terça-feira, 28 de abril de 2020


UEMOA/”A Guiné-Bissau precisa de 18,8 bilhões de FCFA para implementar estratégia de resposta eficiente em termos de saúde”,diz PR

Bissau, 28 abr 20 (ANG) – O Presidente da República disse que as necessidades financeiras para que o país possa implementar uma estratégia de resposta eficiente em termos de saúde são atualmente estimadas à 18,8 bilhões de FCFA , citando o orçamento feito pela equipa interministerial pela coordenação das ações de combate a pandemia.

Umaro Sissoco Embaló falava  segunda-feira aquando da sua intervenção na Sessão Extraordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União Económica Monetária da África Ocidental (UEMOA) por videoconferência.

Sissoco Embaló afirmou que estes recursos vão permitir melhorar, significativamente, o sistema de saúde do país, a fim de poder responder, de forma eficaz, aos desafios que são necessários para erradicar o covid-19.

Disse que o país atualmente apresenta deficiências significativas em termos de infraestruturas de saúde e de pessoal técnico especializado.

Segundo o Presidente, o governo já iniciou negociações com várias instituições internacionais, nomeadamente o Fundo Monitário Internacional (FMI), Banco Mundial, Banco Africano para o Desenvolvimento (BAD) e BADEA para poder beneficiar de apoio financeiro para enfrentar os riscos sanitários e outros desafios no plano económico e social.

Umaro Sissoco Embaló informou ainda que a crise desta pandemia poderá ter consequências graves a nível económico e social para os Estados membros da UEMOA, particularmente a Guiné-Bissau.

“A economia do nosso país depende muito das exportações de caju. Com as medidas restritivas tomadas no plano mundial, os nossos clientes tradicionais, ou seja, os importadores ainda não se manifestaram, visto que neste período, todos os contratos já deveriam ter sido concluidos e a fase de colheita iniciada”, frisou Embaló.

Disse preocupar com o aproximar da época das chuvas e com o andamento da campanha agrícola, e que mais esforços financeiros podem vir a ser necessários para apoiar os produtores.

“As nossas projeções macroeconómicas indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) real esperado é de 5,6% em 2020, e demonstram um declínio de 1,9% e o deficit orçamental chegaria à 9,9 do PIB.

Sublinhou que, para consolidar a paz e a estabilidade no país é preciso prestar atenção especial à demanda social e impulsionar ações eficientes para garantir uma rápida recuperação económica após crise.

O chefe de Estado guineense sustentou  que a necessidade de intervenção social é estimada em 16,3 bilhões de FCFA e o custo de financiamento da recuperação económica é estimada em 102,5 bilhoes de FCFA, acrescentando que levando em consideração as necessidades de financiamento social, económica e sanitária o país deve mobilizar recursos até 137,64 bilhões de FCFA. ANG/DMG//SG

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