Saúde Pública/Frente Social responsabiliza ao Governo pela
continuidade da greve no setor
Bissau, 28 Jul 25 (ANG) – A Frente Social (FS),organização sindical que engloba sindicatos do setor da saúde e educação acusou hoje ao Governo de “falta de sensibilidade” em relação aos problemas sociais do país.
A
acusação foi feita pelo porta-voz da organização, Sene Djassi ,numa conferência
de imprensa, de balanço da 8ª vaga de paralisação laboral no setor da saúde
pública, que cumpriu uma semana.
Djassi
disse que o Governo, mais uma vez, não cumpriu o que prometeu na assinatura do Memorando do Entendimento, essencialmente
no que tange ao pagamento de salário aos novos ingressos da área da saúde, que
não recebem, alguns há 20 meses, ou seja desde que começaram a trabalhar.
“O
Governo está a pagar à conta gotas, devido a pressão dos sindicatos e a forma
como está a pagar é de lamentar uma vez que as pessoas com dívidas de quase 20
meses recebem um mês . E vimos que não
havia seriedade para cumprir o acordo, exemplo disso foi foi no encontro que
tivemos com o Presidente da República, onde estavam o Ministro das Finanças e a
da Função Pública", explicou.
Segundo
o sindicalista, no encontro ficou decidido que no dia seguinte haveria uma
outra reunião entre os referidos governantes
e o sindicado para se entender melhor o assunto e encontrar a forma de o
resolver.
“Os
dois governantes se ausentaram do encontro “, disse Djassi.
O
sindicalista disse que deram tempo ao Executivo com a convocação da greve no
dia 04 de Julho para iniciar a paralisação no dia 21 mas que não houve nenhum
contacto por parte do Executivo.
Djassi
lamentou o que considerou “comportamento incorreto do Ministro da Saúde” que acusa
de tentar dividir a Frente Social.
“ Pedro
Tipote não vai conseguir o seu intento, estamos sempre disponíveis para negociar”, disse.
Djassi disse
que a primeira semana da greve teve uma adesão
de mais de 90 por cento na área da saúde
.
O
porta-voz da FS declarou que , doravante, vão reivindicar mais problemas do
setor da saúde , porque não houve adesão dos professores à esta 8ª onda de
greve.
“Os
seus problemas serão levados em conta dependendo do caso, não coletivamente, até quando ganharem
a consciência de que a luta é para o bem de todos”, disse em alusão a não
adesão à greve por parte de professores.
No
Caderno Reivindicativo a Frente Social exige o pagamento de salário aos técnicos
novos ingressos da área da saúde, pagamento de subsídios de velas e de isolamento, bem como a melhoria das condições de trabalho .
A 8ª
vaga da greve de 10 dias que iniciou no passado dia 21 de Julho vai terminar no
próximo dia 01 de Agosto. ANG/MSC//SG

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