Pequim acusa G7 de ingerência sobre Hong Kong
Bissau, 28 ago 19 (ANG) - A China disse terça-feira que está "extremamente infeliz" com
a declaração do G7 sobre Hong Kong, que pedia para evitar a violência no
território semi-autônomo depois de mais de dois meses de manifestações contra o
executivo pró-Pequim.
Falando à imprensa, Geng Shuang, ministro das Relações
Exteriores da China, disse que a situação na ex-colônia britânica era uma
questão para os assuntos internos da China e que nenhum "estado,
organização ou indivíduo tem o direito de fazer ingerências".
"Expressamos a nossa extrema insatisfação e firme oposição
à declaração feita pelos líderes do G7 sobre os assuntos de Hong Kong",
disse Geng.
A China está pedindo aos membros do G7 que "parem de abrigar más intenções, de colocar seus narizes nos assuntos alheios e de preparar secretamente atividades ilegais", acrescentou.
A China está pedindo aos membros do G7 que "parem de abrigar más intenções, de colocar seus narizes nos assuntos alheios e de preparar secretamente atividades ilegais", acrescentou.
Em sua declaração final após três dias de cúpula em Biarritz, os
sete reafirmaram "a existência e a importância da declaração
sino-britânica de 1984 sobre Hong Kong" e apelaram "a evitar a
violência".
A declaração de 1984, que presidiu à rendição de Hong Kong à
China em 1997, garante por 50 anos um status de autonomia do território, sob o
princípio de "um país - dois sistemas".
Os manifestantes que protestam desda o início de junho nas ruas da metrópole acusam Pequim de
gradativamente começar a cortar esse status de autonomia e ameaçar as
liberdades em Hong Kong.
Geng disse que a declaração de 1984 "confirma que a China
restaurará a soberania sobre Hong Kong", inicialmente entregue a Londres
no século XIX.ANG/RFI
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