Especialista considera recentes ataques de chimpanzés às crianças de provocação dos menores aos animais
Bissau,12
Ago 16(ANG) - Uma especialista guineense em questões ligadas ao mundo animal admitiu
quinta-feira que os recentes ataques de chimpanzés às crianças no sul do país
poderão estar ligados às provocações dos menores aos animais.
Aissa
Regalla de Barros, coordenador de espécies animais e habitat do Instituto da
Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP) explicou, de forma científica, o
que teria levado a que a 13 de julho último, os chimpanzés tenham atacado
crianças na floresta da aldeia de Missirá, na localidade de Empada.
Na
altura, os animais atacaram e feriram três crianças, com idades entre os oito e
12 anos, que tinham ido apanhar foli – um fruto silvestre também consumido
pelos símios -, com a população a ameaçar abaté-los.
A
população também dizia que os ataques dos chimpanzés às pessoas teriam causas
ligadas à bruxaria.
Em
conferência de imprensa quinta-feira, Aissa Regalla de Barros, disse que os
ataques dos animais às crianças “tem motivações científicas”, isto é, que os
menores provocam os chimpanzés no seu modo de vida ao que estes reagem.
“As
crianças têm que evitar ir ao mato sozinhas, têm que evitar de provocar os
chimpanzés, porque quando vêem os chimpanzés lançam pedras, paus, gritam, fazem
aqueles chamamentos, as vocalizações dos animais”, situações que levam ao
conflito, disse a especialista do IBAP.
Aissa
Regalla de Barros informou igualmente que a sua instituição, ainda continua a
estudar os verdadeiros motivos de todo clima de conflitualidade que tem
ocorrido ultimamente entre os chimpanzés e os humanos, mas pede atenção
redobrada das populações.
Os
habitantes da zona devem limpar mais os caminhos que levam da aldeia às
florestas para melhorar a visibilidade do mato e ainda sensibilizar as
comunidades sobre a importância dos símios na preservação das espécies.
Os
chimpanzés fazem parte de animais sob proteção do IBAP, à luz das convenções
internacionais ratificadas pela Guiné-Bissau, mas ultimamente as comunidades
rurais de várias zonas do país têm ameaçado começar a abate-los devido ao
numero de ataques sobretudo às crianças nas florestas.
ANG/Lusa
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