Bissau,15
Abr 20(ANG) – O ministro das Finanças,
Aladje João Fadia anunciou
terça-feira que pediu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) um financiamento
de crédito rápido devido ao impacto económico que a covid-19 está a ter no país.
“Fiz uma carta
para pedir um financiamento de crédito rápido, que o FMI também está a
disponibilizar aos países frágeis, como a Guiné-Bissau”, disse terça-feira à Lusa João Fadiá.
Segundo
João Fadiá, o pedido já está em Washington e está a ser trabalhado com a equipa
do FMI que tem o dossiê da Guiné-Bissau, liderada por Max Alier.
“Vamos ter
possibilidade de conseguir um empréstimo que pode ir até 50% da quota da
Guiné-Bissau no FMI”, salientou, esperando uma resposta
durante o mês de maio.
A
Guiné-Bissau beneficiou na segunda-feira de um perdão de parte da dívida ao FMI
concedido por causa do impacto económico da pandemia do novo coronavírus está a
ter nos países a nível mundial.
O país,
segundo João Fadiá, está a sofrer um “impacto económico muito significativo”
com a pandemia, incluindo na campanha de comercialização da castanha de caju.
A
economia da Guiné-Bissau é dominada pela comercialização da castanha de caju,
maior produto de exportação do país, e da qual depende direta e indiretamente
cerca 80% da população do país.
Ao
nível das finanças públicas, o impacto da covid-19 deverá levará o país a
perder 1,5% do Produto Interno Bruto e deverá haver perdas de 44 milhões de
dólares (cerca de 40 milhões de euros) em pagamentos.
As
autoridades de saúde da Guiné-Bissau elevaram na segunda-feira para 40 o número
de casos de covid-19 no país.
No
âmbito do combate ao novo coronavírus, as autoridades guineenses declararam o
estado de emergência, que foi renovado sábado até 26 de abril, bem como o
encerramento das fronteiras aéreas, terrestres e marítimas na Guiné-Bissau,
medidas que foram acompanhadas de uma série de outras restrições à semelhança
do que está a acontecer em vários países do mundo.
Uma das
restrições só permite que as pessoas circulem entre 07:00 e as 11:00 locais.
O novo
coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 120 mil
mortos e infetou mais de 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Dos
casos de infeção, cerca de 402 mil são considerados curados.
Depois
de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que
levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O
número de mortes provocadas pela covid-19 em África ultrapassou hoje as 800 com
mais de 15 mil casos registados em 52 países, de acordo com a mais recente
atualização dos dados da pandemia naquele continente.ANG/Lusa
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