Justiça/ ”CENFOJ está à disposição da justiça militar para ações de formação e especialização dos magistrados”, diz ministra
Bissau, 31 Jul 25 (ANG) - A ministra da Justiça e dos Direitos Humanos disse que o Centro Nacional de Formação Judiciária(CENFOJ), permanecerá à disposição da justiça militar para ações de formação e especialização dos magistrados.
Maria do Céu
Silva Monteiro falava, quarta feira,
na cerimónia de empossamento de novos
magistrados e promotores da Justiça
Militar, nomeados em Conselho de Ministros, do dia 16 Junho de 2025.
Tratam-se de Fernando Sanca Indique, Vasco António
Nacia, Vasco Oliveira da Silva, Denna Ntambé Bacar, Flávio Ribeiro, Martinho
Nhaté, Carlitos Fanda Nbana, Ronilson António Sousa Almeida, Claudé Nota Simão,None
Gomes, Bigponté Nacabi, Valentina Gomes Fernandes e Albertino Nbaia.
Céu Monteiro
acrescentou que a Justiça Militar, é um
ramo do Poder Judiciário com o objectivo
de os crimes militares, cometidos por
militares no exercício das suas funções ou em razão delas.
“Ela possui
uma estrutura própria e regras específicas, diferenciadas da Justiça Comum.
Tenho a consciência que os profissionais do sector esperam muito da intervenção
do Governo, mas não podemos fazé-la, ignorando os desafios estruturais da
justiça militar, desde a insuficiência do quadro legal, da definição clara das estruturas
de gestão e avaliação de desempenho e o reforço das competências humanas e
materiais”, afirmou.
Segundo a
ministra, a justiça militar ainda carece de uma estrutura de gestão e disciplina,
mecanismos de avaliação de desempenho e de progressão na carreira, à semelhança
dos tribunais comuns. “É nossa convicção que é fundamental a busca de uma
solução dentro do quadro existente ou uma solução inovadora, capaz de se
adequar ás exigências da actualidade”, disse.
Maria do Céu
Silva defendeu que é preciso iniciar reflexões e debates em
torno da justiça militar, e sublinha que todos devem trabalhar na busca da perfeição e do redimensionamento
das competências, para adaptar a Justiça Militar aos momentos de paz.
“Administrar a Justiça na jurisdição militar é,
de facto, um enorme encargo, mas constitui, simultaneamente, um estímulo na
busca de um conhecimento ainda mais profundo sobre as questões jurídicas que
aqui se debatem”, referiu a ministra.
O Presidente
do Tribunal Militar Superior , Augusto
Bicoda disse que , o empossamento de novos magistrados reforça a capacidade da justiça militar de dar resposta às demandas que há três anos
multiplicaram com a entrada em vigor do novo do Código da Justiça Militar, devido
a amplitude dos crimes essencialmente militares.
Augusto
Bicoda acrescenta que o ato elimina a
falta de juizes relatores, que impossibilitou a decisão sobre os recursos que
neste momento se encontram no Tribunal Militar Superior por falta do coletivo.
Aos juizes e
promotores empossados, disse que é necessário que as investigações dos fatos construtivos
dos crimes essencialmente militares, assim como o julgamento dos mesos, tanto
na primeira como na segunda instancia
sejam decididos com respeito escrupoloso
aos prazos legalmente estabelecidos.
Salientou
que o momento marca o compromisso de trabalhar com responsabilidade em prol da
defesa das instituições democráticas, zelando pela autoridade das leis e da justiça.
“O magistrado é um investigados por excelência, em busca da verdade material
dos factos que lhe são submetidos”, destacou.
Bicoda
sublinhou que o sistema judicial militar
, tal como outros, dada a atual conjuntura
económica do país, carace de condições adequadas para uma boa administração da
justiça social e, que, por ser uma missão de Estado, a mesma deve ter um
especial atenção da parte do Governo.ANG/LPG//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário