economia da União se deve, sobretudo, ao bom
desempenho dos setores agrícola e extrativo, que sustentaram uma recuperação
sólida, com destaque para uma campanha agrícola bem-sucedida e o fortalecimento
das atividades de exploração mineira.
No plano
fiscal, de acordo com a nota, os Estados-membros conseguiram reduzir o défice
orçamental global de 6,6% do PIB em 2023 para 5,0% em 2024, graças a uma
mobilização eficiente de receitas públicas, que cresceram 9,3%, face a um
aumento mais moderado da despesa (1,9%). A pressão fiscal subiu ligeiramente
para 14,3%, e o nível de endividamento manteve-se controlado, atingindo 64,8%
do PIB, ainda dentro dos limites regionais.
Os indicadores
do setor externo registaram evolução favorável e que o défice corrente da
balança de pagamentos caiu para 5,9% do PIB, refletindo o crescimento das
exportações em mais de13,6% e uma ligeira retração das importações em menos de 1,2%.
A massa monetária aumentou 8,9% até o final do ano, impulsionada pela
consolidação dos ativos externos líquidos e da concessão de crédito interno.
No ano
corrente, as projeções mantêm-se positivas, a económia da UEMOA deverá crescer
6,7%, sustentada pela expansão das indústrias extrativas e por uma nova
campanha agrícola promissora. A inflação deverá recuar ainda mais, situando-se
em torno de 3,0%, com a tendência de baixa dos preços internacionais de
alimentos e energia.
O défice
orçamental global deverá reduzir-se para 3,7% do PIB, numa conjuntura em que as
receitas públicas poderão crescer 14,2%, enquanto as despesas devem aumentar
6,6%, a pressão fiscal deverá subir para 15,0%. A taxa de endividamento da
União está projetada para baixar ligeiramente para 63,0%, mantendo-se abaixo do
teto regional de 70% em seis dos oito Estados-membros.
O défice
corrente externo deverá recuar para 3,5% do PIB, refletindo o reforço das
exportações regionais e o aumento esperado das trocas comerciais intra-UEMOA,
que representarão mais de 16% do total, a massa monetária deverá crescer 12,7%,
sustentada por um acréscimo de 10,5% nos créditos internos Pela consolidação de
ativos externos líquidos estimados em 2.623,4 mil milhões de francos CFA.
A comissão
da UEMOA reforça que os resultados obtidos são parte de uma estratégia mais
ampla, consolidada na Visão UEMOA 2040, que pretende transformar o espaço
comunitário num bloco económico e monetário integrado, pacífico e competitivo.
No âmbito
dessa visão, o plano estratégico IMPACT 2030 visa dinamizar 13 ecossistemas
prioritários para promover a industrialização, a substituição de importações e
o desenvolvimento sustentável.ANG/CAP-GB

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