quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Sudão


          Tribunal ouve ex-Presidente  Omar al-Bashir por corrupção
Bissau, 21 ago 19 (ANG) - O ex-Presidente sudanês, Omar al-Bashir, começou a ser ouvido por um tribunal nos arredores da capital, Cartum, acusado de corrupção e enriquecimento pessoal.
O seu advogado diz tratar-se de  uma campanha de calúnia na comunicação social sublinhando que ainda o tribunal não apresentou qualquer prova contra o seu constituinte. 
O ex-Presidente sudanês, destituído a 11 de abril, após meses de manfestações em todo o país, é acusado geralmente de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio, compareceu perante o tribunal, apenas por corrupção, nomeadamente, roubo de 90 milhões de dólares e tráfico de influência.
Omar al-Bashir, reconheceu ter recebido 90 milhões de dólares líquidos da Arábia Saudita, mas para resolver problemas graves do país.
O seu advogado, Ahmad Ibrahim al Taher, cauciona a versão do seu constituinte e denuncia uma campanha na comunicação social com acusações excessivas.
"Com certeza que há um enorme julgamento mediático contra Omar al-Bashir, há acusações excessivas. Eles dizem que o Presidente roubou a torto e a direito  e que transferiu o dinheiro para o estrangeiro.
"O que se passa fora da sala deste tribunal não passa duma acusação monstruosa. Na realidade o que se vive na sala é completamente diferente e tem a ver com a apresentação de provas e até agora o tribunal não avançou com nenhuma prova". 
Contudo, a Amnistia Internacional, reagiu dizendo que não se deve ficar apenas por acusações de corrupção contra o ex-Presidente do Sudão, acusado por crimes contra a humanidade e genocídio em Darfur, na parte ocidental do país.
Omar al-Bashir é alvo de 2 mandados de captura pelo Tribunal Penal Internacional, pelos mesmos crimes contra a humanidade.
A comparência do ex-Presidente sudanês, surge dias depois da assinatura de um acordo entre militares e a Frente da Liberdade e da Mudança prevendo um Conselho soberano para supervisionar um período de transição até um governo sair de eleições livres e democráticas. ANG/RFI



terça-feira, 20 de agosto de 2019

ANG


“Uma agência de notícias pode contribuir para o desenvolvimento de um país”, diz o DG

Bissau, 20 Ago 19 (ANG) - O Director-geral da Agência de Notícias da Guiné (ANG) afirmou esta terça-feira que, uma agência de noticias pode contribuir para o desenvolvimento de um país com informações que divulga e que podem sensibilizar vários parceiros.
Salvador Gomes DG da ANG

Salvador Gomes sustentou que as  agências fazem tratamento factual dos acontecimentos e isso as coloca mais perto da verdade, pelo que os projectos, as necessidades e as fraquezas de uma país são melhor “publicitadas” pelas agências de notícias.

Gomes falava em entrevista à Rádio Voz de Quelélé  e  ANG, no âmbito  dos 44 anos de existência do órgão, hoje assinalada.

Explicou que as agências são   grossistas de informação, noutros  quadrantes  consideradas o porta-voz de Estado no exterior, e com funções de produzir e distribuir  notícias para outros órgãos.

Referindo-se ao órgão que dirige há 17 anos, disse que a ANG viveu momentos altos e baixos, salientando que nos primeiros anos de independência a imprensa nacional e estrangeira dependiam da ANG no que diz respeito as informações relacionadas às regiões.

“Antes do conflito militar de 07 de Junho de 1998 a Agência  funcionava de forma normal mas depois da  guerra entrou em ruínas. A nossa sede serviu de caserna das tropas senegalesas. Terminada a guerra até computadores avariados desapareceram da ANG”, disse.

Perante esta situação,o então director, Pedro Albino teve que providenciar um projecto de relançamento da ANG mas que não foi implementado conforme previsto, apesar de ter beneficiado de um apoio financeiro que cobria cerca de 80 por cento das necessidades previstas.

Salvador Gomes sublinhou que actualmente as dificuldades que a ANG enfrenta são imensas, e que a maioria das pessoas que lá trabalham  é funcionário não efectivo, com cinco meses de subsídio em atraso.

Gomes disse que a efectivação do pessoal na Função Pública é uma das prioridades, tendo acrescentado que por isso, está a evidenciar os seus esforços junto do novo Secretário de Estado da Comunicação Social para efectivar mais pessoas, inclusive  os correspondentes regionais, uma vez que os mesmos garantem maior cobertura  à uma agência de notícias.

