Covid-19/Pena de prisão para quem não usar máscaras na rua
em
Marrocos
Bissau,08
Abr 20(ANG) - Marrocos vai impor penas entre um e três meses de prisão para os
marroquinos que não usarem máscaras, obrigatórias desde terça-feira nas
deslocações e em pleno período de “confinamento sanitário”, em vigor desde 20
de Março.
Através
de uma circular emitida hoje, o presidente da procuradoria-geral, Mohamed Abdennabaoui,
exorta advogados-gerais e procuradores dos diferentes tribunais do país
magrebino a uma aplicação “estrita e firme” dos dispositivos legais para quem
recusar o uso de máscara facial.
Para além da pena de prisão, será imposta uma multa
entre 300 e 1.300 dirhams (entre 28 e 110 euros).
São também considerados infractores quem incite os
cidadãos a recusar o uso das máscaras, seja no espaço público, através das
redes sociais ou por qualquer meio propagandístico.
Em simultâneo, Abdennabaoui pediu aos advogados-gerais
e procuradores do país que se mobilizem “em defesa da saúde dos marroquinos” e
comuniquem as dificuldades que detectam na adopção desta decisão.
A publicação desta circular ocorreu um dia após um
comunicado conjunto dos ministérios do Interior e da Saúde que decreta a
obrigatoriedade do uso da máscara de protecção “para a totalidade das pessoas
autorizadas a deslocar-se fora das suas habitações”.
Com o objectivo de tornar a sua utilização acessível,
o Governo impôs um preço máximo de 0,8 dirhams (0,07 euros) por unidade e
mobilizou uma série de indústrias nacionais para a produção em massa de
máscaras, devendo ser fornecidas não apenas às farmácias, mas ao pequeno
comércio de bairro.
Para mais, difundiu vários vídeos de
consciencialização sobre a forma mais segura de serem utilizadas.
A decisão originou compras massivas deste produto,
originando uma saturação em diferentes pontos de venda e vários cidadãos
queixaram-se esta manhã da ausência de máscaras em lojas, farmácias ou
supermercados, referiu a agência noticiosa Efe.
Em 20 de Março, o Governo de Rabat decretou o estado
de emergência sanitária e limitou o deslocamento das populações no exterior, à
excepção das profissões necessárias e vitais, para a aquisição de bens
essenciais ou em caso de urgência sanitária.
As saídas à rua estão limitadas a uma pessoa por
família, que deve possuir um certificado oficial de isenção de confinamento
assinado por um funcionário e que é solicitado nos numerosos controlos
policiais nas ruas e avenidas.
Os números oficiais indicam que foram detectados até
ao momento em Marrocos 1.141 casos de contágio do novo coronavírus, com 83
mortos e 81 recuperados.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da
covid-19, já infectou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais
morreram mais de 75 mil.
Dos casos de infecção, cerca de 290 mil são
considerados curados.
Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto
espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a
declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com cerca de 708 mil infectados
e mais de 55 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a
Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 17.127 óbitos
em 135.586 casos confirmados hoje.ANG/Angop
Sem comentários:
Enviar um comentário