quarta-feira, 8 de abril de 2020


Covid-19/OMS critica racismo de cientistas que querem África como terreno de testes

Bissau,08 Abr.20(ANG) -  O director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) condenou os "comentários racistas" de pesquisadores que se referiram à África como "um campo de testes" para uma potencial vacina contra a Covid-19, denunciando "o legado de uma mentalidade colonial".
"Esses tipos de comentários racistas não contribuem em nada para avançar. Vão contra o espírito de solidariedade. A África não pode e não será um campo de testes para nenhuma vacina", disse na segunda-feira Tedros Adhanom Ghebreyesus, ex-chefe de diplomacia Etíope, durante uma conferência de imprensa virtual.
"O legado da mentalidade colonial deve acabar", acrescentou.
Embora não tenha especificado a quais cientistas se referia, em França e nalguns países de África surgiu, na semana passada, uma polémica após um diálogo entre o director de pesquisa do Instituto Francês de Pesquisa Médica (INSERM), Camille Locht, e o chefe de serviço de medicina intensiva do hospital Cochin em Paris,Jean-Paul Mira, no canal LCI.
Na sequência desta conversa, Locht foi questionado sobre os estudos realizados para encontrar uma vacina contra a Covid-19.
Jean-Paul Mira perguntou-lhe: "Se posso ser provocativo, não deveríamos fazer este estudo em África, onde não há máscaras ou tratamento ou reanimação, como foi feito em alguns estudos da sida? (...) O que acha?". O cientista o respondeu: "Você tem razão. (...) Estamos a pensar, paralelamente, sobre um estudo em África com o mesmo enfoque, o que não significa que não possamos também pensar num estudo na Europa e na Austrália”.
As declarações causaram tanta polémica que ambos pediram desculpas e foram condenados por associações e pelo ministério francês dos Negócios Estrangeiros.
"É vergonhoso e horrível ouvir cientistas fazerem este tipo de declaração em pleno século XXI", enfatizou o chefe da OMS.
Personalidades francesas e africanas, como o futebolista ivoiriense Didier Drogba e o camaronês Samuel Etóo, reagiram, assim como a associação SOS Racismo, que pediu a intervenção do Conselho Superior do Audiovisual de França contra o programa.ANG/Angop

terça-feira, 7 de abril de 2020


Dia Mundial de Saúde/ Médico dos Cuidados Intensivos reconhece “enorme défice” no sistema de saúde do país

Bissau, 07 Abr 20 (ANG)  - O Médico dos Cuidados Intensivos do Hospital Nacional Simões Mendes qualificou de deficitário o sistema de saúde da Guiné-Bissau,uma vez que até hoje não se sabe o que se quer nesse campo.

Nboma Sanca numa entrevista exclusiva à ANG no âmbito do Dia Mundial de saúde que se assinala hoje em todo o planeta, disse que, se as autoridades de saúde não traçarem um objectivo para as conquistas que pretendem no campo sanitário, o país não vai conseguir atingir o patamar que todos os guineenses esperam do sector.

“Temos deficiência em todos os sentidos, como afirmei atrás, temos um sistema de saúde que desde a independência está a tentar erguer-se em vão, principalmente, neste momento em que o mundo está a ser assolado pela pandemia de Coronavírus. Por isso, o dia de hoje deve servir de reflexão ,mas, acima de tudo, para criar estratégias para o combate ao Covid-19”,disse.

Sanca frisou que a Guiné-Bissau ainda continua a sentir  imensamente pelo défice de saúde, salientando que todos pagam caro por isso, começando pelos profissionais da área que são distribuídos de maneira desigual, porque continua a haver localidades no território nacional sem cobertura sanitária enquanto que há grande número de técnicos aglomerados em Bissau .

Sanca disse que actualmente não se sabe, em diferentes especialidades  de saúde, quantos técnicos é que existem, e de quanto se vai precisar  daqui por exemplo, há 10 anos, tendo chamado a atenção para a reciclagem permanente para se estar sempre actualizado.

Para o médico, a falta de meios de trabalho fazem aumentar o número de pessoas que procuram a Junta Médica para irem tratar no exterior, uma vez que o sistema de saúde nacional está totalmente desacreditado, sem equipamentos, praticamente, nomeadamente de diagnósticos e outros materiais indispensáveis  para o trabalho diário.