“ É nossa obrigação, enquanto órgão do estado, acompanhar o dia-a-dia das populações do interior. Na prática, até aqui, temos concentrado mais em acontecimentos oficiais em detrimento de assuntos em que o sujeito da notícia são as nossas populações”, sustentou.
 Referiu que a ANG já perdeu muitos quadros devido a dificuldades do órgão e que há o risco de se perder mais quadros.

A ANG funciona actualmente com nove jornalistas, dois técnicos informáticos, um electricista e oito pessoal administrativo, e com duas plataformas de divulgação das suas produções : um blogue(angnoticias.blogspot.com) e um site(www.ang.gw). Não tem internet próprio, utiliza uma linha wifi do Nô Pintcha muito precária, que nem consegue abrir o site.

O órgão que, por lei, é proibido de fazer publicidades, do Estado só recebe o pagamento de salários. ANG/AALS//SG




ANG


Presidente de sindicato de base considera os 44 anos do órgão de “retrocessos e sacrifícios”

Bissau, 20 Ago 19 (ANG) – O Presidente de Sindicato de Base de Agência de Notícias da Guiné (ANG), considerou hoje que os 44 anos da existência daquele Órgão Público da Comunicação Social são de sacrifícios para os seus sucessivos funcionários.

Em entrevista exclusiva á ANG, Costa Nbonda revelou que o Sindicato de Base de ANG, no dia 9 de Agosto de 2010, conseguiu reunir com o governo na altura, para assinar um memorando de entendimento sobre a remuneração salarial dos funcionários de ANG, e de outros órgãos que fazem parte da Confederação dos Sindicatos dos Órgãos de Comunicação Social Públicos.

Aquele responsável acrescentou por outro lado que, depois de sucesso alcançado na negociação com então ministra da Comunicação Social na altura Adiato Djaló Nandigna, os funcionários dos referidos Órgãos passaram a beneficiar de uma remuneração salarial motivante, em relação ao anterior que não chegava para comprar arroz e muito menos pagar o arrendamento de casa.

 “Todo o esforço e desempenho demonstrado pelos quatros sindicatos foram interrompidos pelos governos de transições, que decidiram cortar sem alguma explicação a remuneração salarial alcançado em 2010, provocando assim mais dificuldades nos quatros Órgãos Públicos da Comunicação Social nomeadamente a Agência de Notícias Guiné (ANG), Rádio Difusão Nacional (RDN), Jornal No Pintcha (JNP) e a Televisão da Guiné-Bissau (TGB)”, sustentou Nbonda.

Questionado sobre o que o sindicato tem feito nos últimos tempos para a efectivação dos seus funcionários, Costa disse que é uma luta constante que o sindicato que dirige tem enfrentado ao longo dos anos com sucessivos governos.

“Nas exigências que apresentamos o patronato nos encontros que realizamos têm sempre a ver com a efectivação dos estagiários assim como a criação de condições laborais para os funcionários”, disse Costa Nbonda.

Para o sindicalista, o actual Secretário de Estado de Comunicação Social, João Maria Batica Ferreira deve se engajar na resolução dos problemas que afectam os quatros órgãos, para assegurar seus melhores funcionamentos.

A Agência de Notícias da Guiné (ANG) foi criada a 20 de agosto de 1975.
ANG/LL//SG

Presidenciais 2019


         Serifo Nhamadjo confirma participação  nas  primárias do PAIGC

Bissau, 20 Ago 19 (ANG) – O ex-Presidente da República de Transição anunciou  segunda-feira a sua candidatura  às eleições primarias do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), para a escolha do candidato do partido para as  presidenciais de novembro.

Serifo Nhamadjo, citado pela Rádio Pindjiquiti, disse que enquanto militante dos libertadores está  à disposição do PAIGC, salientando que as primárias são um exercício democrático interno que permite aos militantes escolherem o candidato para as presidenciais.

Nhamadjo alega que, politicamente, os guineenses estão bem divididos e que é preciso alguém que pode fazer a ponte, que seja  dialogante, e capaz  de sofrer para congregar as pessoas na diversidade para um objectivo.

“Pensamos que podemos estar perto dessa pessoa, entre muitas figuras existentes, e  achamos que o nosso projecto tem condições de o fazer e é isto que me motivou a avançar para esta corrida”, disse.

O político apelou ao líder do PAIGC Domingos Simões Pereira a não avançar para as primárias porque está  preparado para o executivo, salientando que, provavelmente juntos, podem fazer grandes coisas e serem uma dupla que vai tirar maior proveito.

