EUA/Antigo Presidente Jimmy Carter morre aos 100 anos
Bissau, 30 Dez 24 (ANG) - O antigo Presidente dos EUA, Prémio Nobel da Paz, Jimmy Carter morreu este no domingo, 29 de Dezembro, aos 100 anos, na sua cidade natal, Plains na Geórgia, no sudeste dos Estados Unidos.
Durante o único mandato
presidencial (1977-1981), enfrentou uma série de crises internas e externas,
incluindo a crise petrolífera, a inflação e a crise dos reféns no Irão.
Com uma trajetória política marcada por
desafios internos e internacionais, Jimmy Carter destacou-se pela integridade e
princípios. É lembrado como um defensor dos direitos humanos e da diplomacia.
O Presidente Joe Biden decretou um dia de
luto nacional, para o dia 9 de Janeiro, em homenagem ao democrata, aclamado por
muitos líderes internacionais pelo seu compromisso com a paz e os direitos
humanos.
“Jimmy Carter, 39º Presidente dos Estados
Unidos e vencedor do Prémio Nobel da Paz em 2002, morreu pacificamente no
domingo, 29 de Dezembro, na sua casa em Plains, na Geórgia, junto da sua
família”, anunciou a fundação Carter Center num comunicado.
Jimmy Carter foi o 39º Presidente dos Estados
Unidos, ocupou o cargo entre 1977 e 1981. O único mandato presidencial foi
marcado por uma série de crises, como a inflação, o embargo do petróleo e a
crise de reféns no Irão. Estes desafios levaram-no a uma derrota nas eleições
de 1980, pelo republicano Ronald Reagan. O director da sua
campanha, Jim Hall, afirmou que, apesar das dificuldades políticas e
económicas, Jimmy Carter “nunca
abandonou os seus princípios”, algo que marcou as suas acções tanto
durante quanto depois do tempo em que esteve na Casa Branca.
Carter nasceu em Plains, no estado da
Geórgia, cresceu numa casa sem eletricidade. Carter herda da mãe um forte
sentido de justiça e humanidade, que desafiava as barreiras do segregacionismo.
O espírito de igualdade e compaixão reflectiu-se na carreira política,
começando como senador e depois governador da Geórgia, onde implementou
políticas progressistas contra a segregação racial.
Jimmy Carter recebeu o Prémio Nobel da Paz em
2002 pelo empenho pela paz e pelos direitos humanos. O comité destacou as
negociações de paz e as suas campanhas humanitárias, como a mediação do acordo
de paz no Médio Oriente.
Todos os antigos Presidentes americanos que o
sucederam foram rápidos a reagir à morte de Carter, saudaram a longa existência
do homem que nunca esteve destinado a ser Presidente.
O Presidente Joe Biden e a primeira-dama,
Jill Biden, lembraram Carter como um "estadista
e humanitário extraordinário". As palavras de Joe Biden
resumem um sentimento colectivo: "Carter
foi, e continuará a ser, um modelo de serviço público e altruísmo". Bill
Clinton e Hillary Clinton destacaram a incansável dedicação de Carter à causa
dos mais pobres e vulneráveis
O antigo Presidente dos EUA, George W. Bush,
enfatizou o facto de Carter ter dignificado o seu cargo, descrevendo os seus
esforços para um mundo melhor, com projetos como a Habitat for Humanity e o
Centro Carter, deixando uma inspiração duradoura para as gerações futuras.
O presidente do Conselho Europeu, António
Costa, destacou o compromisso de Carter com os direitos e a dignidade humana,
chamando o seu legado de uma "inspiração" para
todos. A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, lembrou-o como um "incansável defensor da paz
e dos direitos humanos".
O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou tristeza pela morte de Carter, ressaltando o impacto na paz e segurança mundial. O Presidente francês, Emmanuel Macron, enalteceu a luta de Jimmy Carter pela paz e pelos direitos dos vulneráveis. O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que o mundo perdeu um "grande mediador para a paz" no Médio Oriente. O rei Carlos III do Reino Unido elogiou a "dedicação e humildade" de Carter.ANG/RFI
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