Covid-19/ Parlamentares
divididos quanto a proposta de criação de
Comissão para angariar fundos
Bissau,17
Abr 20(ANG) - O presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá,
propôs quinta-feira a criação de uma comissão para angariar fundos e fiscalizar
a prevenção e combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus no país.
Entretanto
, após horas de debate, os parlamentares não chegaram a um consenso quanto a
criação dessa comissão sugerida pelo presidente do parlamento.
Deputados
das bancadas do Madem G-15, PRS e APU-PDGB rejeitaram a proposta alegando haver
um governo, o dirigido por Nuno Gomes Nabian, que até já se incumbiu da
angariação de fundos para esse efeito.
Do lado
oposto, deputados do PAIGC e seus aliados(UM,PND,...) , na voz do deputado
Hélder de Barros fundamentaram que tendo em conta que o executivo de Nuno
Nabian carece de legitimidade, enfrentará dificuldades na angariação de fundos
para combate a pandemia junto da comunidade internacional,”que não o
reconhece”.
Os
mesmos parlamentares chegaram ao consenso para a disponibilização de 25 por
cento dos seus salários para fundos de combate ao covid-19, proposta por
Cipriano Cassamá.
“É urgente e prioritário encontrar uma solução
consensual sobre a criação de uma comissão de operacionalização, angariação de
fundos e fiscalização da luta contra a covid-19, que deve congregar todos os
atores nacionais e parceiros internacionais vocacionados”, afirmou Cipriano Cassamá, na abertura de uma reunião
da comissão permanente do parlamento.
Acrescentou que
as diferencças politicas devem ceder lugar ao interesse público premente, “concedendo
assim ao nosso povo a proteção que precisa e o sentimento de segurança de que
devemos enquanto seus representantes”.
Segundo
Cipriano Cassamá, é “um
facto que o país atravessa um momento de grande clivagem política”, mas
aquela atitude não “abona em nada para o combate ao flagelo mundial”.
“A nossa
responsabilidade enquanto deputados é ajudar a encontrar soluções aos problemas
colocados ao país ou com medidas legislativas ou com as campanhas de
sensibilização, conforme a avaliação que fizermos do problema”, disse.
Cipriano
Cassamá salientou também que o “silêncio do parlamento” sobre questões
essenciais do país não é animador para as pessoas e que é preciso começar a
falar sobre os problemas, tanto políticos como os relacionados com a covid-19.
A
Guiné-Bissau regista 46 casos de covid-19, três dos quais recuperados.
Em
termos de distribuição geográfica, 31 casos foram registados em Bissau, 10 em
Canchungo, na região de Cacheu, e cinco na região de Biombo. ANG/AC//SG
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