Deputados do PAIGC se recusam a tomar parte nas atividades parlamentares
Bissau, 08 ago. 16 (ANG) – Os deputados da bancada
parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC)
não vão tomar parte nas actividades da Assembleia Nacional Popular (ANP)
enquanto não for libertado o parlamentar Gabriel Sow.
A posição dos deputados do PAIGC foi revelada hoje pelo vice-líder da bancada parlamentar desta formação política, João Sidibá Sane, a saída da audiência com o presidente da ANP, Cipriano Cassamá.
O encontro com Cipriano Cassama deveria analisar as propostas
apresentadas à mesa do parlamento pelas bancadas do PRS, do PND e alguns
deputados visando encontrar uma solução para a crise no hemicíclo.
João Sidibá Sane disse que vão continuar com essa
exigência, porque a proposta de libertação do deputado do PAIGC, entregue à
mesa da ANP, deve ser resolvida para que o programa do governo seja apreciado.
Segundo este parlamentar, a Assembleia Nacional Popular
deve funcionar na base das suas leis internas porque é construída pela
representação das diferentes formações políticas e não por deputados sem
bancada.
Para este responsável, a crise que há na ANP é dos
partidos políticos com assento parlamentar, por isso qualquer solução deve ser
encontrada através destes partidos com representação parlamentar e o presidente
da Assembleia Nacional Popular.
“Muitas pessoas estão a tentar intoxicar a opinião
pública, fazendo acreditar que o problema existente na ANP foi provocado pelo
presidente e pelo vice-presidente do parlamento, isto não passa de tentativas
de enganar a opinião pública”, acusou.
João Seidibá Sane afirmou que o presidente da ANP dirige,
mas não manda nos órgãos da Assembleia, porque as decisões políticas são
tomadas colegialmente pelos órgãos competentes do parlamento.
O vice-líder disse que a sua bancada sempre estará disposto
a contribuir para que uma solução da crise seja encontrada.
O deputado Gabriel Sow foi detido na semana passada sem
que a sua imunidade parlamentar seja levantada, na sequência de uma condenação
a oito anos de prisão efetiva de que eu fora alvo pelo Tribunal Regional de
Bissau, sentença essa mais tarde confirmada pelo Supremo Tribunal de Justiça.
ANG/FGS/SG
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