quarta-feira, 15 de abril de 2020


                       Pecuária/Subsector em decadência gradual na Guiné-Bissau

Bissau, 15 Abr 20 (ANG) – A pecuária um dos Subsectores da economia nacional encontra-se em decadência gradual devido ao aumento da seca na zona leste do país considerada potencial na criação de gado.

De acordo com o Jornal Nô Pintcha, numa reportagem efectuada nas regiões de Gabu, Bafatá e algumas localidades do norte do país, os criadores locais, apesar de possuírem grandes manadas de gado bovino vivem em condições de pobreza extrema, situação que se deve principalmente ao fraco desenvolvimento dos serviços de apoio, às limitadas oportunidades de acesso à tecnologias apropriadas de transformação e conservação de produtos lácteos e seus derivados.

O jornal indica que  as práticas sazonais da transumância em direcção aos cursos de água, sobretudo na região norte da Guiné-Bissau, tem provocado conflitos de interesse que tendem a agravar-se, ano pós ano, sobretudo no que diz respeito aos aspectos fundiários e de roubos constantes de gado entre criadores e as populações autóctones.

Segundo o que apurou o repórter deste semário estatal, outros problemas causados pela transumância é o aumento da taxa de analfabetismo em crianças das comunidades de criadores de gado para além das degradações das condições habitacionais e sanitárias.  
A pecuária desempenha um papel particularmente importante na economia da Guiné-Bissau, contribuindo com 17 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e com 32 por cento do PIB do sector agrário.

A grande concentração da criação de gado bovino se localiza  no leste do  país, com 85 por cento, o que tem traduzido numa importante pressão e  degradação dos recursos naturais na zona.

Segundo o semanário estatal essa situação  poderá constituir, muito em breve, um ponto de estrangulamento ao desenvolvimento daquelas localidades do país.

Os  principais obstáculos ao desenvolvimento da criação do gado bovino, segundo Nô Pintcha, está ligado a saúde animal, ao baixo potencial genético das raças locais, à insuficiência de pastagem e, sobretudo à carência da água durante a época da seca, o que obriga criadores à pratica da transumância em direcção aos principais cursos de água (Geba, Chaianga e Corubal) entre Dezembro e Julho. ANG/ Jornal Nô Pintcha

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