Países do G7
concordam em dar apoio “o mais rápido possível”
Bissau, 26 ago 19 (ANG) - As sete potências reunidas na cúpula
do G7, em Biarritz, concordaram no domingo (25) em “ajudar os países atingidos”
pelos incêndios na Amazônia “o mais rapidamente possível”.
A “emergência climática”
foi inserida no tópico “combate às desigualdades”, um dos três temas principais
do evento, além de segurança e economia.
Em uma entrevista, o presidente francês lembrou que a Colômbia
fez um pedido de ajuda à comunidade internacional para enfrentar o problema.
“Nós devemos nos mostrar presentes. Devemos finalizar isso”, disse Macron,
ressaltando que “há contatos” sendo feitos pela França “com todos os países da
Amazônia”, para disponibilizar “meios técnicos e financeiros”. Macron lembrou
que a França é um dos nove países amazônicos, graças à Guiana Francesa.
O objetivo do governo francês é hegar a um consenso sobre
uma ajuda financeira para os países sul-americanos combaterem o
desmatamento e promoverem o reflorestamento.
O presidente sublinhou a necessidade de recuperar as áreas
afetadas, apesar dos desafios que a questão coloca em termos de soberania
nacional, “que é perfeitamente legítima”.
“Respeitando a soberania, nós devemos ter um objetivo de
reflorestamento. A importância da Amazônia para esses países e para a
comunidade internacional é tão grande em termos de biodiversidade, oxigênio e
luta contra as mudanças climáticas, que precisamos proceder o reflorestamento”,
explicou Macron. Os diálogos nesse sentido vão continuar na cúpula,
frisou.
No sábado (24), em um discurso de lançamento da cúpula, Macron
declarou “a Amazónia é nosso bem comum” . “Estamos todos envolvidos, e a
França está provavelmente mais do que outros que estarão nessa mesa [do G7],
porque nós somos amazônicos”, afirmou o presidente francês.
Neste sábado (24), o presidente da Colômbia, Iván Duque, pediu
recursos à comunidade internacional para preservar a Amazônia.
"Quero (...) fazer
um chamado à comunidade internacional para que entenda que não é somente com
discursos, mas que também se requerem recursos e apoio científico para a
preservação de nosso pulmão amazônico", disse o presidente, em um evento
público na cidade de Cali (sudoeste).
Depois de conversar por telefone com o presidente Jair
Bolsonaro, Duque informou que os fundos também servirão para enfrentar o crime
transnacional associado ao tráfico de espécies no "pulmão do mundo".
Ele disse que solicitará aos países que compartilham a Amazônia que adotem uma
"declaração conjunta" para resguardar a biodiversidade da maior
floresta tropical do planeta.
A Colômbia não foi afetada até o momento pelas chamas, e
compartilha a Amazônia com Peru, Bolívia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa,
Suriname e Equador.
Segundo o Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre quinta e sexta-feira foram
registrados um total de 1.663 incêndios no país, o que motivou o envio de
tropas à zona para combater o fogo.ANG/RFI
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