Disse entretanto  compreender que , como militante,  ele(DSP) deve estar sob pressão que o deixa sem alternativa.

“Pensando bem, ele tem alternativa que seria ele, como presidente do partido, devia marcar a sua equidistância deixando os militantes concorrerem  e quem for escolhido aí ele aparece como pai da família para caminharem juntos”, disse. ANG/MSC//SG

Presidenciais 2019


Embaixador dos EUA apela políticos para evitarem desculpas que possam afectar realização de eleições na data prevista

Bissau, 20 Ago 19 (ANG) – O Embaixador dos Estados Unidos de América apelou esta segunda-feira aos políticos guineenses para evitarem quaisquer desculpas que possam afectar a realização das eleições presidenciais a 24 de Novembro de 2019.

Tolinabo Muchinge citado pela Rádio Capital FM,  proferiu estas afirmações a saída de um encontro com o Chefe do governo, Aristides Gomes, com quem abordou assuntos relacionados com a correcção dos cadernos eleitorais, utilizados nas legislativas de março passado, para que eleitores que não tinham votado pudessem exercer os seus direitos de votos nas presidenciais de novembro próximo.

O diplomata americano disse que concorda com essas correções, uma vez que se trata da lista de eleitores usada nas legislativas passada aceite por todos os intervenientes no processo, apesar de ter alguns problemas.

“Não começar um novo recenseamento porque não há tempo e o povo não deve continuar a esperar. Deve-se evitar qualquer desculpa que possa afectar a realização doas eleições presidenciais em Novembro deste ano “,disse.

Tolinabo Muchinge confirmou o apoio dos Estados Unidos para as presidenciais e revelou que já foi feito um pedindo ao Washington para o efeito. ANG/MSC//SG


segunda-feira, 19 de agosto de 2019

ANG


    Ex-Diretor-geral  apela ao governo para dar mais atenção ao órgão

Bissau, 19 Ago 19 (ANG) – O Ex-Diretor-geral da Agência de Notícias da Guiné (ANG), apelou hoje ao governo para dar mais atenção a este órgão, que na terça-feira assinala 44 anos de sua criação.

Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), João Quintino Teixeira disse que o problema que afecta a ANG não é novidade para aqueles que lidaram com o referido órgão ao longo dos anos.

“Os sucessivos governantes nunca priorizaram a ANG como órgão responsável para a produção de notícias para   outros órgãos. Durante o tempo em que fui nomeado para dirigir aquele órgão, a minha maior preocupação era fazer  aos governantes entenderem qual o papel e a importância de uma agência de noticias”, revelou.

João Quintino Teixeira acrescentou  que a ANG precisa de trabalhar com os correspondentes regionais, como forma de manter o país inteiro informado dos acontecimentos que lá ocorrem.

“Antes e depois da minha ida para a ANG, esse órgão já tinha correspondentes espalhados em algumas regiões do país, e com a minha chegada tentamos dinamizar o trabalho de correspondentes mas, até um certo ponto, a falta de apoio do governo não permitiu que a ANG assegurasse a permanência dos seus correspondentes nas regiões, que desempenhavam um papel  extremamente fundamental para a ANG e cobertura regional”, afirmou João Quintino.

Referiu que a ANG produzia um Boletim Informativo que fornecia as embaixadas e  entidades oficiais, algo que considerou importante para arrecadação de alguns fundos internos .

João Quintino Teixeira sustentou que para que este órgão funcione bem e desempenhe melhor a sua missão, deve ser equipado conforme as suas  necessidades , e melhoradas as condições de trabalho aos seus jornalistas e técnicos.

João Quintino Teixeira foi director-geral da ANG em 1993.
A ANG foi criada a 20 de agosto de 1975 com a missão de promover a imagem da Guiné-Bissau no exterior.

Segundo Lucete Djawara, a primeira Directora-geral da ANG, “o então governo teve a necessidade de promover a imagem de que a Guiné-Bissau, saída de uma guerra de 11 anos, estava então a lutar pelo desenvolvimento em   condições frágeis pelo que nessiatava de apoio dos parceiros internacionais”.
ANG/LLA/ÂC//SG  
   

Política


             PRS discorda com  correção do caderno eleitoral

Bissau, 19 Ago 19 (ANG) – O Partido da Renovação Social (PRS) discordou com o Plano Operacional de Consolidação de registo e correção das omissões do caderno eleitoral.

A manifestação da discórdia foi proferida pelo líder da bancada dos Renovadores, Sola Nquiilin Na Bitchita, hoje à  saída da audiência com Presidente da República cessante.

