Bissau,22 Ago 19(ANG) – O Governo guineense vai pagar salários em atraso aos professores até ao
início do novo ano letivo, que começa a 15 de setembro, prometeu quarta-feira,
em Lisboa, o Ministro da Educação do país.
Em
declarações em Lisboa à margem da cerimónia de assinatura de um protocolo para
o desenvolvimento sustentável do ensino na Guiné-Bissau, o ministro da Educação
Nacional e Ensino Superior, Dautarin
da Costa assegurou que "a
intenção do governo"é que os professores "recebam antes
do início do ano letivo" os salários que têm em atraso, reafirmando que o
Governo está "a prever que o ano letivo comece a 15 de setembro".
"A ideia é
regularizar esta situação antes do início do ano letivo para que possamos ter
uma base de confiança com os sindicatos e para que possamos caminhar para uma
estabilidade do sistema", afirmou o ministro.
Para o
responsável da pasta da educação guineense, no que respeita aos professores "as coisas estão bastante bem
encaminhadas".
Dautarin da Costa admitiu
que para assegurar "a estabilização" o governo tem de conseguir duas
coisas: a implementação do estatuto da carreira docente - "um instrumento que vai permitir a dignificação da
carreira" - e pagar algumas dívidas de salários dos
professores, que "não serão todos".
"A partir desse ponto poderemos criar uma relação de parceria com os
sindicatos e alguma estabilização no sistema", reforçou.
Questionado
sobre o montante, o governante referiu que se tratava de uma dívida "de
dois a três meses de salários, porque o acordo anterior estava a ser
cumprido".
"Temos a
identificação de cada caso e vamos começar a pagar brevemente. (...) Não é um
valor muito alto. Trata-se apenas de honrar um compromisso", frisou Dautarim da Costa.
Os
professores guineenses estiveram em greve entre outubro do ano passado e o
início de janeiro deste ano e milhares de alunos perderam o primeiro período do
ano letivo.
A greve
foi retomada em março, mas os três sindicatos decidiram pela sua suspensão para
dar então o "benefício da dúvida" ao Governo para cumprir o acordo
assinado e depois de ter sido publicado em Boletim Oficial a revisão do
estatuto de carreira docente.
Os
professores exigem agora o pagamento das dívidas salariais.
ANG/Lusa
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