Líder
do PAIGC diz estar disponível para o cargo caso partido assim queira
Bissau 15 Ago 19 (ANG) – O
Presidente do Partido Africano da Independência da Guine e Cabo-Verde
(PAIGC),garantiu esta semana estar disponível para avançar para as eleições
Presidenciais de 24 de Novembro, caso o seu partido assim o decidir.
Domingos Simões Pereira
citado pela emissora alemã Doche Wella disse que desde logo criou esta
expectativa aos guineenses, frisando que por isso não pode virar a cara à luta.
Pereira afirma que as sensibilidades existentes no PAIGC saberão
interpretar a sua disponibilidade, tendo assegurado que a decisão sobre quem será o candidato do partido às eleições presidenciais
será conhecida dentro de poucos dias.
“Estamos à 10 dias de tomar
esta decisão e posso garantir que dentro deste partido e de acordo com ele
vamos ter uma reunião do presídio para estabelecer a agenda da Comissão Permanente”,
disse.
De acordo com o político,
uma proposta será apresentada ao Bureu Político do PAIGC e caberá o Comité
Central deliberar sobre o candidato a escolher, salientando que ainda é cedo
para avançar com as propostas concretas, tendo avançado que não será necessário
mudar a Constituição para alterar o regime semipresidencialista, frisando que
este sistema é mais democrático do que os outros sistemas.
Para Simões Pereira, o
Presidente da República deve ser uma figura que promove o diálogo permanente com
todos em busca de consensos que favoreçam a construção da Nação guineense.
Simões Pereira admite que o principal adversário poderá ser o
Presidente da República cessante José Mário Vaz.
O líder do PAIGC disse que,
em termos pessoais, não sentiu atingido pela não nomeação para o cargo de
Primeiro-ministro mas que enquanto cidadão sentiu-se atingido, tendo afirmado
que é um claro atentado às regras democráticas.
Considera que um Chefe de Estado que não aceita aquilo que é
o resultado de uma eleição legislativa, não tem condições para contribuir para a consolidação democrática.
“O exercício das funções públicas
obriga a uma preparação de cada um dos titulares, para compreender que está a desempenhar uma missão
e não a escolher aquilo que é o mais conveniente para ele porque nenhum de nós
foi escolhido para gostar ou não do outro”, frisa DSP como também é conhecido o
líder do PAIGC.
Disse não estar preocupado com a candidatura
independente do ex-Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior(Cadogo filho),que
mantém a condição de militante do partido.
“Se é essa a condição que o Cadogo apresenta
como candidato as presidenciais deve ter o seu respeito e consideração. Espera-se
que também no uso das suas liberdades o povo guineense saiba decidir se ele tem
condições para o efeito ou não”, sublinhou.
Domingos Simões Pereira, que
regressou na terça-feira ao país, estabeleceu contactos com varias entidades da
diáspora guineense em Portugal, com os quais reflectiu sobre a situação, política,
social e económica da Guiné-Bissau. ANG/MSC//SG
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