quinta-feira, 9 de abril de 2020



Bissau,09 Abr.20(ANG) - A Empresa da Electricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) anuncia que adquiriu,  com o apoio financeiro do Banco Mundial(BM), equipamentos e produtos para a desinfeção de água fornecida em Bissau.

Vista da sede da EAGB
Em comunicado, a EAGB referiu que aquisição faz parte de um plano de intervenções urgentes para melhoria do abastecimento de água desenvolvido pela empresa em colaboração com vários parceiros e que os equipamentos já se encontram em Bissau a aguardar pela fase de desalfandegamento.

“Tendo presente a realidade atual, a EAGB tem vindo a fazer intervenções com o objetivo de renovar e ampliar o sistema de abastecimento de água, de forma a abranger maior número de famílias e melhorar a qualidade do seu serviço” lê-se na nota da EAGB que contudo não específica a data para o início de desinfecção da água.

Segundo o comunicado a que O Democrata teve acesso, a EAGB informou que dada a necessidade urgente da melhoria do serviço decidiu avançar com a elaboração de um plano de necessidades urgentes, em colaboração com vários parceiros, no âmbito do qual se incluiu a compra de equipamentos e produtos químicos com vista à desinfeção da água fornecida.
Uma investigação de O Democrata sobre o abastecimento de água potável na cidade de Bissau concluiu que a Empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau fornecia, há três meses, água não desinfetada.

 A fonte de O Democrata informou que a empresa não dispõe de “cloro”, produto desinfetante usado no tratamento de água.

A empresa, explica a fonte, não comunicou a informação aos consumidores. O produto desinfetante esgotou-se em finais de 2019, confidenciou a mesma fonte da empresa em condição do anonimato. 

Um funcionário da Mãe de Água de “Alto Crim” em Bissau, igualmente em condição de anonimato, confidenciou ao Jornal O Democrata que há muito tempo que não viu o produto de desinfeção de água a ser deitado nesse maior depósito de água da capital.

Explicou que dantes, a desinfecção era feita de três em três meses no depósito de água de “Alto Crim”, o que deixou de acontecer por razões que diz desconhecer. ANG/odemocratagb


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