terça-feira, 2 de agosto de 2016

Portugal



Sócrates pediu pensão vitalícia (o “privilégio injustificado” a que pôs fim no seu Governo) 

Bissau, 02 Ago 16 (ANG) - Sócrates revelou, numa conferência de imprensa, realizada recentemente, que se viu “forçado” a pedir a subvenção vitalícia. 

São 3.800 euros do que já chamou de “privilégios injustificados” que agora reivindica pelos seus anos de atividade parlamentar.

“Eu, quando fui detido, fui obrigado a vender a minha casa, desde logo para pagar ao meu amigo, como já expliquei, e que pretendia ter feito antes. Decidi vender a minha casa, pagar ao meu amigo e fiquei ainda com algum dinheiro e, para além, disso vi-me forçado, pelas circunstâncias a que o Estado me colocou, a pedir a subvenção vitalícia, coisa que nunca tinha pedido porque não tinha precisado dela, mas vi-me forçado por estas circunstâncias a fazê-lo”, disse o ex-primeiro-ministro.

Relembre-se, no entanto, que foi o Governo de Sócrates que, em 2005, pôs fim a esse direito para acabar com “os privilégios injustificados do atual regime de subvenções vitalícias dos titulares de cargos políticos”.

A subvenção vitalícia foi criada em 1985 e inicialmente era garantida a quem desempenhasse cargos políticos durante oito anos seguidos ou intercalados. Em 1995 esse prazo foi alargado para 12 anos.

Em 2005, ficou decidido que apenas os titulares de cargos políticos que já tivessem, por aquela altura, somado 12 anos de funções, poderiam vir a usufruir da dita subvenção mensal vitalícia assim que completassem 55 anos de idade. Todos os restantes já não seriam abrangidos.

De acordo com o Correio da Manhã  estará em causa uma pensão na ordem dos 3.800 euros brutos, que José Sócrates poderia usufruir a partir dos 55 anos (tem agora 58) pelos anos em que desempenhou funções como deputado na Assembleia da República. 

ANG/ZAP


UNICEF


Amamentação pode salvar 800 mil vidas anualmente

Bissau, 02 Ago. 16 (ANG) – Setenta e sete milhões de recém-nascidos ou seja um em cada dois bebés não são colocados ao peito nas primeiras horas depois do nascimento, refere um comunicado do Unicef enviado a ANG.

Esse atraso na amamentação, segundo o Unicef, priva as crianças de nutrientes, anticorpos essenciais e contacto pele a pele com as mães o que as protegem de doenças e morte prematura.

De acordo com o comunicado, fazer os bebés esperarem muito tempo para terem o primeiro contacto com a mãe fora do útero, diminui as probabilidades de sobrevivência do recém -nascido.

“Esta prática limita a oferta de leite, reduzindo as possibilidades de amamentação exclusiva e se todos os bebés fossem aleitados só por leite da mãe desde o momento da nascença até aos seis meses de idade, mais de 800.000 vidas seriam salvas a cada ano “informa a nota.

No documento, a Unicef alerta que nos últimos 15 anos a prática de amamentação nas primeiras horas de vida tem sido lenta, principalmente na África Subsariana onde a taxa de mortalidade nos menores de cinco anos são as mais elevadas e as tabelas de amamentação precoce mantiveram na África Ocidental e Central, tendo aumentado em apenas 10 por cento desde o ano 2000 na Africa Austral e Oriental.

A Unicef adianta ainda que mesmo no Sul da Asia, onde as taxas de iniciação da amamentação triplicaram de 16 por cento em 2000 para 45 por cento em 2015, o aumento está longe de ser atingido porque 21 milhões de recém - nascidos ainda esperam muito tempo para serem aleitados.

“Atrasar o aleitamento entre 2 a 23 horas após o nascimento, aumenta o risco de morte nos primeiros 28 dias de vida dos bebes em 40 por cento e se demorar por 24 horas ou mais o risco aumenta para 80 por cento” esclarece o comunicado.

Na nota a Unicef frisa ainda que alimentar os bebés com outros líquidos ou alimentos é uma das razões pela qual a amamentação precoce é atrasada, o que torna mais difícil as mães iniciarem ou continuarem a faze -lá.

O comunicado refere que o leite materno é a primeira vacina de um bebé e que as mulheres não estão a receber ajuda que necessitam para começarem a amamentação logo apos o parto mesmo quando são assistidos por um medico, enfermeira ou parteira.

Destaca  que em todo o mundo apenas 43 por cento das crianças menores de seis meses de idade são aleitadas exclusivamente e os que não são amamentadas correrem o risco de morrer 14 vezes mais do que aqueles que são alimentados apenas com leite materno.  

ANG/MSC/SG







Media


Jornalistas estudantes da Lusófona recebem certificados de formação em matéria de funcionamento da União Europeia
 
Bissau,02 Ago 16 (ANG) – Cerca de trinta jornalistas de diferentes órgãos de comunicação social públicos e privados, estudantes na Universidade Lusófona da Guiné receberam segunda-feira os seus certificados de participação numa Ação de formação sobre o funcionamento e Ação Externa da União Europeia no país.

O evento que decorreu de 12 à 15 de Julho findo, foi organizado pela Delegação da União Europeia na Guiné-Bissau em parceria com a Universidade Lusófona da Guiné e facultou aos profissionais dos media conhecimentos gerais sobre a missão da organização comunitária europeia e dos projetos por ele financiados no país.

Durante os quatro dias do seminário os jornalistas participantes foram habilitados com conhecimentos e informações da parte dos peritos dos oito projetos financiados pela União Europeia e das suas vantagens no desenvolvimento da Guiné-Bissau.

Os trabalhos deste seminário foram encerrados com a apresentação por diferentes grupos das reportagens sobre oito projetos actualmente em curso no país com financiamento da União Europeia.

A cerimónia decorreu nas instalações da Universidade Lusófona da Guiné na presença do embaixador da União Europeia, Victor Madeira dos Santos.

Em declarações à imprensa no evento, o chefe da União Europeia no país afirmou que a referida formação atesta a importância que a organização que dirige atribui aos órgãos de comunicação social como pilares e motores da democracia.

¨Queremos ajudar na formação dos seus profissionais para que melhor compreendam o funcionamento da União Europeia com vista a melhor desempenharem a sua missão principal que é a de informar¨, explicou.

Victor Madeira dos Santos garantiu que a delegação continuará a promover iniciativas do género, acrescentando que já se esboçam os planos para o próximo ano letivo, como forma de dar a conhecer as atividades promovidas pela União Europeia no país e se aproximar, cada vez mais, dos guineenses com concursos dos meios de comunicação nacionais.

Para o Reitor da Universidade Lusófona da Guiné, Rui Jandi, começou por realçar o apoio concedido pela União Europeia no domínio de formação dos estudantes daquela instituição do ensino superior.

¨A Universidade Lusófona vai registar o acto com muito agrado e será mais um contributo da União Europeia ao processo do desenvolvimento socioeconómico da Guiné-Bissau¨, disse.

Salvador Gomes, que falou em nome dos estudantes seminaristas, fez votos para que mais ações de formação de género houvesse.

¨Estamos nessa profissão e não se pode pensar que sabemos tudo. Temos as nossas deficiências e dificuldades mas a meta é a cada dia e em cada possibilidade, puder aperfeiçoar as nossas condições profissionais¨, disse Salvador Gomes.

Pediu votos para que houvesse mais iniciativas do género, acrescentando que a União Europeia é um parceiro internacional importante para a Guiné-Bissau, pelo que as suas ações devem chegar ao conhecimento das populações. 

ANG/ÂC/SG