Política/Presidente da ANP defende boas relações
entre instituições para a estabilidade do país
Bissau, 30 Abr 20(ANG) - O
Presidente da Assembleia Nacional Popular(ANP) reconheceu esta quinta-feira que as relações entre as
instituições devem ser boas para a estabilização e o desenvolvimento do país.
Cipriano
Cassamá que falava aos jornalistas depois do encontro com Chefe de Estado,
disse que abordaram com Umaro Sissoco Embalo aspectos que se prendem com o
último comunicado da CEDEAO.
Num comunicado divulgado na semana
passada, a CEDEAO decidiu reconhecer a vitória de Umaro Sissoco Embaló na
segunda volta das eleições presidenciais de 29 de dezembro e no mesmo a
organização regional pediu ainda a nomeação, até 22 de maio, de um novo Governo
respeitando os resultados das eleições legislativas de 10 de março de 2019.
“Pensamos que é indispensável resgatar a soberania guineense e permitir que
os atores políticos saiam do ciclo de desentendimento vivido há muitos anos”,
disse Cipriano Cassama.
Em relação a sua instituição
Cassamá prometeu que vai aguardar até ao
fim das consultas de Umaro Sissoco para convocar os orgãos competentes da ANP para prosseguirem com o assunto sobre
a eventual debate do programa do governo de Nuno Nabiam e outras atividades do
interesse comum.
Por sua vez, o ex-Procurador-geral da República Ladislau
Embassa refirmou que o seu substituto
vai encontrar o Ministério Público numa situação mais adequada do que antes da
sua chegada, apesar de reconhecer as dificuldades, desde a legislação,
meios materiais e financeiros com que se debate aquele instituição judicial. Questionado sobre a
morosidade no andamento de processos
judiciais, Embassa admitiu que os magistrados levam muito tempo a fazer uma
investigação, frisando contudo que, não é por falta de vontade ou de honestidade,
mas sim, muitas das vezes depende dos factores externos à aquilo que são os poderes do Ministério Público.~
Lembrou do caso da Operação
Navarra que culminou na maior apreensão de drogas no país, que foi julgado seis
meses depois.
Disse que o governo deve
assumir as suas responsabilidades e colocar fundos à disposições dos tribunais,
em particular do Ministério Público.
O Chefe de Estado também
recebeu o ex-Presidente Interino da
República Raimundo Pereira, o presidente do Tribunal de Contas Dionísio Cabi e
vice-presidente do Supremo Tribunal de Juastiça Rui Nené.ANG/JD/ÂC//SG
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