Renamo
distancia-se das ameaças da junta militar
Bissau, 29 ago 19 (ANG) -
A Renamo distancia-se das ameaças de inviabilização do processo
eleitoral da junta militar e apela por isso ao bom senso do grupo dos mesmos
assim como considera ser papel do Governo defender o país deste tipo de
ameaças.
“As declarações do presidente da Junta Militar são nocivas para
a paz e para a reconciliação nacional cujo acordo foi assinado no início do mês”,
considera o Porta-voz da Renamo, José Manteigas, para quem a defesa da nação é
dever do Estado mas apela ao bom senso dos guerrilheiros liderado pelo tenente
general Mariano Nhongo que ameaçam inviabilizar o processo eleitoral, caso o
governo não aceite negociar, com eles, o
processo de desmilitarização, desmobilização e reintegração.
A Renamo, principal partido da oposição, distancia-se assim das
ameaças da junta militar e garante que vai concorrer às eleições gerais de 15
de Outubro tendo Ossufo Momade como candidato presidencial.
Antes do arranque da campanha eleitoral com vista as eleições
gerais marcadas para 15 de Outubro, em Moçambique, o presidente da Junta
militar da Renamo ameaçou inviabilizar a realização de todo o processo, caso o
governo não aceite dialogar com o grupo armado.
Em entrevista telefónica à RFI, o tenente general, Mariano
Nhongo foi claro: "Se não conversarem connosco, campanha não há-de haver e
nós vamos lutar convosco".
A Junta militar reitera na voz do seu presidente que não
reconhece os acordos de cessação das hostilidades e de paz e reconciliação
nacional.ANG/RFI
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