Sola Nquilin disse que a Lei Eleitoral guineense prevé dois tipos de recenseamento, o de raiz ou atualização do caderno eleitoral, acrescentando que não sabem enquadrar esta correção no caderno que a Comissão Nacional das Eleições (CNE)está a  fazer.

“É esta preocupação que nos trouxe ao Chefe de Estado cessante para analisarmos em conjunto para que possamos ver como fazer um recenseamento bem feito,” frisou.

Questionado se a inclusão dos nomes que não constavam no Caderno Eleitoral fazia parte das exigências do PRS, o político disse   achar que todos os recenseados devem ter a possibilidade de votar nas próximas eleições presidenciais de 24 de Novembro.

As autoridades eleitorais inciaram no dia 17 os trabalhos de correcção  dos cadernos eleitorais para inclusão de nomes de eleitores que se recensearam mas que não votaram nas lesgislativas de março . ANG/JD/ÂC//SG



Imprensa


        Directores-gerais da TGB e INACEP suspensos das suas funções

Bissau, 19 Ago 19 (ANG) - Os Directores-gerais e os Membros de Conselho de Administração da Televisão da Guiné-Bissau (ANG) e da Imprensa Nacional / Empresa Pública (INACEP) foram suspensos das suas funções, refere um despacho do Secretário de Estado da Comunicação Social.
Secretário de Estado da Comunicação Social

No referido despacho à que a ANG teve acesso, justifica que a decisão visa  imprimir uma nova dinâmica e  reestabelecer um ambiente laboral na TGB e INACEP.

“Ficam suspensas das suas funções, enquanto se aguarda pela devida homologação em Conselho de Ministros, os senhores Daniel Miguel de Barros e Vladimir Lenin Djomel, respectivamente Director geral da Televisão da Guiné-Bissau e Inacep-EP”, lê-se no despacho.

Para ocupar os lugar dos suspensos foram indigitados  Zaim Pereira de Jesus e António Pedro Delgado,para coordenarem as comissões de gestão de assuntos correntes da TGB e a INACEP respectivamente. ANG/AALS/ÂC//SG


Presidenciais 2019


  José Mário Vaz  promete anunciar seu futuro político nos próximos dias  

Bissau,19 Ago 19(ANG) – O Presidente da República cessante, José Mário Vaz promete anunciar nos próximos dias se vai ou não se recandidatar  para a sua própria sucessão nas próximas eleições presidenciais, marcadas para o dia 24 de Novembro.

José Mário Vaz que falava no sábado em Bissau, num encontro promovido pela Plataforma Juvenil de Apoio à sua recandidatura, afirmou que foi um grande orgulho receber o convite desta organização para voltar a ser o candidato às presidenciais de 24 de Novembro.

“Quero vos informar que foi com  grande orgulho que recebo o convite da Plataforma. Há menos de 45 dias estivemos neste mesmo lugar com a estrutura do Movimento de Apoio à Botche Candé e que me endereçou igualmente o convite com o mesmo objectivo”, disse.

O Presidente da República cessante disse que ouviu os pedidos e as razões evocadas pela Plataforma Juvenil para a sua recandidatura às presidenciais e que para o efeito pondera dar resposta nos próximos dias.

“Simplesmente vocês confiaram na minha pessoa nas eleições de 2014. Eu sou apenas um soldado da República da Guiné-Bissau e a minha obrigação de facto é de ir ao encontro da missão a que me foi incumbida”, referiu.

José Mário Vaz sublinhou que a sua missão na Presidência da República ficou marcada por duas coisas que nunca esquecerá até à morte. “Quero vos informar que eu tinha um amigo e que partilhávamos a mesma casa. Este meu amigo cujo nome não vou revelar, as pessoas foram buscá-lo e, por engano ,bateram na minha porta e isso provocou pânico à minha família porque julgavam que eu era o visado”, explicou.

“Quero vos dizer que levaram este meu amigo e até hoje as suas famílias desconhecem o local onde foi  morto e enterrado. Foi por esta razão que, quando aceitei o desafio de concorrer as eleições de 2014,  afirmei que nunca mais aceitaria  que alguém seja morto de qualquer maneira na Guiné-Bissau”, disse.

Afirmou que, a segunda coisa que lhe marcou, foi quando o falecido Presidente da República, João Bernardo Vieira o escolheu quando era muito novo, para ser o seu mandatário nas eleições presidenciais de 1994, no meio dos seus colegas combatentes da liberdade da pátria.

