Drama em 2 navios humanitários
Bissau, 15 ago 19 (ANG) - Continua o drama dos migrantes nos
barcos humanitários Open Arms e Ocean Viking, à procura de países para acolher
pelo menos 500 pessoas.
Os navios estão entre portos do Mediterrâneo,
na Itália, Malta, Grécia e ilhas próximas da Turquia. Os países não
parecem dispostos a acolher os migrantes, uma tragédia e desumanidade,
segundo um economista português investigador de questões económicas europeias.
Ninguém está em condições de fornecer informações concretas e
críveis sobre a tragédia que se passa com cerca e 500 migrantes de dois
navios humanitários, Ocean Viking e Open Arms, sem paradeiro certo no Mediterrâneo.
As embarcações têm estado entre as costas da Itália, de Malta,
da Grécia e de ilhas próximas da Turquia, mas ainda não há uma estratégia bem
definida que países vão acolher os malogrados migrantes e imigrantes muitos
africanos.
O Alto Comissariado da ONU para os refugiados, já reagiu dizendo
que a situação é grave e que a Grécia, por exemplo, não está em condições de
acolher mais migrantes pelo que apela à solidariedades de outros países
europeus.
Em pleno período de férias de verão, não há vozes autorizadas no
seio da União europeia para avançar com soluções concretas. Aliás há ma divisão
na Europa.
Na Itália, o ministro do Interior, o homem político forte
italiano, da direita dura, continua em campanha para tomar as rédeas do país e
uma das suas armas é a condenação da migração e imigração clandestina.
A Organização médica humanitária internacional, Médicos Sem
Fronteiras emitiu no fim do dia um comunicado afirmando que trabalha em
conjunto com a SOS Mediterrâneo, francesa, na gestão do problema em torno do
navio Ocean Viking.
Exigem que seja "providenciado quanto antes um porto seguro
para o desembarque das 356 pessoas socorridas nas águas internacionais do
Mediterrâneo Central, ao largo da Líbia, entre 9 e 12 de agosto, e que se
encontram agora a bordo do barco de buscas e salvamento."
As duas ONG's humanitárias já pediram às autoridades marítimas
de Malta e de Itália, "para assumirem a coordenação e apoio necessários a
que se identifique um porto seguro para o desembarque, uma vez que são os mais
próximos centros de coordenação existentes com capacidade para prestar esta
assistência".
São portanto, apelos e medidas de intenções mas sem que haja
nada de concreto para salvar os 500 migrantes dos barcos Ocean Viking e Open
Arms, o que é "uma tragédia, uma desumanidade que se passa na
Europa", segundo o economista português, José Reis, investigador de
assuntos económicos europeus.ANG/RFI
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