segunda-feira, 10 de agosto de 2015



Crise politica

Presidência da República considera “calunioso e ofensivo” o comunicado do chefe do governo à nação

Bissau 10 Ago 15 (ANG) – O Gabinete de Comunicação da Presidência da República considerou, no passado dia 07 do corrente mês de “descortês, calunioso e ofensivo” para o chefe de Estado. o teor do comunicado, à nação, do Primeiro-Ministro.

Chefe de Estado José Mario Vaz
O documento a que ANG teve acesso, assinado pelo Porta-Voz do Presidente da República Fernando Mendonça afirma que, isso demonstra a existência de uma grave crise política e vem agravar ainda mais o já por si “frágil clima” de relacionamento entre os dois órgãos de soberania.

A Presidência da República disse na nota que tomou conhecimento, com surpresa e estupefacção, da comunicação do senhor Primeiro-Ministro à nação, difundida no dia 06 do mês em curso, pelos órgãos da comunicação social, numa altura em que o Presidente da República procedia a uma auscultação aos actores sociopolíticos sobre a actual situação política do país.

A nota lamenta profundamente que, numa altura em que o momento exige maior serenidade e ponderação na busca de soluções que melhor acautelem a imperiosa necessidade de preservação do clima de paz social, tenham surgindo vozes e posicionamentos no sentido de criar ruído e perturbar ainda mais este processo de extrema delicadeza.

“ A Presidência da República abstém-se, por ora, de comentar as declarações do Presidente da Assembleia Nacional Popular, na medida em que, nos termos dos estatutos dos deputados, ele é responsável pelas suas palavras no exercício das suas funções”, afirma a carta.

O documento afirma que José Mário Vaz enquanto primeiro Magistrado da Nação, garante a todos os guineenses e a comunidade internacional de que está empenhado na procura de soluções, dentro de quadro e no limite das suas competências constitucionais, que melhor se adaptem à situação atual, no intuito de salvaguardar os superiores interesses das instituições da República.

Por fim a Presidência da República apela a todos os cidadãos a manterem a calma e a serenidade até estarem na posse de todas as informações para melhor poderem ajuizar.

ANG/FGS

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Crise politica



Sociedade Civil exorta Presidente da República a ter confiança no governo
 
Bissau 07 Ago 15 (ANG) – O Movimento Nacional da Sociedade Civil divulgou hoje um documento no qual exorta ao Presidente da República a ter mais confiança no Primeiro-ministro e no seu elenco, a fim de ultrapassar o “enorme desafio” do país.

Trata-se de uma carta lida pelo primeiro vice-presidente do movimento, Luis Nancassa, no termo de uma manifestação da sociedade civil contra a demissão do Primeiro-ministro, organizada em frente ao Palácio da Republica.

“Senhor Presidente da República o tempo não é para conflitos pessoais. O nosso pais não dispõe nem de tempo nem de meios. A ocasião que se oferece à todos para construirmos juntos o nosso pais com apoio da Comunidade Internacional não voltará a se apresentar tão cedo”, refere a missiva.

A Sociedade Civil através desta carta pede ao Presidente da República para que retome o diálogo para que sejam encontradas respostas para os problemas que se colocam.

Nancassa referiu que o Chefe de Estado deve ser o primeiro e melhor embaixador do seu país no plano internacional, com os ministros responsáveis, para o desenvolvimento da diplomacia económica, mobilização de fundos estrangeiros e investimentos necessários. 

ANG/LLA/FGS/SG



Reivindicação

Antigos combatentes portugueses na Guiné-Bissau exigem pagamento das suas pensões

Bissau, 06 Ago 15 (ANG) - A Associação dos ex-Militares das Forças Armadas Portuguesas na Guiné-Bissau (AMFAP) exige as autoridades lusas, em colaboração com o governo guineense, o pagamento dos seus direitos, como “prevê o Acordo de Argel” de 1974.

Ex. combatentes portugueses na Guiné-Bissau
Em entrevista à ANG, O Presidente da AMFAP, António Albino Gomes informou que o referido acordo de paz que reconhece a independência da Guiné-Bissau, assinado na capital de Argélia entre o então regime colonial e o PAIGC, o Partido independentista, previa que Portugal pagasse, nomeadamente,  as pensões de sangue, de invalidez e da reforma.

“Ainda este acordo previa que metade dos bens deixados pelo Estado português, como o antigo Estaleiro Navais e a fábrica de cerveja, CICER, fossem revertidos para nós”, acrescenta António Gomes para mostrar o “incumprimento”, por parte das autoridades de Bissau.

Apesar de “lamentar o não cumprimento dessa obrigação por parte do Estado português”, afirmou que os ex-combatentes têm a esperança de verem materializados os seus direitos apesar de  muitos dos seus colegas terem já morrido  sem os receberem ”.

Este responsável da associação dos antigos militares portugueses exorta ao estado guineense a  entrar em conversações com o governo de Lisboa com vista a  satisfação dessas exigências .

Aos colegas antigos combatentes, este ex-militar de 68 anos, pede a “coragem e  esperança de um dia receberem aquilo a que têm direito”.

Na sede da AMFAP em Bissau está em curso o processo de actualização das inscrições e a organização das diferentes categorias dos antigos combatentes guineenses que estiveram ao serviço do então regime colonizador português.

Criada em 2001, em Bissau, a Associação dos ex-Militares das Forças Armadas Portuguesas na Guiné-Bissau (AMFAP) já inscreveu mais de seis mil antigos combatentes e, segundo o seu Presidente, com estas actualizações, o número pode ainda crescer devido as novas inscrições.  
ANG /QC/SG