Covid-19/ China testa duas vacinas em seres humanos
Bissau,16 Abr 20(ANG) - A China iniciou testes clínicos em seres
humanos de duas possíveis vacinas contra o novo coronavírus, informou terça-feira a imprensa local, numa altura em
que o surto, que é originário do país, se alastrou pelo mundo.
São duas vacinas inativadas que consistem em microrganismos
produzidos pela inativação ou morte do vírus SARS-CoV-2 durante o processo de
fabrico.
A primeira vacina a ser testada obteve a licença para realizar
ensaios clínicos no domingo e foi desenvolvida pelo Instituto de Virologia
Wuhan, a cidade no centro da China onde os primeiros casos da doença COVID-19
foram detetados, em conjunto com a filial na mesma cidade da empresa estatal
Sinopharm.
A segunda vacina é o resultado do trabalho conjunto de várias
empresas, num processo liderado pela Sinovac Research & Development,
empresa subsidiária da Sinovac Biotech, que também trabalhou numa vacina contra
a Síndrome Respiratória Aguda e Grave (SARS), que surgiu na China, em 2003.
Segundo a publicação chinesa Caixin, o projeto da Sinopharm -
que conta com o apoio financeiro do ministério chinês da Ciência e Tecnologia -
vai testar a vacina em 1.396 voluntários, recrutados na província de Henan, no
centro do país, nas fases iniciais, que deverão decorrer até 10 de novembro de
2021.
Em meados de março, as autoridades chinesas aprovaram o início
de ensaios clínicos para outra vacina contra o coronavírus desenvolvida pela
Academia Militar de Ciências.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da COVID-19, já
provocou mais de 117 mil mortos e infetou quase 1,9 milhões de pessoas em 193
países e territórios. Dos casos de infeção, cerca de 402 mil são considerados
curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por
todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma
situação de pandemia.
O número total de infetados na China desde o início da pandemia é
de 82.160, dos quais 3.341 morreram e, até ao momento, 77.663 pessoas tiveram
alta.
Os Estados Unidos são o país que regista o maior número de
mortes, contabilizando 22.935 até esta terça-feira, e aquele que tem mais
infetados, com 568 mil casos confirmados.ANG/Lusa
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