“Nunca sonhei que hoje em dia vou sentar na sua cadeira presidencial e a discursar como se fosse ele naquela altura”, frisou, acrescentando que cada um colhe o fruto da sementeira que lavrou.

Disse que o desenvolvimento da Guiné-Bissau é irreversível  e que conta com a colaboração de todos sem excepção.

Por sua vez, Ludimila Akmedju, em nome da Coordenação da Plataforma Juvenil de Apoio a Recandidatura de Jomav sublinhou que os motivos que nortearam o referido pedido, têm a ver com a credibilidade  dos  projectos executados por José Mário Vaz durante os cinco anos de sua  presidência .

“Uma outra razão é o facto de ser  o único Presidente da República que terminou o seu mandato e por ser ele o garante da estabilidade e  paz na Guiné-Bissau”, disse a concluir Akmedju.ANG/ÂC//SG


sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Presidenciais 2019


             MADEM G-15 pede novo recenseamento de raiz de  eleitores  

Bissau,16 Ago 19(ANG) – O Movimento para Alternância Democrática (MADEM G 15), defendeu a realização de novo  recenseamento de raiz de eleitores, antes das eleições presidenciais marcadas para 24 de Novembro próximo.

Em declarações à imprensa quinta-feira, a saída de um encontro com o Presidente da Comissão Nacional de Eleições, o porta-voz do MADEM G-15 Gibril Arsénio Baldé disse que a sua formação política defende o novo recenseamento tendo em conta “todas as anomalias verificadas no processo das legislativas passadas”.

“Durante o recenseamento para as eleições legislativas, houve recusa ao direito dos cidadãos que não foram recenseados. O recenseamento foi considerado teoricamente de biométrico mas que milhares de pessoas não foram inscritas e outros até registaram  mas foram lhe  recusados o direito de votar”, sustentou.

O porta-voz do MADEM G-15 acrescentou que hoje em dia a Comissão Nacional de Eleições vem desmentir as informações avançadas pelo Governo de que não foram os 200 mil pessoas que ficaram fora do recenseamento passado e que foram apenas pouco mais de vinte e dois mil.

“Tudo isso para nós justifica a necessidade de fazer um novo recenseamento e, se por via de consenso de todos os actores políticos entendemos que não pode ser isso, então poderemos procurar outras soluções que inclua a necessidade recensear aqueles que ficaram de fora nas eleições passadas”, afirmou.

Gibril Arsénio Baldé defende ainda que o recenseamento eleitoral seja supervisionado por uma entidade independente e que não seja só o Governo a supervisionar.

A Guiné-Bissau realiza as eleições presidenciais à 24 de Novembro e o Governo apresenta hoje, o Plano Operacional para a Consolidação do Registo Eleitoral,  estando previsto para amanhã, dia 17 ,o início das correcções das omissões verificadas nos Cadernos Eleitorais utilizadas nas eleições legislativas de março passado, trabalhos que vão prolongar até o dia 15 de Setembro. ANG/ÂC//SG


Cooperação


Governo  e o grupo Mubadala dos Emirados Árabes Unidos assinam acordos nos domínios agricultura e minas

Bissau, 16 Ago 19 (ANG) – O Primeiro-ministro, Aristides Gomes assinou recentemente um acordo de cooperação com o grupo  Mubadala dos Emirados Árabes Unidos nos domínios de agricultura, minas e energia.

De acordo como o jornal Nô Pintcha,  o acordo foi assinado durante a visita que o chefe do executivo guineense efectuou na passada semana ao Emirados Árabes Unidos.

No encontro de trabalho com a direcção do grupo Mubadala foi proposto ao Primeiro-ministro, Aristides Gomes,a apresentação de uma lista de projectos, com incidência nas áreas prioritárias do governo e  seus respectivos estudos  de viabilidade .

Segundo  Aristides Gomes, já existe um documento preparado pelo seu gabinete em coordenação com os Ministérios das Finanças e dos Negócios Estrangeiros neste sentido, que só  precisa de ser adaptado aos procedimentos das instituições financeiras árabes.

O chefe de governo defendeu  a realização de  uma “Mesa-redonda” com os países árabes para a coordenação das ajudas a favor da Guiné-Bissau, bem como a análise das possibilidades de um apoio orçamental de urgência às autoridades de Bissau.

