terça-feira, 29 de julho de 2025

Etiópia/Cimeira da ONU sobre Sistemas Alimentares decorre em Addis-Abeba

Bissau, 29 Jul 25 (ANG) - A Itália e a Etiópia organizam, em conjunto, a segunda edição da Cimeira da ONU sobre sistemas alimentares, e para  todos os participantes, o primeiro objectivo é estabelecer um balanço da segurança alimentar no mundo e fazer um ponto da situação em relação aos objectivo fixados em Julho de 2021 que era erradicar a fome no planeta Terra até 2030.

Quatro anos após a primeira edição que decorreu em Roma, na Itália, a segunda cimeira da ONU sobre sistemas alimentares decorre em Addis-Abeba na Etiópia.

A primeira constatação é que a meta de erradicar a fome no mundo até 2030 parece desde já impossível, visto que em 2024, 295 milhões de pessoas estavam em situação de insegurança alimentar ou de malnutrição infantil em África.

As Nações Unidas, pela voz do secretário-geral, António Guterresexortaram os países a não utilizarem a fome como arma de guerra, em referência ao que vem acontecendo em Gaza ou no Sudão.

Para Mahamoud Ali Youssouf, Presidente da Comissão da União Africana, a urgência é global no continente africano, lembrando que “milhões” de mães e de crianças “dormem com a barriga vazia”.

Mahamoud Ali Youssouf também considerou que os países africanos deveriam dedicar 10% do PIB na agricultura para haver uma “resiliência nutricional”.

De notar que o relatório da FAO - Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura indica que 2,3 mil milhões de pessoas não comeram todas as refeições do dia. 

O relatório indica também que até 2030, 582 milhões de pessoas poderão estar em situação de sub-alimentação crónica, mais de metade dessas pessoas estarão a viver em África. Este número é superior de 130 milhões ao cenário estabelecido pela FAO com a economia mundial que se vivia antes da pandemia de Covid-19.ANG/RFI

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