Ucrânia/ Rússia admite participar em "3.ª ronda" de negociações de paz
Bissau, 21 Jul 25 (ANG) - A presidência russa declarou-se hoje pronta para novas conversações de paz com a Ucrânia, mas admitiu não ter nenhuma data definida e que será necessário "muito trabalho" para reconciliar as posições.
“Somos a favor da realização de uma terceira ronda(ap
ós duas reuniões mal sucedidas em Instambul, realizadas em Maio e Junho). Assim que for definida uma data, informaremos”, avançou o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov.
No sábado, o Presidente ucraniano,
Volodymyr Zelensky, propôs a Moscovo agendar novas conversações de paz esta
semana, já que a situação se encontra atualmente num impasse.
Os meios de comunicação turcos
noticiaram que a próxima reunião poderá
acontecer a 23 ou 24 de julho.
Sobre o conteúdo das negociações, Peskov
recordou que as partes trocaram memorandos sobre a sua visão para a resolução
do conflito e pretendem discuti-los, mas sublinhou que os dois documentos são "diametralmente
opostos".
O porta-voz afirmou ainda que a
composição da delegação russa, chefiada pelo conselheiro presidencial Vladimir
Medinsky, não irá sofrer alterações e reiterou que a Rússia considera adequado
realizar a terceira ronda de negociações em Istambul, a mesma cidade que
acolheu as duas primeiras reuniões.
Pelo menos uma pessoa morreu e duas
ficaram feridas, esta madrugada, na sequência de ataques russos em Kyiv,
anunciaram as autoridades ucranianas, dando conta ainda de um incêndio numa
creche.
O último encontro entre negociadores
russos e ucranianos em Istambul aconteceu a 02 de junho, duas semanas após a
primeira reunião, mas as negociações resultaram apenas em algumas trocas de
prisioneiros, sem avanços substanciais.
O Kremlin defende que qualquer acordo de
paz deve incluir a retirada da Ucrânia das quatro regiões que a Rússia anexou
ilegalmente em setembro de 2022, embora nunca as tenha controlado na
totalidade. Exige ainda que Kyiv renuncie à adesão à NATO e aceite limites
rigorosos às suas forças armadas - exigências rejeitadas tanto por Kyiv como
pelos seus aliados ocidentais.
No dia 14 de julho, o Presidente dos
EUA, Donald Trump, ameaçou a Rússia com tarifas severas caso não aceite um
acordo de paz num prazo de 50 dias, e anunciou um novo canal para envio de
armamento norte-americano à Ucrânia, após meses de negociações falhadas.ANG/RFI

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