“Se falamos das infraestruturas, são na sua maioria obsoletas, danificadas ou já não respondem as demandas de saúde actual porque a maioria dos guineenses procuram o Hospital Nacional Simão Mendes, mesmo com patologia que podem ser tratados nos centros de saúde locais. Ou seja não há uma linha orientadora ou se existir esta só no papel”,alerta o médico.

Nboma Sanca disse que a solução passa por delinear uma estratégia de saúde por parte das autoridades e conhecer as grande deficiências do sector, nomeadamente a formação e reciclagem dos técnico, monitorizamento, gestão dos recursos humanos, máquinas para fazer grandes diagnósticos, entre outros.

Considerou que  não se deve resumir a actuação somente no tratamento do paludismo, acrescentando que deve-se pensar igualmente no combate as outras doenças: casos de hipertensão que está a aumentar no país.

Disse que o sistema de saúde deve ser capaz de detectar as doenças na sua fase inicial a aí terá grande probabilidade de ser combatida.

Sanca alertou a população guineense a tomar o Coronavirus como uma doença real e séria, frisando  que com todas a fragilidades do sistema de saúde apontada, a solução passa pela prevenção, lavar as mãos, evitar lugares com muita gente, cumprir a ordem do Estado de Emergência, tendo chamado a atenção as forças de segurança no sentido de ajudar o Povo neste momento difícil, e não  o amedrontar.

“Quero lembrar aos guineenses que apesar de Coronavirus ser muito mediatizado devem preocupar igualmente com as outras doenças já existente porque  não desapareceram com a chegada do Covid-19”,aconselhou.

O Dia Mundial de Saúde que se celebra hoje foi instituído em 1948 e a partir desta data a Organização Mundial de Saúde (OMS), decidiu comemorar a efeméride, mas a data foi comemorado pela primeira vez em 1950 com o objectivo de consciencializar a população a respeito de qualidade de vida e dos diferentes factores que afectam a saúde populacional.

Este ano a Organização das Nações Unidas (ONU), decidiu homenagear os profissionais de saúde e a administração que trabalham noite e dia para manter a saúde e que colocam as suas vidas em risco como acontece actualmente com a chegada da pandemia. ANG/MSC/ÂC//SG






Bissau, 07 abr 20 (ANG) - O número de pessoas infetadas pelo novo coronavírus na Guiné-Bissau subiu de 18 para 33, anunciaram as autoridades sanitárias, que alertaram que os casos podem aumentar.

A informação foi avançada na conferência de imprensa diária de balanço da evolução da doença pelos médicos Tumane Baldé e Dionísio Cumba, do Centro Operacional de Emergência em Saúde (COES), instituição criada pelas autoridades para lidar com a pandemia de covid-19 na Guiné-Bissau.

As análises feitas nas últimas 24 horas no Laboratório Nacional da Saúde Pública, em Bissau, determinaram que 15 pessoas (nove do sexo masculino e seis do sexo feminino) testaram positivo, indicou Tumane Baldé.

O responsável admitiu ser uma "subida drástica que poderá continuar a ser verificada nos próximos dias", dada a forma como os guineenses estão a encarar a doença.

Uma das fontes de infeção na Guiné-Bissau é um empresário português que esteve no país, estando agora as autoridades sanitárias a rastrear todos os contactos que manteve antes de voltar para Portugal, observou Baldé.

Todos os 33 infetados são pessoas residentes em Bissau, notou Tumane Baldé.

Dionísio Cumba, outro médico da equipa do COES, indicou que dos 33 infetados já confirmados, a maioria são pessoas jovens, com idades entre 20 e os 36 anos. Estão ainda infetados uma criança de oito anos e um adulto de 59 anos.

Existe também uma lista de 35 pessoas suspeitas, cujos resultados das análises serão conhecidos na terça-feira.

No âmbito do combate ao novo coronavírus, as autoridades guineenses declararam o estado de emergência, bem como o encerramento das fronteiras aéreas, terrestres e marítimas na Guiné-Bissau, medidas que foram acompanhadas de uma série de outras restrições à semelhança do que está a acontecer em vários países do mundo.

