Assinado
terceiro Acordo de paz
Bissau, 07 Ago 19 (ANG) - O terceiro Acordo de
paz da História de Moçambique foi assinado terça-feira a tarde em Maputo entre o chefe de Estado,
Filipe Nyusi, e o presidente da Renamo, Ossufo Momade. Um documento tornado
possível após a assinatura no passado dia 1 no centro do país de um Acordo de
cessação de hostilidades.
Este é um documento que tem, desde já, os seus
calcanhares de Aquiles por um movimento de guerrilheiros da Renamo se opor à
liderança de Ossufo Momade e exigir até dia 17 a eleição de uma nova
presidência para o movimento da perdiz.
No entanto, no acto da assinatura esta
terça-feira, Ossufo Momade, reafirmou que "este acordo geral de paz é o
culminar assumido no dia 1 de agosto dia em que assinámos o acordo de cessação
das hostilidades militares".
Por seu lado, o chefe de Estado moçambicano, Filipe
Nyusi, declarou que "o acordo que acabámos de assinar é um acordo de
irmãos que chegaram definitivamente à consciência de que não há mais razão
continuarem a matarem-se. É um acordo que é prova que não queremos mais
guerra."
Tomaz Salomão, antigo secretário executivo da SADC,
Comunidade para o desenvolvimento da África austral, quer acreditar que "à
terceira é de vez" e que a paz veio para ficar em Moçambique.
"Creio que o facto de se assinar é o primeiro
passo e todos nós temos uma energia positiva e a crença de que desta vez
à terceiça é de vez", sublinhou, Tomaz Salomão.
Mirko Manzoni, embaixador da Suíça, em
Moçambique, presidente do grupo de contacto e representante do secretário geral
da ONU, comentou o acordo de paz dizendo estar " a viver um dia
verdadeiramente histórico e o acordo irá trazer uma paz duradouro ao povo
moçambicano."
No entanto, no último fim-de-semana, o general Mariano
Nhongo, da Junta militar da Renamo, rejeitou o acordo e alertou Momade que os
"militares" não estão do seu lado e têm a intenção de eleger um novo
Presidente do maior partido da oposição. ANG/RFI
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