terça-feira, 28 de abril de 2020


Covid-19/ “Mundo devia ter ouvido melhor OMS em Janeiro”, diz director-geral

Bissau, 28 abr 20 (ANG) – O director-geral da OMS afirmou segunda-feira que o mundo devia ter ouvido melhor quando foi declarada emergência global de saúde em Janeiro passado, frisando que os países que seguiram as orientações da organização estão melhor do que os que as ignoraram.

Em conferência de imprensa a partir de Genebra, Tedros Ghebreyesus frisou que a Organização Mundial de Saúde declarou a 30 de Janeiro “o nível mais alto de emergência global” quando o surto do novo coronavírus estava concentrado na China e só havia “82 casos” fora daquele país asiático.

“O mundo devia ter ouvido com atenção nessa altura, quando só havia 82 casos e nenhuma morte fora da China. Todos os países podiam ter desencadeado todas as medidas de saúde pública possíveis. E isso basta para atestar a importância de ouvir os conselhos da OMS”, declarou.

Tedros Ghebreyesus acrescentou que os procedimentos aconselhados pela OMS em Janeiro antes de ser declarada a pandemia da covid-19 – “encontrar casos, testar, isolar e rastrear contactos” – são baseados na “melhor ciência e provas disponíveis” .

“Podem ver que os países que os seguiram estão hoje numa posição melhor do que outros. Isso é um facto”, afirmou, ressalvando que cabe aos países “aceitar ou rejeitar” o que a OMS diz.

“Não temos mandato para obrigar os países a aplicar o que aconselhamos”, reconheceu, frisando que “cada país assume as suas próprias responsabilidades”.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 206 mil mortos e infetou quase três milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Perto de 810 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 928 pessoas das 24.027 confirmadas como infectadas, e há 1.357 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. ANG/Inforpress/Lusa


Sem comentários:

Enviar um comentário