Uma das restrições só permite que as pessoas circulem entre 07:00 e as 11:00 locais (menos uma hora que em Lisboa).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Segundo o boletim do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana, a covid-19 já provocou no continente africano 414 mortos e há 9.198 casos confirmados.

O CDC registou também 813 doentes recuperados após a infeção.ANG/Lusa




Bissau,07 Abr.20(ANG) - A Guiné-Bissau tem ventiladores para assistir doentes com o novo coronavírus podem é ser insuficientes para atender a toda gente, disse segunda-feira à Lusa, um responsável pela estrutura sanitária de controlo e combate à pandemia, Tumane Baldé.

Nos últimos dias têm surgido informações  de guineenses que criticam nas rdes sociais a resposta do país à doença, referindo, por exemplo, que não existem ventiladores no hospital Simão Mendes, centro de internamento e de tratamento de doentes com a covid-19.

“Há ventiladores, naturalmente, podem não ser suficientes, como é o caso de outros países do mundo”, declarou Tumane Baldé, antigo ministro e um dos elementos do COES (Centro Operacional de Emergência de Saúde), entidade criada pelas autoridades para lidar com a pandemia.

Tumane Baldé indicou que neste momento nenhum dos infetados precisa de apoio do ventilador, mas se for preciso o país terá respostas.

O responsável adiantou ainda que os infetados poderão ser transferidos das suas residências para o centro de internamento no Simão Mendes e admitiu que alguns “apresentam resistências para serem transferidos”.

Uma equipa de técnicos psicossociais será enviada às residências daquelas pessoas para as sensibilizar sobre a necessidade de serem levadas para o Simão Mendes, defendeu Tumane Baldé.

Desmentiu também as informações que circulam no país em como quatro cidadãos estrangeiros estariam infetados na localidade de Mansoa, a 60 quilómetros de Bissau, frisando que apenas os exames laboratoriais poderão definir quem está ou não infetado.

A Guiné-Bissau confirmou os dois primeiros casos de covid-19 a 25 de março, tendo atualmente 33 infetados.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 68 mil.

Dos casos de infeção, mais de 238 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.ANG/Lusa




Bissau,07 Abr 20(ANG) - A prevenção do Coronavírus cujos casos aumentaram drasticamente no país, motivou o cancelamento da XIª Edição do Festival de Bubaque marcada para o dia 10, 11 e 12 do corrente mês de Abril.

Em conferência de imprensa, realizada segunda-feira, o músico guineense, José Manuel Fortes, Secretario Executivo do referido festival, afirma que no dia 11 do mês corrente, os guineenses em isolamento social serão animados pelos músicos convidados para o festival de Bubaque, a partir do seu estúdio de gravação musical através de retransmissão, em directo, pelas redes sociais.

“Todos os anos é organizado o festival em Bubaque nesta época e junta milhares de pessoas. Entretanto, para este ano, a Comissão organizadora do Festival de Bubaque disse que a animação dos músicos será em directo nas redes sociais e os trabalhos serão acompanhados com a oferta de alguns materiais higiénicos contra a COVID-19”, informou.

José Manuel Fortes sublinhou que vão fazer com que  aqueles que estão em casa sintam o festival de Bubaque presente em suas casas.

O Presidente da Comissão Organizadora, Nicolau Gomes da Cruz Almeida, explica que os materiais higiénicos serão ofertados na ilha de Bubaque, sul do país.

“Estamos a coordenar com a Directora do Hospital de Bubaque que vai mandar uma videta porque os transportes não estão a funcionar .Portanto, o festival  ficou adiado para o próximo ano mas os  músicos que estariam no festival vão actuar nos estúdios do Zé Manel no dia 11 do corrente e essa actuação será acompanhada, em directo, através das redes sociais”, disse Nicolau Almeida.

O festival de Bubaque tem sido um polo de atração turística no período de festividades anual da Páscoa, envolvendo várias actividades culturais, desportuvas e académicas e personalidades nacionais e internacionais ligadas à vários domínios do saber. ANG/Rádio Sol Mansi




Secretário de Estado da Ordem Pública 

Bissau,07 Abr.20(ANG) - O Secretário de Estado da Ordem Pública, Mário Fambé, disse que a colocação de polícias nas ruas visa "fazer cumprir o estado de emergência em vigor" no país e pediu desculpas pela atuação de alguns agentes.

