Bissau,08
Abr.20(ANG) - As autoridades da Guiné-Bissau disponibilizaram terça-feira 100
motorizadas às forças de segurança do país para melhorarem o controlo das
fronteiras com o Senegal e a Guiné-Conacri no âmbito do combate e prevenção à
pandemia do novo coronavírus.
"Estamos
a entregar estas motorizadas ao ministro do Interior para reforçar o trabalho
dos agentes que controlam as nossas fronteiras com o Senegal e a Guiné-Conacri
para que não permitir a entrada clandestina de pessoas", afirmou Nuno
Nabian.
Salientando
que as pessoas devem seguir as recomendações das autoridades e ficar em casa,
Nuno Nabian destacou o "brilhante trabalho" que está a ser feito
pelas forças de segurança e defesa no "controlo da população" para
evitar a propagação do vírus.
Vários
cidadãos guineenses têm denunciado o uso excessivo da força pelas autoridades
de segurança para impedir que as pessoas circulem nas ruas de Bissau e das
principais cidades do país.
A
atuação policial levou já as autoridades no poder a virem pedir desculpa à
população e a Liga Guineense dos Direitos Humanos a advertir que o estado de
emergência não é "carta-branca" para uso da violência contra a
população.
Nas
declarações aos jornalistas, Nuno Nabian admitiu também a possibilidade de
fechar o acesso ao interior do país.
"Como
sabemos, a doença ainda não atingiu as regiões do interior do país. É bom
fazermos um trabalho de base, não permitindo um movimento de pessoas em direção
ao interior", salientou.
Dados
divulgados na segunda-feira pelas autoridades sanitárias apontam que na
Guiné-Bissau o número de pessoas infetadas com o novo coronavírus passou de 18
para 33, mas com possibilidade de aumentar nos próximos dias.
Para
conter a propagação do novo coronavírus, as autoridades guineenses determinaram
várias medidas, ao abrigo do estado de emergência, nomeadamente o confinamento
social e a limitação de circulação de pessoas e viaturas entre as 07:00 e as
11:00 locais (menos uma hora que em Lisboa).
O
número de mortes provocadas pela covid-19 em África subiu para 487 nas últimas
horas num universo de mais de 10.075 casos registados em 52 países, de acordo
com a mais recente atualização dos dados da pandemia naquele continente.
O novo
coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3
milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 73 mil.
Dos
casos de infeção, cerca de 250 mil são considerados curados.
Depois
de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que
levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
ANG/Lusa
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