Bissau,06 Abr.20(ANG) - Uma falsa
mensagem sobre os riscos de contágio pelo novo coronavirus levou no Domingo os
guineenses a ficarem em casa, numa altura em que as autoridades endureceram
medidas de repressão para obrigar as pessoas a respeitarem o confinamento
social
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nas primeiras horas de domingo circularam menagens, pelas redes sociais, em
como um recém-nascido, filho de um conhecido jornalista, teria avisado que quem
saísse à rua, antes das 10:00 horas, seria contaminado pela covid-19.
A falsa
notícia foi tema de todas as conversas durante as primeiras horas de domingo,
com amigos, familiares e conhecidos em frenéticas chamadas telefónicas, com
avisos para as pessoas não saírem de casa.
Os
jornalistas eram as principais fontes de informação, para confirmar se na
verdade existiu a recomendação da criança recém-nascida e de que forma poderia
ocorrer um hipotético contágio em caso de alguém sair de casa antes das 10:00.
A
porta-voz Aissatu Djaló do Comité Operacional de Emergência em Saúde (COES),
estrutura criada pelas autoridades para lidar com o novo coronavírus na
Guiné-Bissau, lamentou o sucedido, afirmando que os guineenses acreditam mais
em notícias falsas do que na ciência.
“Infelizmente,
desde a madrugada de hoje Domingo está a circular de boca a boca a falsa notícia
de que nasceu uma criança mensageira no Hospital Nacional Simão Mendes,
trazendo a seguinte notícia: Fiquem em casa e não abram a porta da casa até às
10:00″, e que depois de ter anunciado a tal nova, morreu”, escreveu na sua
página de Facebook, Aissatu Djaló.
A
porta-voz do COES observou ainda que os guineenses “acreditam mais nas notícias
falsas, com base em explicações sobrenaturais do que na ciência”.
“O que
é verdade é que existe coronavírus no país e as pessoas devem respeitar as
recomendações” da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde
Pública, sublinhou a responsável.
Em
cumprimento da medida de confinamento social, a polícia e a Guarda Nacional
estão nas ruas de Bissau e nas cidades do interior, recorrendo às vezes à força
para obrigar as pessoas a ficarem casa.
Até ao
momento, a Guiné-Bissau tem registados 18 casos de infeção pelo novo
coronavírus e 37 pessoas estão em análise por suspeitas de estarem também
infectadas.ANG/Lusa
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