"Quem trabalha erra e, por isso, pedimos desculpas", disse Mário Fambé durante uma conferência de imprensa realizada  segunda-feira, em Bissau.

O secretário de Estado garantiu que os agentes que se envolveram em atos de violência foram identificados e serão responsabilizados, assegurando ainda que já se reuniu com todas as brigadas das forças de ordem pública para as sensibilizar sobre a forma de atuar.

Entretanto, Fambé exortou a população a ficar em casa depois da hora indicada no decreto governamental que regulamenta o estado de emergência nacional.

As autoridades  acusam os populares de não estarem a respeitar o estado de emergência em vigor, que obriga as pessoas a ficarem em casa e a manter o distanciamento social. No domingo, a polícia usou da força para reprimir quem andava nas ruas.

"Eu vi com os meus olhos polícias a impedir qualquer um de circular pelas ruas com brutalidade. Estava a sair do hospital Simão Mendes para a minha casa, quando disseram que não podia sair do hospital. Disse-lhe que fui fazer o que as autoridades não fazem, que é levar a comida às pessoas internadas, cujas famílias não têm como chegar ao hospital devido às restrições de circulação e de liberdades", disse o futebolista guineense Saná Camará.

Para conter a propagação do novo coronavírus, as autoridades guineenses determinaram várias medidas, ao abrigo do estado de emergência, nomeadamente o confinamento social e a limitação de circulação de pessoas e viaturas entre as 07:00h e as 11:00h locais.

Durante o fim de semana, várias pessoas relataram nas redes sociais terem sido agredidas pela polícia, que as obrigava até a entrarem para as suas casas, quando se encontravam na varanda.

O líder do Movimento Guineense para o Desenvolvimento (MGD), Umaro Djau, criticou a falta de informação e sensibilização por parte das autoridades competentes, que não estão a dar o rosto no combate à doença.

"O povo guineense precisa de ver as suas autoridades (executivas, sanitárias e políticas) todos os dias, comunicando-lhe claramente sobre o seu empenho, a sua visão e estratégia no combate e prevenção contra o coronavírus. E, tal como nos EUA, o rosto desta crise tem que ser uma figura de autoridade! Tem que ser um conjunto de pessoas que possa informar coerentemente o povo, demonstrar-lhe que todos os esforços estão a ser feitos e, finalmente, assegurar-lhe que 'tudo vai dar certo' mesmo face às incertezas. Pelo menos, este seria um serviço mínimo ao país", afirmou o jornalista a viver nos Estados Unidos de América.

Para o ativista Sumaila Jaló, as autoridades deveriam repensar o estado de emergência, tendo em conta a realidade de agrupamento familiar na Guiné-Bissau.

"Poucas famílias têm hábito de cada um comer num prato pessoal. Não é porque não querem, mas porque as refeições não dão para cada um se servir à parte", lembra.

"90% das habitações têm casas de banho partilhadas por moradores de uma casa ou até de uma comunidade. Ter acesso à água potável [canalizada] é dos maiores privilégios que as famílias podem ter, sendo que, em algumas ruas ou comunidades, o próprio poço de água é partilhado. Nem todos os bairros da própria capital Bissau têm mercados locais, e poucas famílias sabem como funciona um frigorífico, onde podiam conservar alimentos para muitos dias".ANG/DW


segunda-feira, 6 de abril de 2020


Covid-19/ “Estado de Emergência não é carta branca para pratica de violência contra cidadãos””, diz a  LGDH

Bissau, 06 Abr 20 (ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH),fez saber no Domingo  que tem recebido denúncias de pratica de actos ilícitos e agressões físicas brutais contra os cidadãos no âmbito da execução das medidas de preventivas contra Coronavírus.

De acordo com um comunicado à que a ANG teve acesso, a LGDH informa que no quadro da sua missão de promoção dos direitos humanos, as estruturas regionais da organização tem recebido denúncias de práticas de atos ilícitos perpetrados pelas autoridades policiais, em várias regiões da Guiné-Bissau no âmbito de execução das medidas de prevenção contra Coronavírus.

“Segundo as informações recolhidas pelos nossos ativistas, alguns agentes de policia estão a apreender motorizadas e bicicletas dos cidadãos que utilizam estes meios para a locomoção para facilitar as suas deslocações entre aldeias e cidades “,frisa a nota sem mencionar os locais.