Ainda no quadro dessa visita de Aristides Gomes aos Emirados Árabes Unidos, a ministra dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades, Suzy Barbosa assinou com o seu homólogo, Abdullah Bin Zayed,  vários acordos de cooperação com destaque para  a isenção de vistos de entrada aos detentores de passaportes diplomáticos e de serviço,  a prevenção fiscal, visando fortalecer e promover as relações económicas, bem como a protecção reciproca de investimentos.

Segundo o Nô Pintcha, a  visita foi realizada no quadro de relançamento da política externa guineense visando a atração de mais apoios e investimentos.
ANG/MSC/ÂC//SG

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Brasil e EUA


     Racismo institucional leva polícia a matar mais negros e pobres
Bissau, 15 ago 19 (ANG) - Os dados sobre agressões e mortes de jovens negros nos dois países são, segundo especialistas entrevistados pela RFI, alarmantes e salientam a desigualdade e o preconceito que muitas vezes custam a vida dos cidadãos.
Bandeira do Brasil
O consórcio de jornalistas americanos Fatal Encounters divulgou recentemente o resultado de um novo estudo sobre violência policial nos Estados Unidos. Analisando dados do Sistema Nacional de Estatísticas sobre Mortalidade no país, pesquisadores descobriram que homens negros têm 2,5 mais probabilidade de serem mortos pela polícia do que brancos.
Os dados divulgados pela pesquisa são chocantes: a cada mil homens negros, um será morto pela polícia ao longo de sua vida, seja com arma de fogo, taser ou sufocamento. O excesso de força policial lidera as causas de mortes de homens negros entre 25 e 29 anos, deixando para trás acidentes, suicídios, doenças cardíacas ou câncer.
Para o historiador francês François Durpaire, especialista em Estados Unidos, os dados divulgados no estudo da Fatal Encounters só reforçam o duro cotidiano de jovens negros no país. “Há o fator do racismo da polícia: isso está enraizado na história americana. Para o mesmo tipo de delito ou abordagem policial, se a pessoa é negra, maior é o risco que a situação saia de controle”, avalia.
Durpaire lembra que, embora a sociedade americana tenha evoluído nas últimas décadas, a comunidade negra continua enfrentando dois problemas principais: as desigualdades na relação com a polícia e com a Justiça.
 “Apesar das tentativas de integrar cidadãos negros aos júris, o tratamento da justiça é desigual com os negros. O próprio movimento Black Lives Matter não nasceu da revolta contra com os policiais, mas da absolvição de George Zimmerman. Ou seja, o problema não é apenas com a polícia, mas também com a Justiça”, destaca.
O caso Zimmerman comoveu o país em 2012. O vigia matou a tiros o jovem Trayvon Martin, de 17 anos, alegando legítima defesa. O jovem estava desarmado e foi perseguido e alvejado em um condomínio na periferia de Orlando por ter sido considerado “suspeito” pelo segurança.
Zimmerman foi inocentado, com a hipótese de um crime racista descartado, o que gerou uma onda de indignação nos Estados Unidos.
Essa banalização da violência contra negros também tem relação com a grande quantidade de armas de fogo nas mãos de civis nos Estados Unidos. “É preciso lembrar que existe uma taxa de 120 armas a cada 100 habitantes – a maior no mundo. Então, quando um policial faz uma abordagem, ele parte do princípio que há grande possibilidade de que o suspeito esteja armado. Por isso a polícia americana não hesita em atirar”, avalia Durpaire. 
Para o professor Adalmir Leonídio, coordenador do  Observatório da Criminalização da Pobreza e dos Movimentos Sociais da USP, há  similaridades entre a situação nos Estados Unidos    e no Brasil. “Nos dois países, o alvo preferencial da violência policial - que se traduz em tortura e assassinatos - são preferencialmente negros e pobres, moradores dos chamados ‘territórios da pobreza’. No entanto, precisamos considerar a desproporção numérica entre as duas realidades. O Brasil mata muito mais negros e pobres que os Estados Unidos”, ressalta.
Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, dos 5.896 boletins de ocorrência de mortes devido a intervenções policiais entre 2015 e 2016, 76,1% das vítimas eram negros: 5.769 homens e 42 mulheres. Grande parte é jovem: 35,5% têm idades entre 18 e 29 anos. Em 2018, o número de mortes cometidas por policiais na ativa subiu para 6.160 pessoas.
Nos Estados Unidos, de fato, esse número é expressivamente inferior. Segundo o Sistema Nacional de Estatísticas sobre Mortalidade do país, cerca de três americanos são mortos por dia pela polícia, contra 16 no Brasil. Em 2018, 992 pessoas morreram em intervenções policiais nos Estados Unidos.
Mas o que justifica essa filtragem racial da polícia brasileira? Para Leonídio, não há dúvidas: no Brasil, existe um senso comum penal desde o início da desagregação do trabalho escravo no país que relaciona negros e pobres ao potencial criminoso. “Essa parcela da população está envolvida em um clima de permanente suspeição. Nesse novo governo em particular, esse senso comum penal não só foi exacerbado como tem sido explicitamente assumido, o que tem sido favorável à execução de pobres e pretos”, salienta.
Para o especialista, a própria legislação criminal permite a predisposição ao combate arbitrário do “criminoso”, que, ressalta, é uma produção social. “O sistema penal não visa combater o crime, mas o criminoso: essa figura é envolta em todo um manto de estigmas e que obviamente não vai ser o rapaz branco, de classe média”, diz.
Por isso, segundo Leonídio, existe uma “produção criminológica” para o enquadramento desta população à margem da sociedade. “Essas pessoas não são absorvidas pelo mercado de trabalho, não fazem parte da lógica mercantil em evolução e é preciso fazer alguma coisa delas. Isso vai ser muito mais grave em países como o Brasil, onde há uma História de quatro séculos de escravidão. Existe um inimigo interno a ser combatido que, há cem anos, era o ex-escravo. Hoje é o morador da periferia pobre, que se configura como uma ameaça permanente ao patrimônio dos ricos”, reitera. ANG/RFI


