UEMOA/”A Guiné-Bissau precisa de 18,8 bilhões
de FCFA para implementar estratégia de resposta eficiente em termos de saúde”,diz
PR
Bissau, 28 abr 20 (ANG) – O
Presidente da República disse que as necessidades financeiras para que o país
possa implementar uma estratégia de resposta eficiente em termos de saúde são atualmente
estimadas à 18,8 bilhões de FCFA , citando o orçamento feito pela equipa
interministerial pela coordenação das ações de combate a pandemia.
Umaro Sissoco Embaló falava segunda-feira aquando da sua intervenção na
Sessão Extraordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União
Económica Monetária da África Ocidental (UEMOA) por videoconferência.
Sissoco Embaló afirmou que
estes recursos vão permitir melhorar, significativamente, o sistema de saúde do
país, a fim de poder responder, de forma eficaz, aos desafios que são
necessários para erradicar o covid-19.
Disse que o país atualmente
apresenta deficiências significativas em termos de infraestruturas de saúde e
de pessoal técnico especializado.
Segundo o Presidente, o
governo já iniciou negociações com várias instituições internacionais,
nomeadamente o Fundo Monitário Internacional (FMI), Banco Mundial, Banco
Africano para o Desenvolvimento (BAD) e BADEA para poder beneficiar de apoio
financeiro para enfrentar os riscos sanitários e outros desafios no plano
económico e social.
Umaro Sissoco Embaló
informou ainda que a crise desta pandemia poderá ter consequências graves a
nível económico e social para os Estados membros da UEMOA, particularmente a
Guiné-Bissau.
“A economia do nosso país
depende muito das exportações de caju. Com as medidas restritivas tomadas no
plano mundial, os nossos clientes tradicionais, ou seja, os importadores ainda
não se manifestaram, visto que neste período, todos os contratos já deveriam
ter sido concluidos e a fase de colheita iniciada”, frisou Embaló.
Disse preocupar com o
aproximar da época das chuvas e com o andamento da campanha agrícola, e que mais
esforços financeiros podem vir a ser necessários para apoiar os produtores.
“As nossas projeções
macroeconómicas indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) real esperado é de
5,6% em 2020, e demonstram um declínio de 1,9% e o deficit orçamental chegaria
à 9,9 do PIB.
Sublinhou que, para
consolidar a paz e a estabilidade no país é preciso prestar atenção especial à
demanda social e impulsionar ações eficientes para garantir uma rápida
recuperação económica após crise.
O chefe de Estado guineense
sustentou que a necessidade de
intervenção social é estimada em 16,3 bilhões de FCFA e o custo de
financiamento da recuperação económica é estimada em 102,5 bilhoes de FCFA,
acrescentando que levando em consideração as necessidades de financiamento
social, económica e sanitária o país deve mobilizar recursos até 137,64 bilhões
de FCFA. ANG/DMG//SG
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