terça-feira, 10 de dezembro de 2024


Agricultura
/ Chefe do Gabinete de Ligação dos EUA na Guiné-Bissau satisfeita com melhoria da produção de sementes por  mulheres horticultoras

Bissau, 10 Dez 24 (ANG) – A Chefe do Gabinete de Ligação dos EUA na Guiné-Bissau, Deneyse Kirkpatrick  disse estar satisfeita com melhoria da produção de sementes por parte das mulheres horticultoras do campo da Granja de Pussubé, em Bissau.

A satisfação foi manifestada por Deneyse Kirkpatrick no final de uma visita efetuada hoje por uma delegação da Embaixada dos EUA ao mini parcela de demonstração do campo da Granja  de Pussubé, no âmbito de um projeto financiado pela Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional, no valor de um milhão de dólares.

No âmbito do projeto, os agricultores, na sua maioria mulheres, aprendem técnicas modernas de pós-colheita para reduzir a perda de alimentos e assegurar a  conservação dos seus produtos.

De acordo com um documento distribuído à imprensa,   trata-se de  uma iniciativa de três anos do Laboratório de Inovação em Horticultura da Universidade da Califórnia em Davis(EUA), que procura aumentar a capacidade do setor hortícola,  melhorar a produtividade e assegurar o acesso aos ensaios de sementes viáveis e de qualidade na Guiné-Bissau.

O objectivo, conforme o documento, é  pôr fim a dependência da importação de sementes a partir dos países vizinhos, nomeadamente Senegal.

Neste campo trabalham cerca de 300 mulheres de diferentes organizações do Setor Autónomo de Bissau(SAB).

O projecto intervêm no SAB, região de Oio e Cacheu e visa aumentar a capacidade do setor  hortícola através da promoção da transferência de conhecimentos  e de desenvolvimento de competências.

Deneyse Kirkpatrick  disse que estão a investir por acreditar que o futuro do país passa pela agricultura.

"Hoje, estou aqui para constatar “in loco” os avanços obtidos no âmbito da Inovação em horticultura da Universidade da Califórnia em Davis nos trabalhos das horticultoras”, afirmou.

Deneyse Kirkpatrick  destacou a forma como os Estados Unidos estão a trabalhar com os  parceiros para formar os agricultores guineenses na utilização de novas variedades de culturas resistentes ás alterações climáticas, e que irão diversificar a produção, aumentar os rendimentos e reforçar a capacidade dos agricultores para sustentar as suas famílias.

A diplomata acrescentou que um dos pontos centrais desta atividade é o investimento em organizações da Guiné-Bissau e o reforço da capacidade das instituições locais, como o INPA, a UCA e outras.

Em representação da Associação das Mulheres da Actividade Económica(AMAE), Ana Maria Almeida Moto elogiou o apoio dos UEA para melhorar as dificuldades de alimentação e sobretudo financeira das mulheres e jovens.

Ana Almeida disse que através deste projeto as mulheres têm  agora condições para produzir as suas sementes e  conservar os produtos.

Em nome das mulheres de Granja de Pussubé, Ermelinda Pedro Mendonça agradeceu a Embaixada dos Estados Unidos pelo apoio e defendeu a continuidade do projecto, porque , diz ela, contribui muito para a  redução das suas  despesas relacionadas  a compra de sementes.

“Este  projeto possibilitou ou seja adotou-nos de capacidade para produzir e conservar  os nossos produtos, por meio de técnicas de tratamento das sementes até a sua transplantação administradas durante várias seções de formações”, informou.

Ermelinda Pedro Mendonça exortou ao Executivo no sentido de apoiar as mulheres, promovendo a  mudança do sistema de irrigação.

Pediu igualmente a conceção de um espaço para prática de horticultura, para que as mulheres, agrupadas em várias organizações, tenham a capacidade de abastecer o mercado nacional com produtos de qualidade.

Os parceiros guineenses envolvidos nesta atividade são Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo Guiné-Bissau (ADPP-GB), a Confederação das Associações de Mulheres de Actividades Económicas (AMAE)  a Universidade Amílcar Cabral (UAC) e o Instituto Nacional de Investigação Agrária (INPA).ANG/LPG/ÂC//SG

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