quinta-feira, 14 de maio de 2015

Aves Migratórias


Mortes em cabos eléctricos vão diminuir
  
Bissau, 14 Mai 15 (ANG) – As Mortes de aves, outros animais e mesmo de pessoas em cabos eléctricos vão diminuir na Guiné-Bissau, num futuro breve garantiu recentemente o Director da Central Eléctrica de Bissau, Maurício Gomes Leite Faria.   

Maurício Faria sustentou que existe uma chamada “rede inteligente” que detecta a electrocução em qualquer lugar e o sistema passa automaticamente e isola a corrente eléctrica na circunstância onde ocorre o perigo de morte.

A notícia vem inserida na edição do jornal estatal “Nô Pintcha”, colocada nas bancas terça-feira, dia 12 de Maio.

De acordo com o jornal, Faria deu essas declarações na cerimónia de comemoração das jornadas de sensibilização sobre a necessidade de conservação e protecção das aves migratórias, decorrida entre os dias 09 e 10 do corrente, em Bissau, sob o lema “Para uma energia que respeita as aves”.

Segundo o Director do Gabinete de Planificação Costeira, Joãozinho Sá, as infra-estruturas relacionadas a produção de energia eléctrica são as principais causas de morte e deslocamento das aves.

Sá disse que a Guiné-Bissau assinou vários acordos de parcerias com países nórdicos com o objectivo de melhorar os locais de habitação das aves.

“Juntamente com parceiros financiadores foram promovidos nos últimos anos varias campanhas de repovoamento de tarrafes nas margens do rio Cacheu, no Norte do país”, referiu.

A jornada sobre aves migratórias é celebrada desde 2006 na segunda semana de Maio pelas organizações que se dedicam a problemática da avifauna com vista a aumentar a consciencialização sobre a necessidade da conservação dessas espécies.

Na Guiné-Bissau essas jornadas começaram a ser assinalas em 2012. 

ANG/JD/SG

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Justiça




Editor do “Doka Internacional” acusa ministra de justiça de perseguição

Bissau, 13 Mai 15 (ANG) – O editor do blogg “Dokainternacional”, Danilson Lopes Ferreira disse hoje em Bissau que está a ser vítima de perseguição por parte da ministra da Justiça da Guiné-Bissau devido a um artigo de opinião publicado no seu Blogg e que alegadamente terá insultado a governante guineense.

Em conferência de imprensa, num dos hotéis de Bissau, Danilson Lopes Ferreira disse ter sido “vítima de um sequestro no passado dia 18 de Março, a noite, levado a cabo por seis homens apoiados por uma viatura, a mando da Carmelita Pires”.

“Na Guiné-Bissau, as pessoas detidas nestas horas normalmente correm o risco de vida”, explicou tendo revelado que durante a detenção teria perdido uma soma de quatro milhões francos CFA.

 Responsabiliza a ministra da justiça pelo desaparecimento do referido dinheiro, por isso exige a devolução do mesmo, bem como do seu passaporte igualmente confiscado pelas autoridades.

“Não sou assassínio, nem pedófilo e muito menos desviei fundos públicos ”, disse o blogguer que recomenda a ministra da Justiça a parar com a perseguição contra a sua pessoa, e priorizar outros processos que envolvem casos de assassinatos.

Danilson Lopes classificou de vergonhosa o comportamento da ministra Carmelita Pires, e pediu que o seu caso fosse encaminhado para o julgamento o mais rapidamente possível. 

ANG/LPG/JAM/SG

Corte de Arvores




Populares de Mansoa elogiam recuperação de troncos nas matas

Bissau, 13 Mai 15 (ANG) – Os populares do Sector de Mansoa região de Oio elogiam o governo por ter criado a comissão técnica interministerial encarregue de localizar, confiscar e transportar os troncos de madeiras das matas para a capital Bissau.  

Falando terça-feira à ANG, naquela cidade, Alberto Mansal Djau, professor colocado no Ensino Básico Unificado “Indira Ghandi” em Mansoa disse que o Governo fez bem em recuperar as madeiras nas matas porque constituem o risco de incêndios florestas do país. 

“Muitas pessoas aventuraram neste processo de corte abusiva da madeira sem mesmo estarem preparadas, alguns mesmo com troncos nas florestas mas sem meios para os tirarem de lá “ disse Alberto Mansal que advoga castigo para os prevaricadores.

Alberto Djau considera que executivo deve mais tarde informar à população sobre a quantidade recuperada, a soma total do dinheiro resultante da venda dos troncos e como será usado para evitar especulações, porque segundo as suas palavras, quando não há informaçöes haverá a desinformação.

Por seu turno, Alfosene Sall, Carpinteiro residente em Mansoa disse que apesar de concordar com o Governo nesta empreitada, lamenta o facto salientando que, contudo, constituirá grandes sacrifícios para os carpinteiros locais que também necessitam deste produto para os seus trabalhos.

“Nós, os carpinteiros vivemos da madeira, e se o executivo levar todos os troncos para a capital o que será de nós e da nossa família”, questionou Alfosene Sall que reconhece que com a devastação das florestas o país corre o risco de sofrer da desertificação, fome e seca. 

