Covid-19/ Director do Simão Mendes apela aos
familiares do doente fugitivo para diligenciar seu retorno ao hospital
Bissau,17 Abr.20(ANG) – O
Director do Hospital Nacional Simão Mendes apela aos familiares de um cidadão
nacional diagnosticado com infecção do coronavirus e que fugiu recentemente
daquele estabelecimento, no sentido de deligenciar o seu regresso às
autoridades sanitárias.
Agostinho Semedo, em
entrevista exclusiva hoje à ANG, afirmou que é inadmissível uma pessoa entrar
num estabelecimento hospitalar e for detectado de que está infectado com o
vírus do coronavirus e depois foge.
“Os familiares do referido
doente têm conhecimento do ocorrido e para tal devem fazer diligências para
apresenta-lo de novo as autoridades sanitárias, de forma a fazer face a sua
situação para evitar que contamine toda a sua família”, explicou.
Aquele responsável sublinhou
que, por esta razão lança apelo às pessoas para evitarem aglomerações, dar as mãos e outros mecanismos
de protecção.
Questionado sobre as
deligências para localizar o doente em fuga, Agostinho Semedo disse que é difícil detectar uma pessoa aqui
dentro da cidade de Bissau, devido a própria característica dos bairros desorganizados,
acrescentando que isso só é possível com a colaboração de familiares tendo em
conta que está na sua casa.
Instado a dizer o que estão
a fazer para que o cenário da fuga não volte a repetir, o médico frisou que só
é possível através de sensibilização das
pessoas porque o Hospital não é uma prisão que pode ser vedado com gradeamentos
de ferro para impedir a saída de pessoas.
Perguntado sobre se há
equipamentos completos para todo o pessoal de saúde, entre médicos e
enfermeiros face a possibilidades de contágio por coronavirus, Agostinho Semedo
disse que estão a trabalhar com os meios
que dispõe.
“Nós temos os meios como os
grandes paises que actualmente estão com problemas sérios de contágio de
covid-19. Temos o mínimo disponível que estamos a usar como batas descartável,
óculos de protecção, luvas, máscaras que temos estado a usar para fazer face a
pandemia”, afirmou.
Agostinho Semedo sublinhou
que normalmente fazem despistagem em tendas de triagem onde as pessoas são
diagnosticadas e as que provavelmente padecem com problemas respiratórios são
acantonadas e os outros são encaminhadas para os serviços competentes para
serem assistidas.
Abordado sobre se até a data
presente nenhum técnico de saúde foi infectado com o virus de covid-19, aquele
responsável disse que até o momento não, acrescentando que, contudo, há uma
necessidade urgente do pessoal de saúde ser submetido ao teste de despistagem,
mas que devido a carência do país, não têm meios para fazer esse trabalho à
todos os técnicos de saúde.
A
Guiné-Bissau regista 46 casos de covid-19, três dos quais recuperados.
Em
termos de distribuição geográfica, 31 casos foram registados em Bissau, 10 em
Canchungo, na região de Cacheu, e cinco na região de Biombo.
No
âmbito do combate à pandemia, a Guiné-Bissau já prolongou o estado de
emergência até 26 de abril e endureceu algumas das medidas para combate à
prevenção da doença, à semelhança do que aconteceu em alguns países do mundo.
A nível
global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 137 mil mortos e infetou
mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 450 mil
doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de
dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.ANG/ÂC//SG
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