O comunicado refere que, de acordo com a mesmas fontes, as autoridades policiais estão a cobrar 23.000 mil francos CFA por cada motorizada apreendida e 2.500 por bicicletas, agravando ainda mais a dificil situação social e económica por que passam a população guineense neste momento.

Para além das práticas ilícitas mencionadas, segundo a Liga, as forças de segurança estão a exercer violência física contra os cidadãos  que supostamente desrespeitassem as regras de confinamento e distanciamento social, decretadas pelas autoridades nacionais.

“Em Bissau por exemplo, multiplicam-se casos de agressões brutais de cidadãos perpetradas pelas forças de segurança e repudiamos com veemência estes comportamentos ilegais e abusivas, por traduzirem uma afronta a dignidade da pessoa humana”,lê-se no comunicado.

Na missiva a organização que defende os direitos humanos, alerta que é preciso que as forças de segurança compreendam, uma vez por todas, que o “Estado de Emergência não é uma Carta Branca para Intimidações e Violações dos Direitos Humanos , salientando que é urgente que a corporação policial adopte a abordagem pedagógica e de sensibilização dos cidadãos sobre o perigo do covid-19 , do que enveredar-se à prática de violência.

Aos guineenses, segundo o comunicado, a LGDH apela ao cumprimento rigoroso das medidas restritivas adoptadas pelas autoridades nacionais no quadro de prevenção desta perigosa doença.ANG/MSC/ÂC//SG


Bissau,06 Abr. 20(ANG) - O Porta-voz da Comissão interministerial de combate a Coronavirus, Tumane Baldé, afirmou no domingo, que o número das pessoas infectadas mantem-se em 18  mas que o numero de suspeitas com Covid-19  subiu para sessenta(60) .
Em conferência de imprensa, no quadro da informação epidemiológica diária sobre a evolução do COVID-19 na Guiné Bissau, Tumane Baldé revelou que a equipa de resposta rápida do Setor Autónimo de Bissau(SAB) rastreou quatrocentas e sessenta (460) pessoas que provavelmente teriam tido contacto com os casos confirmados.

Deste número,  há suspeitas de 60 pessoas com sintomatologia do Coronavirus, das quais foram feitas dez recolhas de amostras enviadas para o laboratório nacional onde já tiveram resultados de sete amostras  negativas e três inconclusivas.

Revelou que o tratamento que está a ser submetido aos pacientes com doença do Coronavirus não é específico, cada um está a ter tratamento em função de sintomas que apresenta e garantiu que ainda não há pacientes com “graves problemas”.

Relativamente à informação que dava conta de uma análise feita a um grupo de pessoas que teria  tido algum contato com um dos infetados, Tumane Baldé esclareceu que o Laboratório Nacional de Saúde Pública(LNSP) é a única entidade habilitada a confirmar ou não o diagnóstico do COVID-19 na Guiné Bissau, apesar do envolvimento das estruturas laboratoriais privadas no que toca às  análises rápidas.

“Os testes rápidos para o diagnóstico do COVID-19, não são reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde(OMS) e o Laboratório Nacional de Saúde Pública é o único que pode confirmar o diagnóstico do Coronavirus”, realçou.

O governo da Guiné-Bissau regulamentou a aplicação do estado de emergência limitando aos cidadãos de alguns direitos e liberdades no quadro da luta contra a transmissão e propagação da pandemia da doença Coronavírus (covid-19).

O documento foi aprovado no dia 28 de março último e promulgado no dia 01 de abril de 2020 pelo chefe de Estado, Úmaro Sissoco Embaló.ANG/O Democrata



