sexta-feira, 22 de abril de 2011

Jornalismo

José Augusto Mendonça distinguido com Prémio “Jornalismo Kumpo Terra 2010”

Bissau, ANG – O Ministro da Justiça procedeu na manhã do dia 21, a entrega do prémio “Jornalismo Kumpo Terra Edição 2010” ao jornalista da ANG, José Augusto Mendonça, pelo seu trabalho no âmbito da campanha de sensibilização sobre os malefícios do consumo de Drogas na Guiné-Bissau.

Na sua intervenção na ocasião, Mamadu Saliu Djaló Pires manifestou seu orgulho pelo facto do galardão ter sido ganho por um jornalista que trabalha no próprio país, o que, na sua opinião, demonstra um certo dinamismo no seio desta classe profissional.

“Não tenho dúvidas de que o prémio foi bem atribuído pelo júri, que reconheceu que dentre os trabalhos apresentados pelos concorrentes, o mérito cabeou ao serviço feito pelo jornalista distinguido”, frisou o ministro.

Por outro lado, agradeceu a embaixada de Portugal, que em parceria com o seu pelouro, aceitou financiar este prémio, que se instituiu no quadro da parceria existentes entre as duas partes e lembrou que a temática da droga é real e que afecta todos os países independentemente do seu estatuto.

Exortou que o combate a este flagelo deve ser feita de forma concertada através de cooperação entre diferentes entidades que em cada país tem a responsabilidade de lutar contra aqueles que fazem proveitos económicos chorudos em prejuízo da sociedade guineense.

“Até a bem pouco tempo a Guiné-Bissau era caracterizada como país de trânsito de estupefacientes. Mas neste momento começa a ressentir-se dos problemas resultantes do consumo no seio da nossa juventude. Ou seja, deixamos de ser país de trânsito e passamos a ser de consumo de drogas”, denunciou aquele governante.

Lembrou que a maior parte dos crimes praticados pelos marginais tem origem no consumo de drogas e advertiu que uma sociedade que pretenda viver na paz e estabilidade não pode andar em cenas de violência que leve a homicídios de seus cidadãos que, eventualmente, poderiam contribuir para o seu desenvolvimento.

“Por isso, ao instituirmos este prémio, pretendemos mostrar os jovens e pais e encarregados de educação de que devemos estar alerta em relação aos nossos familiares que possam estar expostos a aliciamentos para entrar na vida de drogas”, disse lembrando que assim está-se a hipotecar o futuro do país.

Manifestou-se feliz por constatar que os jornalistas aceitaram também este desafio e empenharam-se, sem pensar na questão pecuniária do prémio, mas sim consciencializados de que são cidadãos nacionais que se preocupam com os problemas sociais e o futuro do seu país.

Por seu lado, o Adido da Cooperação da Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau, começou por saudar o vencedor da galardão, realçando o facto do júri ter votado por unanimidade a escolha do seu trabalho, por claramente ter destacado na abordagem deste temática.

Guilherme Zeverino recordou que a criação deste prémio se enquadra na campanha de sensibilização sobre os malefícios do consumo de drogas e narcotráfico, conjuntamente patrocinado entre a missão diplomática portuguesa e o governo guineense, através do Ministério da Justiça.

“Penso que o objectivo foi plenamente atingido” disse o Adido da Cooperação referindo-se a necessidade de incentivar os trabalhos jornalísticos a que abordem a questão de droga.

Este diplomata referiu que o trabalho distinguido, que aborda a questão de Toxicodependentes em Quinhamel, capital da região de Biombo, foca vários pontos bastante importante, nomeadamente os efeitos negativos na vida dos jovens e respectivas famílias.

Por sua vez o jornalista distinguido, visivelmente emocionado, agradeceu aos promotores desta iniciativa e revelou que o seu trabalho teve como finalidade a convicção profissional de contribuir para o bem da sociedade guineense.

“O tema abordado é um flagelo actual e que a todos, ao seu nível e a sua maneira, cabe a responsabilidade de pô-lo cobro”, sublinhou José Augusto Mendonça que lembrou que todos devem dar o seu contributo nesta luta. “Penso que foi isso que fiz”!

Confessou ser motivante receber o prémio, porque vai cobrir algumas lacunas financeiras, mas vincou estar satisfeito pelo facto de saber que o seu trabalho serviu para despertar a sociedade sobre o flagelo que esta a por em causa a saúde mental da juventude, que tem como responsabilidade de conduzir os destinos futuros do país.

O prémio entregue é de 1000 Euros e serviu para distinguir a reportagem sob o título “Eu Agostinho, drogado recuperado, recuperador de drogados”, publicado numa das edições do jornal “Kansaré, no decurso do ano 2010.

ANG

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