“Uma agência de notícias pode contribuir para o
desenvolvimento de um país”, diz o DG
Bissau, 20 Ago 19
(ANG) - O Director-geral da Agência de Notícias da Guiné (ANG) afirmou esta
terça-feira que, uma agência de noticias pode contribuir para o desenvolvimento
de um país com informações que divulga e que podem sensibilizar vários
parceiros.
Salvador Gomes DG da ANG |
Salvador Gomes
sustentou que as agências fazem
tratamento factual dos acontecimentos e isso as coloca mais perto da verdade,
pelo que os projectos, as necessidades e as fraquezas de uma país são melhor
“publicitadas” pelas agências de notícias.
Gomes falava em
entrevista à Rádio Voz de Quelélé e ANG, no âmbito dos 44 anos de existência do órgão, hoje
assinalada.
Explicou que as agências
são grossistas de informação, noutros quadrantes consideradas o porta-voz de Estado no exterior,
e com funções de produzir e distribuir notícias para outros órgãos.
Referindo-se ao órgão
que dirige há 17 anos, disse que a ANG viveu momentos altos e baixos,
salientando que nos primeiros anos de independência a imprensa nacional e
estrangeira dependiam da ANG no que diz respeito as informações relacionadas às
regiões.
“Antes do conflito militar
de 07 de Junho de 1998 a Agência
funcionava de forma normal mas depois da guerra entrou em ruínas. A nossa sede serviu
de caserna das tropas senegalesas. Terminada a guerra até computadores avariados
desapareceram da ANG”, disse.
Perante esta
situação,o então director, Pedro Albino teve que providenciar um projecto de
relançamento da ANG mas que não foi implementado conforme previsto, apesar de
ter beneficiado de um apoio financeiro que cobria cerca de 80 por cento das
necessidades previstas.
Salvador Gomes sublinhou
que actualmente as dificuldades que a ANG enfrenta são imensas, e que a maioria
das pessoas que lá trabalham é
funcionário não efectivo, com cinco meses de subsídio em atraso.
Gomes disse que a
efectivação do pessoal na Função Pública é uma das prioridades, tendo
acrescentado que por isso, está a evidenciar os seus esforços junto do novo Secretário
de Estado da Comunicação Social para efectivar mais pessoas, inclusive os correspondentes regionais, uma vez que os
mesmos garantem maior cobertura à uma agência
de notícias.
“ É nossa obrigação,
enquanto órgão do estado, acompanhar o dia-a-dia das populações do interior. Na
prática, até aqui, temos concentrado mais em acontecimentos oficiais em
detrimento de assuntos em que o sujeito da notícia são as nossas populações”,
sustentou.
Referiu que a ANG já perdeu muitos quadros
devido a dificuldades do órgão e que há o risco de se perder mais quadros.
A ANG funciona
actualmente com nove jornalistas, dois técnicos informáticos, um electricista e
oito pessoal administrativo, e com duas plataformas de divulgação das suas
produções : um blogue(angnoticias.blogspot.com) e um site(www.ang.gw).
Não tem internet próprio, utiliza uma linha wifi do Nô Pintcha muito precária,
que nem consegue abrir o site.
O órgão que, por lei,
é proibido de fazer publicidades, do Estado só recebe o pagamento de salários. ANG/AALS//SG
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