quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Presidenciais 2019


 Líder do PAIGC diz estar disponível para o cargo caso partido assim queira

Bissau 15 Ago 19 (ANG) – O Presidente do Partido Africano da Independência da Guine e Cabo-Verde (PAIGC),garantiu esta semana estar disponível para avançar para as eleições Presidenciais de 24 de Novembro, caso o seu partido assim o decidir.

Domingos Simões Pereira citado pela emissora alemã Doche Wella disse que desde logo criou esta expectativa aos guineenses, frisando que por isso não pode virar a cara à luta.

 Pereira afirma que  as sensibilidades existentes no PAIGC saberão interpretar a sua disponibilidade, tendo assegurado que a decisão sobre  quem será o candidato do partido às eleições presidenciais será conhecida dentro de poucos dias.

“Estamos à 10 dias de tomar esta decisão e posso garantir que dentro deste partido e de acordo com ele vamos ter uma reunião do presídio para estabelecer a agenda da Comissão Permanente”, disse.

De acordo com o político, uma proposta será apresentada ao Bureu Político do PAIGC e caberá o Comité Central deliberar sobre o candidato a escolher, salientando que ainda é cedo para avançar com as propostas concretas, tendo avançado que não será necessário mudar a Constituição para alterar o regime semipresidencialista, frisando que este sistema é mais democrático do que os outros sistemas.

Para Simões Pereira, o Presidente da República deve ser uma figura que promove o diálogo permanente com todos em busca de consensos que favoreçam a construção da Nação guineense.

Simões Pereira  admite que o principal adversário poderá ser o Presidente da República cessante José Mário Vaz.

O líder do PAIGC disse que, em termos pessoais, não sentiu atingido pela não nomeação para o cargo de Primeiro-ministro mas que enquanto cidadão sentiu-se atingido, tendo afirmado que é um claro atentado às regras democráticas.

Considera que  um Chefe de Estado que não aceita aquilo que é o resultado de uma eleição legislativa, não tem  condições para contribuir para a consolidação democrática.

“O exercício das funções públicas obriga a uma preparação de cada um dos titulares, para  compreender que está a desempenhar uma missão e não a escolher aquilo que é o mais conveniente para ele porque nenhum de nós foi escolhido para gostar ou não do outro”, frisa DSP como também é conhecido o líder do PAIGC.

Disse não  estar preocupado com a candidatura independente do ex-Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior(Cadogo filho),que mantém a condição de militante do partido.

 “Se é essa a condição que o Cadogo apresenta como candidato as presidenciais deve ter o seu respeito e consideração. Espera-se que também no uso das suas liberdades o povo guineense saiba decidir se ele tem condições para o efeito ou não”, sublinhou.

Domingos Simões Pereira, que regressou na terça-feira ao país, estabeleceu contactos com varias entidades da diáspora guineense em Portugal, com os quais reflectiu sobre a situação, política, social e económica da Guiné-Bissau. ANG/MSC//SG

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