ANG/MSC/JAM/SG

Corte de madeiras




Técnico florestal fala em prejuízo para homem, flora e fauna

Bissau, 13 Mai 15 (ANG) - O corte abusivo de madeira que se verificou recentemente no país é prejudicial para a saúde dos guineenses, a flora e a fauna nacional”.

A afirmação é de um técnico florestal colocado na região de Oio, e foi feita em entrevista exclusiva terça-feira à ANG quando falava das consequências negativas dos abates “descontrolados” de árvores verificados no período de transição.

De acordo com este técnico que pediu anonimato, o “corte descontrolado” pode pôr em causa o “necessário” equilíbrio ecológico.

A título de exemplo, afirmou que até nos anos oitenta podia-se encontrar o Leão na floresta do sector de Contuboel, na região de Bafatá, no entanto, dada a pressão sobre a natureza, de alguns anos à esta parte, aquela espécie de animal selvagem terá fugido para as repúblicas vizinhas da Guiné-Conacri e Senegal.

Sobre a medida do governo em interditar o corte de madeiras nos próximos anos, para permitir a regeneração da flora guineense, este especialista concorda com a decisão, mas no seu entender o período deve ser dilatado, para contribuir para a recuperação das espécies florestais atingidas.

Por exemplo, segundo ele, o “pau sangue”, conhecido com o nome científico de “Peterocarpus Erinaceu” pode levar um período de crescimento de mais de vinte anos para ter uma medida de 45 metros cúbicos, aptos para o seu aproveitamento económico como madeira.

Falando da importância dos arbustos na conservação da água, este técnico citou o exemplo de uma árvore de “bissilão” que pode ter a capacidade de reter dez mil litros.

“Para ter a noção da relevância da flora para nós, há anos, havia um poilão junto dum poço num dos bairros de Mansaba, no entanto, depois de esta árvore ter caído, passando pouco tempo, a referida fonte ficou seca”.

Este responsável florestal afirmou que para falar duma verdadeira conservação da flora guineense, é imprescindível a implicação das comunidades locais, através de apoios para a criação de florestas comunitárias.

Existe uma floresta deste tipo na localidade de Canquebo, no sector de Mansaba que, graças a assistência da ONG “Cafó” que opera na região de Oio, os populares desta tabanca tem uma mata livre de fogo e com diferentes espécies de árvores e vegetais conservadas.

Ainda, segundo este profissional florestal é necessária uma campanha de sensibilização, no sentido de diversificação das culturas para acabar com a monocultura de caju.

Este perito lembrou que nos princípios dos anos 80, nenhuma serração cortava troncos, sem que, em primeiro lugar, levasse a cabo a plantação de árvores para assim, assegurar a sustentabilidade destes recursos naturais.

Denunciou que quase 50 por cento das matas de mansaba teriam sido devastadas, em consequência das explorações desenfreadas da flora durante o governo de transição.

Finalmente, este responsável apelou as populações das diferentes localidades da Guiné-Bissau a protegerem as suas florestas de exploração “desenfreada”.

Segundo técnicos de conservação do ambiente, as florestas cobrem cerca de 30 por cento da superfície terrestre mundial e realiza a fotossíntese da qual depende a vida, com a produção do oxigénio, a partir do dióxido do carbono.

Além da função fotossintética, as florestas contribuem na produção de bens como, a madeira, combustível e outros derivados.

ANG/QC/JAM/SG

Parceria




Governo pede participação da CODERSIA na divulgação de suas acções

Bissau, 13 Mai 15 (ANG)- O Primeiro-ministro convidou  a CODERSIA (Conselho Para Desenvolvimento da Pesquisa em Ciências Sociais em África) para trabalhar com o INEP,(Instituto Nacional e Estudos e Pesquisas) num projecto de “Governo Aberto”, que consistirá em expor todo o espolio documental do governo numa sala aberta, para que mais  cidadãos possam ter acesso às informações relativas a acção governativa. 

Hoje temos uma Visão do Plano Estratégico, mas em 40 anos quantos outros foram feitos?”, questionou Simões Pereira.

Segundo um comunicado enviado à ANG pelo gabinete de comunicações e Informaçäo do Primeiro-ministro, o Chefe do governo falava numa reunião em Dacar com elementos da ONG CODERSIA, aos quais  fez o ponto de situação do país, falando do Plano Estratégico e Operacional apresentado, em Março, em Bruxelas e da necessidade de reforçar as capacidades do INEP.

“Os institutos de investigação podem jogar um papel fundamental como facilitador do diálogo interno e externo. O governo quer continuar a trabalhar com a CORDERSIA”, disse Simões Pereira.

No encontro falou igualmente o ministro, Geraldo Martins que destacou a importância que o governo atribui a CODERSIA.

CORDERSIA é uma ONG Pan-africana, sedeada em Dacar, no Senegal,   fundada em 1973, pelo professor doutor Samir Amin à que a Guiné-Bissau faz parte. Intervém em áreas de investigação política, económica, cultura, governança, formação e consultorias.

 Conta com a colaboração de vários outros países nomeadamente a Nigéria, Senegal, Gana, África do Sul, Moçambique, Camarões,Gana,Gâmbia,Uganda para alem de varias instituições.

 Segundo o chefe de programas de Investigação, o guineense, Carlos Cardoso, através do INEP já desenvolveu vários projectos de parceria  com a Guiné-Bissau. 

ANG/SG