Bissau,27 Abr 20 (ANG) - O
Centro de Operações de Emergência da Saúde da Guiné-Bissau anunciou no domingo
a primeira vítima mortal de covid-19 no país, que pertencia às forças de
segurança, e aumentou para 53 o número de casos.
"Trata-se
de um alto funcionário do Ministério do Interior", disse aos jornalistas o
médico Dionísio Cumba, presidente do Instituto Nacional de Saúde, na
conferência de imprensa diária para fazer o balanço da evolução da doença no
país.
Segundo
o médico, a vítima mortal entrou no Hospital Nacional Simão Mendes na
sexta-feira e morreu no sábado ao final do dia.
"Ainda
não foi identificada a cadeia de transmissão da vítima mortal, mas teve
contactos com muitas pessoas. Vai ser um caso difícil de investigar",
salientou Dionísio Cumba.
O
Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prolongou no domingo o estado
de emergência no país para até 11 de maio no âmbito do combate à pandemia do
novo coronavírus.
O
Presidente guineense justificou a decisão de prolongar por mais duas semanas o
estado de emergência por considerar que o "país ainda não está em
condições de afirmar ter o controlo de toda a situação".
No
âmbito do combate à pandemia, as autoridades guineenses encerraram as
fronteiras, bem como serviços não essenciais, incluindo restaures, bares e
discotecas, e locais de culto religioso.
Foram
também impostas medidas de restrição de circulação, que só autorizam as pessoas
a sair de casa entre as 07:00 e as 12:00 para abastecimento de bens essenciais.
Umaro
Sissoco Embaló declarou pela primeira vez o estado de emergência no país em 28
de março.
A nível
global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19
já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,9 milhões de pessoas em
193 países e territórios.
Perto
de 800 mil doentes foram considerados curados.
Por
regiões, a Europa soma mais de 122 mil mortos (mais de 1,3 milhões de casos),
Estados Unidos e Canadá mais de 56 mil mortos (mais de 980 mil casos), Ásia
mais de 7.900 mortos (perto de 200 mil casos), América Latina e Caribe mais de
7.900 mortos (mais de 160 mil casos), Médio Oriente mais de 6.200 mortos (mais
de 152 mil casos), África mais de 1.370 mortos (mais de 30 mil casos) e Oceânia
108 mortos (cerca de oito mil casos).ANG/Lusa
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