terça-feira, 27 de agosto de 2019

Política


“Os problemas da Guiné-Bissau estão no sistema  político mal montado”, diz líder do PUN

Bissau,27 Ago 19(ANG) – O Presidente do Partido da Unidade Nacional(PUN) afirmou que os problemas da instabilidade cíclica que enfrenta a Guiné-Bissau não estão na população mas sim no seu sistema político mal montado.

Idriça Djaló em entrevista exclusiva concedida hoje à ANG, disse que  o sistema político mal montado está a constituir um perigo para a segurança nacional , quer colectivo quer individual.

“Por isso, desde a sua fundação, o Partido da Unidade Nacional sempre tem reflectido  sobre os problemas do país”, frisou.

Djaló sublinhou que o país precisa de reflexões do PUN para  encontrar as soluções  para uma estabilidade duradoira.

“As eleições presidenciais de 24 de Novembro podiam ser um fórum ideal para que possamos debater os problemas reais do país e dos motivos que nortearam a falta de estabilidade, paz e desenvolvimento, considerou.

O líder do PUN disse que são esses desideratos que irão ser o tema central da sua participação nas eleições presidenciais de 24 de Novembro.

O político sublinhou que o seu partido tem muito a dizer sobre o sistema político e instabilidade e formas de encontrar a paz e tranquilidade e de banir os males que  arruínam o país.

“Foi por causa da defesa desses valores que aceitei o desafiou de concorrer às eleições presidenciais de Novembro como candidato do PUN”, afirmou.

Instado a falar da posição do PUN sobre a polémica a volta do tipo do recenseamento que deve ser feito para às eleições presidenciais, Idriça Djaló respondeu que os guineenses gostam de criar os falsos problemas ou  esconder os problemas mais graves.

“A componente do recenseamento que se pretende fazer não devia ser objecto de debate, porque todos sabemos que acabamos de sair de eleições legislativas e foi realizada na base de um banco de dados e dos ficheiros constantes no Caderno Eleitoral e que foi aceite por todos os actores políticos”, salientou.

O líder do PUN sublinhou que foi o referido recenseamento que permitiu o país realizar as legislativas de Março passado, acrescentando que o mesmo Caderno Eleitoral e os bancos de dados podem servir, perfeitamente, para as presidenciais de Nevembro.

“O elemento novo que existe é que no momento em que votávamos para as legislativas, cerca de 25 mil nossos compatriotas que recensearam e quando chegou o momento de voto foram impedidos de  exercer porque as suas fichas não estavam completas”, referiu.

Disse que são  pessoas munidas de cartão de eleitor porque foram recenseados e por isso têm o direito  de votar como cidadãos guineenses. “Para nós será  um acto injusto deixar, mais uma vez, estas pessoas fora do processo”, frisou.

A direcção do PUN anunciou segunda-feira ter indigitado o seu líder, Idriça Djaló candidato do partido para as presidenciais de novembro próximo. ANG/ÂC//SG



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