Médio Oriente/Sindicato palestiniano acusa Hamas de agredir três repórteres em Gaza
Bissau, 21 Jul 25 (ANG) - O Sindicato de Jornalistas Palestinianos (SJP)) acusou hoje o movimento islamita Hamas de agredir três repórteres nas imediações do hospital Nasser, na cidade de Khan Younis, Faixa de Gaza.
A organização condenou
"nos termos mais veementes" a alegada agressão de uma unidade do
Hamas, tendo identificado os jornalistas como Khaled Shaat, correspondente da
emissora jordana Al Hayat e da agência noticiosa Shaat, Mohamed Salama,
operador de câmara da estação televisiva qatari Al Jazeera, e Abdulah al-Atar,
correspondente da agência estatal turca de notícias Anadolu.
Segundo o sindicato, os três repórteres foram agredidos
"quando exerciam as suas funções profissionais nas proximidades do
Hospital Nasser", sublinhando que "o ataque constitui uma violação
flagrante da liberdade de imprensa e representa uma ameaça à segurança dos
jornalistas que cobrem a situação humanitária e sanitária crítica dos
deslocados, feridos e mortos no contexto da agressão israelita contra
Gaza".
"Agredir jornalistas e impedi-los de desempenhar o trabalho
é algo condenável e inaceitável, sobretudo quando os autores são elementos das
forças de segurança, que deveriam proteger os cidadãos e garantir a segurança
das equipas de imprensa", sustentou o SJP num comunicado.
A organização apelou ao respeito pela "missão sagrada dos
jornalistas", que é a de "transmitir a verdade e defender as causas
do povo".
O sindicato defendeu também a necessidade de "uma
investigação urgente e transparente" para que "os responsáveis
prestem contas", de serem aprovadas "medidas que impeçam a repetição
de tais violações" e que se garanta "um ambiente seguro para o
exercício do jornalismo em permanência".
A ofensiva contra Gaza, lançada por Israel em resposta aos
ataques de 07 de outubro de 2023, que, segundo o Governo israelita, causaram
cerca de 1.200 mortos e resultaram no rapto de cerca de 250 pessoas, provocou
até à data mais de 58.900 mortos palestinianos, de acordo com as autoridades do
enclave, controlado pelo Hamas, embora se tema que o número real seja superior.
ANG/Lusa

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