Irão/ Governo declara que não vai abandonar enriquecimento de Urânio apesar das ameaças americanas
Bissau, 22 Jul 25 (ANG) - A diplomacia de Teerão reconhece que o programa nuclear está parado mas não o podem abandonar, trata-se de uma "questão de orgulho nacional".
O direito de continuar
a enriquecer urânio foi assim reivindicado
um mês depois de os Estados Unidos bombardearem o país, entrando na
guerra desencadeada pelo aliado israelita.
Há praticamente um mês que não se ouvem bombas no Irão. A guerra lançada
por Israel para destruir o programa nuclear do regime de Teerão começou a 13 de
Junho. Os ataques visaram instalações científicas, investigadores e altas patentes
militares. Teerão ripostou lançado salvas de mísseis sobre
Israel. Os ataques terão feito um milhar de mortos no Irão e, pelo menos, 28 em
Israel.
A "Guerra dos 12 dias", como lhe chamou o presidente
dos Estados Unidos, Donald Trump, culminou com o
bombardeamento americano às instalações de Ispahan, Natanz e Fordo,
há precisamente um mês.
Trump anunciou de imediato a destruição do programa nuclear iraniano, embora muitas
vozes tenham afirmado que seria difícil de avaliar o verdadeiro
impacto dos bombardeamentos.
Ontem à noite, o ministro dos negócios estrangeiros do Irão, Abbas Araghci, afirmou à
estação norte-americana Fox News que o programa
nuclear está "parado, porque os estragos são graves e sérios." No
entanto, sublinhou que o seu país "não pode abandonar o enriquecimento de urânio porque
se trata de um feito dos [seus] cientistas ", além de ser, agora "uma questão de orgulho nacional".
Para o final da semana está agendada para Istambul, na Turquia,
uma ronda de negociações com alemães, britânicos e franceses. Em cima da mesa está um eventual regresso das sanções europeias. Mas Teerão
pode também abrir um canal de comunicação com Washington. Abbas Araghci disse à
Fox News que a diplomacia iraniana estava disponível
para conversações com os Estados Unidos, mas "por agora" apenas de
forma indirecta. ANG/RFI

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