     Covid-19/Senegal prolonga estado de emergência por mais 30 dias

Bissau,06 Abr.20(ANG) - - O presidente do Senegal, Macky Sall, prolongou por mais 30 dias o estado de emergência instaurado em todo o território devido à pandemia da Covid-19, anunciaram os meios de comunicação senegaleses.
O estado de emergência anunciado pela primeira vez a 23 de Março inclui o recolher obrigatório entre as 20h00 e as 6h00 locais (mesma hora em Bissau).
O apresentador do telejornal da televisão pública senegalesa leu no sábado à noite o decreto do prolongamento, datado de 03 de Abril.
O estado de emergência permite às autoridades regular ou proibir as deslocações de bens e de pessoas bem como os ajuntamentos,  fechar provisoriamente locais públicos e de reunião, proibir a circulação de aviões e de embarcações,  regular os pontos de entrada e de saída do território, ou ainda confinar pessoas em casa.
As autoridades impuseram efectivamente em grande parte tais medidas, em determinados casos antes da instauração do estado de emergência.
As autoridades proibiram  reuniões,  orações colectivas e a circulação entre cidades e suspenderam quase todo o tráfego aéreo.
O Senegal evitou até agora o confinamento porque representaria um desafio considerável num país pobre em que boa parte da população vive de o dia a dia.
Desde 02 de Março, as autoridades senegalesas declararam oficialmente 219 casos de contágio da Covid-19 e dois mortos.ANG/Angop




Bissau,06 Abr.20(ANG) - Uma falsa mensagem sobre os riscos de contágio pelo novo coronavirus levou no Domingo os guineenses a ficarem em casa, numa altura em que as autoridades endureceram medidas de repressão para obrigar as pessoas a respeitarem o confinamento social
 
Logo nas primeiras horas de domingo circularam menagens, pelas redes sociais, em como um recém-nascido, filho de um conhecido jornalista, teria avisado que quem saísse à rua, antes das 10:00 horas, seria contaminado pela covid-19.

A falsa notícia foi tema de todas as conversas durante as primeiras horas de domingo, com amigos, familiares e conhecidos em frenéticas chamadas telefónicas, com avisos para as pessoas não saírem de casa.

Os jornalistas eram as principais fontes de informação, para confirmar se na verdade existiu a recomendação da criança recém-nascida e de que forma poderia ocorrer um hipotético contágio em caso de alguém sair de casa antes das 10:00.

A porta-voz Aissatu Djaló do Comité Operacional de Emergência em Saúde (COES), estrutura criada pelas autoridades para lidar com o novo coronavírus na Guiné-Bissau, lamentou o sucedido, afirmando que os guineenses acreditam mais em notícias falsas do que na ciência.

“Infelizmente, desde a madrugada de hoje Domingo está a circular de boca a boca a falsa notícia de que nasceu uma criança mensageira no Hospital Nacional Simão Mendes, trazendo a seguinte notícia: Fiquem em casa e não abram a porta da casa até às 10:00″, e que depois de ter anunciado a tal nova, morreu”, escreveu na sua página de Facebook, Aissatu Djaló.

A porta-voz do COES observou ainda que os guineenses “acreditam mais nas notícias falsas, com base em explicações sobrenaturais do que na ciência”.

“O que é verdade é que existe coronavírus no país e as pessoas devem respeitar as recomendações” da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde Pública, sublinhou a responsável.

Em cumprimento da medida de confinamento social, a polícia e a Guarda Nacional estão nas ruas de Bissau e nas cidades do interior, recorrendo às vezes à força para obrigar as pessoas a ficarem casa.

Até ao momento, a Guiné-Bissau tem registados 18 casos de infeção pelo novo coronavírus e 37 pessoas estão em análise por suspeitas de estarem também infectadas.ANG/Lusa



