Saúde pública/ Papa apela para que a luta contra a malária não seja
esquecida
Bissau,27 Abr.20(ANG) - O papa Francisco pediu no sábado para que não se
esqueça a luta contra a malária, que "ameaça milhares de milhões em
numerosos países", por causa do combate à pandemia da covid-19.
"Enquanto combatemos a pandemia do novo
coronavírus, devemos levar por diante o compromisso de prevenir e tratar a
malária que ameaça milhares de milhões de pessoas em numerosos países",
disse o papa na oração do Angelus, lembrando que sábado, 25, foi o Dia
Internacional da luta contra a Malária.
O papa disse estar com "todos os doentes, com
aqueles que cuidam deles e com aqueles que trabalham para que cada pessoa tenha
acesso a bons serviços de saúde primários".
Em 2017, cerca de 219 milhões de pessoas foram
infectadas em todo o mundo, 435 mil morreram e mais de 90% das vítimas
são africanas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Estima-se que em 2018 a doença tenha causado mais de
400 mil mortes, 380 mil em África e 270 mil de crianças menores de cinco anos.
O último relatório anual da OMS, divulgado em
Dezembro passado, revela que seis países africanos concentravam quase metade
das infecções no mundo: Nigéria (25%), República Democrática do Congo (12%),
Uganda (5%), Cote d’Ivoire, Níger e Moçambique (4% cada).
Moçambique, com cerca de 29,5 milhões de habitantes,
faz parte de um grupo de 11 Estados prioritários da iniciativa intitulada
"De grande carga a grande impacto" com a qual a OMS visa acelerar os
progressos no combate onde a doença se mantém endémica.
O balanço da malária na África subsaariana poderá
aproximar-se dos 770 mil mortos este ano, ou seja, "duas vezes mais do que
em 2018", revelou a OMS no sábado, advertindo para que atinge em
particular as crianças, ao contrário do acontece com novo coronavírus.ANG/Angop
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