terça-feira, 14 de abril de 2020



Bissau,14 Abr 20(ANG) - As autoridades sanitárias da Guiné-Bissau mandaram encerrar segunda-feira a clínica da Madrugada em Bissau por suspeita de contaminação do seu pessoal médico que atendeu uma paciente que acabou por falecer naquela unidade, disse à Lusa fonte oficial.

Um despacho de António Deuna, ministro da Saúde, do Governo de Nuno Nabian, a que a Lusa teve acesso, informa a clínica da Madrugada que aquele estabelecimento fica temporariamente suspenso da sua atividade, até segunda ordem”.

A medida prende-se com o facto de, naquele lugar, ter falecido “uma senhora, por motivo desconhecido”, lê-se ainda no documento que indica que o lugar onde a mulher foi atendida será pulverizado.

Fonte da clínica Madrugada disse à Lusa que a partir de segunda-feira os 13 funcionários que se encontravam no dia em que a paciente foi atendida, foram colocados em quarentena de 14 dias.

Só voltarão às suas casas se após esse período forem examinadas e testarem negativo, observou a fonte da clínica, uma das mais solicitadas na Guiné-Bissau.

Dados divulgados sábado pelas autoridades sanitárias guineenses, apontam que na Guiné-Bissau o número de pessoas infetadas com o novo coronavírus é de 39.

No âmbito do combate ao novo coronavírus, as autoridades guineenses declararam o estado de emergência, que foi renovado sábado até 26 de abril, bem como o encerramento das fronteiras aéreas, terrestres e marítimas na Guiné-Bissau, medidas que foram acompanhadas de uma série de outras restrições à semelhança do que está a acontecer em vários países do mundo.

Uma das restrições só permite que as pessoas circulem entre 07:00 e as 11:00 locais (menos uma hora que em Lisboa), excepto o pessoal ligado a comunicação social, saúde, banca, e outros  serviços autorizados para o efeito.


O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 112 mil mortos e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Dos casos de infeção, quase 375 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 932 mil infetados e 77 mil mortos, é o que regista o maior número de casos, e a Itália é o segundo país do mundo com mais vítimas mortais, contando 19.899 óbitos e mais de 156 mil casos confirmados.

No continente africano, o número de mortes provocadas pela covid-19 subiu hoje para 788 e há mais de 14 mil casos registados em 52 país.ANG/Lusa


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