                   Covid-19/África ultrapassa 8.500 casos e 360 mortes

Bissau,06 Abr.20(ANG) -  O número de mortes provocadas pela Covid-19 em África subiu para 360 nas últimas horas num universo de mais de 8.500 casos registados em 50 países, de acordo com a mais recente actualização dos dados da pandemia naquele continente.
Segundo o boletim do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (CDC Africa), nas últimas 24 horas o número de mortes registadas subiu de 313 para 360 com as infecções confirmadas a passarem de 7.741 para 8.536.
O CDC África registou também 710 doentes recuperados após a infecção, mais 70 do que os registados no sábado.
O norte de África mantém-se como a região mais afectada pela doença com 3.837 casos, 255 mortes e 391 doentes recuperados.
Na África Austral, são 1.682 os casos registados da doença, que já provocou 14 mortes, tendo 51 doentes recuperado da infecção.
Na África Ocidental, há registo de 1.541 infecções, 45 mortes e 217 doentes recuperados.
A África do Sul é o país com mais casos confirmados da doença (1.585), registando nove mortes e 45 doentes recuperados.
Argélia (1.171 casos e 105 mortes), Egipto (1.170 casos e 71 mortes) e Marrocos (919 casos e 59 mortes) são outros países com números expressivos.
Em pelo menos uma dezena de países, o número de casos confirmados é na ordem das centenas.
Globalmente, 50 dos 55 países e territórios membros da União Africana apresentam agora casos comprovados da doença.
Até ao momento, não foram anunciados quaisquer casos em São Tomé e Príncipe, Sudão do Sul, Comores, República Sarauí e Lesoto.
São Tomé e Príncipe mantém-se assim como o único país lusófono em África sem qualquer caso confirmado.
A Guiné-Bissau é agora o país africano lusófono com mais casos registados, depois de, no sábado, ter confirmado 18 pessoas com infecções pelo novo coronavírus.
Na Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, estão confirmados 16 casos positivos de infecção pelo novo coronavírus.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infectou cerca de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 63 mil.
Dos casos de infecção, cerca de 220 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.ANG/Angop



 Covid-19/Moradores destroem centro contra coronavirus na Costa de Marfim

Bissau,06 Abr.20(ANG) - Os moradores de um bairro de Abidjan destruíram violentamente, no domingo (5), um centro em construção para a luta contra a pandemia do novo coronavírus, indicaram a polícia e o ministério da Saúde.
Em vídeos que circulam pelas redes sociais, dezenas de pessoas aparecem a desmontar uma barraca em obras. Alguns gritavam, "Não queremos!"
Os factos ocorreram numa grande praça de Yopougon, em Abidjan, capital económica do país, com uma população de cinco milhões de habitantes.
"A população manifestou-se contra a instalação de um centro de combate ao coronavírus porque avalia que está perto demais de uma área residencial", explicou à AFP um comando policial que pediu o anonimato.
O edifício, ainda em construção, não foi concebido como um centro de tratamento dos doentes, mas um "centro de testes", afirmou um funcionário do ministério da Saúde, que também preferiu o anonimato.
Esta é a primeira vez que se manifestam incidentes relacionados à pandemia de Covid-19 na Côte d’Ivoire, país da África ocidental pouco afectado, segundo o balanço oficial (no domingo havia 261 casos e três mortes).
No entanto, as autoridades ivoirienses temem por uma expansão da epidemia e estão a aumentar a capacidade de prevenção.
Foram tomadas medidas estritas para combater a pandemia: quarentena em Abidjan, isolada do resto do país, recolher obrigatório nocturno em todo o território, encerramento de todas as lojas não essenciais, colégios e locais de culto, proibição de aglomerações. Por enquanto, não há confinamento.
O Governo anunciou na terça-feira um plano de apoio global, equivalente a 2,8 mil milhões de dólares para fazer face às consequências económicas e sociais da pandemia. Prevê que o crescimento económico reduzirá pela metade, a 3,6% em 2020.ANG/Angop


sexta-feira, 3 de abril de 2020


Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG


Justiça/Procuradoria-Geral da República nega ter lista com nomes de cidadãos impedidos de sair do país

Bissau 03 Abr 20 (ANG) – O Ministério Público (MP) negou  quinta-feira a existência de uma lista com nomes de cidadãos nacionais ou estrangeiros pré-concebida  com intuito de impedir os visados de se ausentar do país.

De acordo com o comunicado daquela instituição judicial enviado à ANG, o MP reage  assim as acusações contra esta instituição segunda as quais existe uma deliberação de impedir certas figuras guineenses de sair ou entra no país.

O MP diz que tudo não passa de especulações e que a  aplicação, pelo Ministério Público, de medidas de coacção “ocorre apenas no âmbito do exercício da ação penal e observado os requisitos estipulados na lei processual penal”.

A nota do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas  do MP reafirma a determinação da instituição no cumprimento das suas atribuições no estrito respeito aos parâmetros constitucionais e legalmente estabelecidos .

Ruht Monteiro, ministra da Justiça do governo deposto de Aristides Gomes, foi impedida duas vezes de sair do país pelas autoridades nacionais. Esta semana numa entrevista à Rádio Capital FM acusou o Ministério Público de ter uma lista contendo nomes de cidadãos impedidos de sair e entrar no território guineense .ANG/MSC/ÂC//SG