Governo/Programa de emergência


         Abolido visto de entrada para detentores de dupla nacionalidade

Bissau, 15 Ago 19 (ANG) - A ministra dos Negócios Estrangeiros e o seu homólogo do Interior assinaram hoje um Despacho Conjunto sobre a isenção de vistos de entrada aos cidadãos guineenses com dupla nacionalidade que vivem na diáspora.

Na ocasião, a ministra dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades, Suzi Barbosa explicou que o referido Despacho é o resultado de aprovação de Programa de Emergência do governo que prevê acções de impacto rápido para resolver os problemas sociais mais urgentes.

A governante sublinhou que o referido Programa de Emergência do governo apresenta as áreas prioritárias de intervenção nos primeiros sete meses de governação.

“O facto de um guineense que vive no estrangeiro ter outra nacionalidade, não lhe impeça de ter os seus direitos como cidadão da Guiné-Bissau, tanto a comunidade guineense nacional, assim como as que estão no estrangeiro têm um papel fundamental no processo de desenvolvimento do país, por isso, merecem toda a atenção do governo do nosso país”, defendeu Suzi Barbosa.

A ministra explicou que a isenção de vistos de entrada e permanência no território nacional será feita aos cidadãos guineenses residentes no estrangeiro e os que têm a dupla nacionalidade.

“O presente Despacho vai ser entregue aos Serviços de Migração e Fronteiras da Guiné-Bissau para a sua implementação imediata, será igualmente entregue aos serviços Consulares do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Comunidades igualmente para a sua implementação e para autoridades dos países de acolhimento para  terem conhecimentos sobre o assunto”, informou Suzi Barbosa.

 Por sua vez, o ministro do Interior, Juliano Fernandes disse que o Despacho vai facilitar a vida dos cidadãos guineenses que vivem no estrangeiro, e que permitirá igualmente que passem a ter as mesmas regalias com os que vivem na Guiné-Bissau.

Juliano Fernandes explicou que, apesar de que os cidadãos guineenses residentes no estrangeiro vão beneficiar de isenção de vistos de entrada, os mesmos devem ter sempre um documento para comprovar que têm a nacionalidade guineense.

“Digo que é necessário um documento para comprovar a nacionalidade guineense porque, é preciso comprovar que uma pessoa não rejeitou a sua identidade como guineense”, esclareceu o ministro do Interior. ANG/AALS/ÂC//SG


