Amamentação pode salvar 800 mil vidas anualmente
Bissau,
02 Ago. 16 (ANG) – Setenta e sete milhões de recém-nascidos ou seja um em cada dois
bebés não são colocados ao peito nas primeiras horas depois do nascimento,
refere um comunicado do Unicef enviado a ANG.
Esse
atraso na amamentação, segundo o Unicef, priva as crianças de nutrientes,
anticorpos essenciais e contacto pele a pele com as mães o que as protegem de
doenças e morte prematura.
De
acordo com o comunicado, fazer os bebés esperarem muito tempo para terem o
primeiro contacto com a mãe fora do útero, diminui as probabilidades de
sobrevivência do recém -nascido.
“Esta
prática limita a oferta de leite, reduzindo as possibilidades de amamentação
exclusiva e se todos os bebés fossem aleitados só por leite da mãe desde o
momento da nascença até aos seis meses de idade, mais de 800.000 vidas seriam
salvas a cada ano “informa a nota.
No
documento, a Unicef alerta que nos últimos 15 anos a prática de amamentação nas
primeiras horas de vida tem sido lenta, principalmente na África Subsariana
onde a taxa de mortalidade nos menores de cinco anos são as mais elevadas e as
tabelas de amamentação precoce mantiveram na África Ocidental e Central, tendo
aumentado em apenas 10 por cento desde o ano 2000 na Africa Austral e Oriental.
A
Unicef adianta ainda que mesmo no Sul da Asia, onde as taxas de iniciação da
amamentação triplicaram de 16 por cento em 2000 para 45 por cento em 2015, o
aumento está longe de ser atingido porque 21 milhões de recém - nascidos ainda
esperam muito tempo para serem aleitados.
“Atrasar
o aleitamento entre 2 a 23 horas após o nascimento, aumenta o risco de morte
nos primeiros 28 dias de vida dos bebes em 40 por cento e se demorar por 24
horas ou mais o risco aumenta para 80 por cento” esclarece o comunicado.
Na
nota a Unicef frisa ainda que alimentar os bebés com outros líquidos ou
alimentos é uma das razões pela qual a amamentação precoce é atrasada, o que
torna mais difícil as mães iniciarem ou continuarem a faze -lá.
O
comunicado refere que o leite materno é a primeira vacina de um bebé e que as
mulheres não estão a receber ajuda que necessitam para começarem a amamentação
logo apos o parto mesmo quando são assistidos por um medico, enfermeira ou
parteira.
Destaca
que em todo o mundo apenas 43 por cento
das crianças menores de seis meses de idade são aleitadas exclusivamente e os
que não são amamentadas correrem o risco de morrer 14 vezes mais do que aqueles
que são alimentados apenas com leite materno.
ANG/MSC/SG
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