Governo move ação judicial contra ANP
Bissau, 02 Ago. 16 (ANG) – O Governo acusou hoje o
Presidente e o 1º vice-presidente da Assembleia Nacional Popular de estarem a
bloquear o agendamento do programa de governação, visando com isso "minar
todas as esperanças da descolagem económica do país".
Falando
em conferência de imprensa, o Ministro da Presidência de Conselho de Ministros
e porta-voz do governo, Aristides Ocante da Silva explicou que o encontro com
os jornalistas tem por objetivo denunciar perante órgãos da soberania,
sociedade civil, comunidade internacional e o povo em geral o que na opinião do
executivo representa "manobras que bloqueiam o funcionamento normal da
ANP".
“
Essas ações tem tido impacto negativo no funcionamento de outras instituições,
nomeadamente o Governo e nas suas relações com os nossos parceiros de
desenvolvimento” criticou Aristides Ocante da Silva.
O governante
salientou que prova disso é a recente declaração do 1º vice-presidente da ANP,
Inácio Tavares aos órgãos de comunicação social em que afirmou categoricamente
que o Programa do Governo não vai ser agendado o que subentende-se que estava a
exprimir o sentimento do seu Presidente, substituindo os órgãos internos da
instituição, a saber, Conferencia de líderes, a Mesa e a Comissão Permanente.
O
ministro disse que o governo já desencadeou uma ação junto a Procuradoria-Geral
da Republica contra a ANP, para a solução do diferendo, tendo alertado de que
todas as consequências que poderão advir dessa violação, sejam elas no plano
social, económico e político, será da responsabilidade dos protagonistas da
ação.
Para
o Governo, a ANP recorreu a duas estratégicas para bloquear o funcionamento do
parlamento: a primeira consiste na ação do seu 1º vice - presidente e a 2º de
fazer entrar em cena o grupo parlamentar do PAIGC.
“ E
já estamos no dia 02 de Agosto, a discussão do Programa de governo entregue ao
Parlamento não foi agendada e muito menos apresentado ou exposto pelo
Primeiro-ministro.
Ocante
da Silva referiu que segundo o regimento da ANP, no seu artigo 139 nº2, se a
Assembleia Nacional Popular não estiver a funcionar de uma forma efetiva, é
obrigatoriamente convocada pelo seu Presidente o que não foi o caso” advertiu o
Porta – voz de Governo.
Aristides
Ocante da Silva lembrou que a Bancada Parlamentar do PAIGC pediu uma sessão
extraordinária para o debate e votação da perda de mandato dos 15 deputados, assunto,
segundo ele, já resolvido pelo Supremo Tribunal de Justiça.
Para
o porta-voz do Governo, tanto a ANP como o grupo parlamentar do PAIGC estão a
atacar através dos seus comportamentos e estratégias politicas, os fundamentos
de um Estado de Direito Democrático.
“ Os deputados têm direitos, mas também
deveres e um desses deveres é de contribuir para a eficácia e o prestígio dos
trabalhos da ANP.
ANG/MSC/JAM/SG
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