Migração


                              Drama  em 2 navios humanitários
Bissau, 15 ago 19 (ANG) - Continua o drama dos migrantes nos barcos humanitários Open Arms e Ocean Viking, à procura de países para acolher pelo menos 500 pessoas.
Os navios estão entre portos do Mediterrâneo, na Itália, Malta, Grécia e ilhas próximas da Turquia. Os países não parecem dispostos a acolher os migrantes, uma tragédia e desumanidade, segundo um economista português investigador de questões económicas europeias.
Ninguém está em condições de fornecer informações concretas e críveis sobre a tragédia que se passa com cerca e 500 migrantes de dois navios humanitários, Ocean Viking e Open Arms, sem paradeiro certo no Mediterrâneo.
As embarcações têm estado entre as costas da Itália, de Malta, da Grécia e de ilhas próximas da Turquia, mas ainda não há uma estratégia bem definida que países vão acolher os malogrados migrantes e imigrantes muitos africanos.
O Alto Comissariado da ONU para os refugiados, já reagiu dizendo que a situação é grave e que a Grécia, por exemplo, não está em condições de acolher mais migrantes pelo que apela à solidariedades de outros países europeus.
Em pleno período de férias de verão, não há vozes autorizadas no seio da União europeia para avançar com soluções concretas. Aliás há ma divisão na Europa.
Na Itália, o ministro do Interior, o homem político forte italiano, da direita dura, continua em campanha para tomar as rédeas do país e uma das suas armas é a condenação da migração e imigração clandestina.
A Organização médica humanitária internacional, Médicos Sem Fronteiras emitiu no fim do dia um comunicado afirmando que trabalha em conjunto com a SOS Mediterrâneo, francesa, na gestão do problema em torno do navio Ocean Viking.
Exigem que seja "providenciado quanto antes um porto seguro para o desembarque das 356 pessoas socorridas nas águas internacionais do Mediterrâneo Central, ao largo da Líbia, entre 9 e 12 de agosto, e que se encontram agora a bordo do barco de buscas e salvamento."
As duas ONG's humanitárias já pediram às autoridades marítimas de Malta e de Itália, "para assumirem a coordenação e apoio necessários a que se identifique um porto seguro para o desembarque, uma vez que são os mais próximos centros de coordenação existentes com capacidade para prestar esta assistência".
São portanto, apelos e medidas de intenções mas sem que haja nada de concreto para salvar os 500 migrantes dos barcos Ocean Viking e Open Arms, o que é "uma tragédia, uma desumanidade que se passa na Europa", segundo o economista português, José Reis, investigador de assuntos económicos europeus.ANG/RFI



GTAPE


 Proprietários de viaturas alugadas ameaçam boicotar trabalhos da instituição

Bissau, 15 Ago 19 (ANG) - O porta-voz dos proprietários das viaturas alugadas pelo Gabinete de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE),durante as eleições legislativas ameaçaram hoje boicotar os trabalhos da Correcção do Caderno Eleitoral cujo o início está previsto para o próximo sábado, dia dia 17.

vista da sede do GTAPE 
Bacapim Nhaga disse que a divida vai completar um ano no próximo mês de Setembro e que até a data presente as suas reivindicações não foram atendidas.

Disse que prestaram serviço  durante os trabalhos de recenseamento para Eleições Legislativas de 10 de Março de 2018 , no âmbito de um Contrato de prestação de serviço, mas que o GTAPE não está a cumprir o acordado.

“Já fizemos todas as diligências, ao mais alto nível, uma vez que informamos ao Presidente da República, à Assembleia Nacional Popular ,entre outras entidades, para poder chegar a uma solução pacifica, mas tudo foi sem  efeito nenhum. Os problemas já estão a escapar o  controlo da comissão, que está a ser acusada de estar a colaborar com o Estado”, explicou.

O porta-voz dos proprietários das viaturas alugadas pela GTAPE disse que os donos das viaturas decidiram não mais continuar passivos e que vão usar outros mecanismos para fazer com que sejam pagos, salientando que o grupo que está desde quarta-feira a frente da sede da GTAPE  está a tentar encontrar uma solução pacífica, mas não encontra ninguém para dialogar.

Nhaga disse que , se até ao dia 17, data de início dos trabalhos de correcção dos cadernos eleitorais, não houver solução para as suas reivindicações vão boicotar todos os trabalhos do GTAPE.

 “ Aproveitamos para chamar a atenção a quem de direito para assumir as suas responsabilidades, para evitar o que de mal  possa resultar dessa reivindicação, uma vez que, estamos a sentir  que, se essa decisão avançar , as coisas podem vir a não ser pacíficas” ,disse.

Bacapim afirmou que a divida para com os proprietários das viaturas alugadas envolvem  mais de 621 milhões de francos CFA.

Disse que estão a pressionar neste momento porque sabem que, se acabarem os trabalhos d correcção dos cadernos eleitorais e feitas as Eleições Presidências, a dívida em causa podem não ser pagas.

Desde quarta-feira os proprietários das viaturas alugadas pela Gtape durante as eleições legislativas de março passado e os familiares protestam em frente a sede da instituição, provocando  barulho ensurdecedor dificultando os trabalhos da GTAPE. ANG/MSC//SG