Bissau, 07 abr 20 (ANG) - O número de pessoas
infetadas pelo novo coronavírus na Guiné-Bissau subiu de 18 para 33, anunciaram
as autoridades sanitárias, que alertaram que os casos podem aumentar.
A
informação foi avançada na conferência de imprensa diária de balanço da
evolução da doença pelos médicos Tumane Baldé e Dionísio Cumba, do Centro
Operacional de Emergência em Saúde (COES), instituição criada pelas autoridades
para lidar com a pandemia de covid-19 na Guiné-Bissau.
As
análises feitas nas últimas 24 horas no Laboratório Nacional da Saúde Pública,
em Bissau, determinaram que 15 pessoas (nove do sexo masculino e seis do sexo
feminino) testaram positivo, indicou Tumane Baldé.
O
responsável admitiu ser uma "subida drástica que poderá continuar a ser
verificada nos próximos dias", dada a forma como os guineenses estão a
encarar a doença.
Uma das
fontes de infeção na Guiné-Bissau é um empresário português que esteve no país,
estando agora as autoridades sanitárias a rastrear todos os contactos que
manteve antes de voltar para Portugal, observou Baldé.
Todos
os 33 infetados são pessoas residentes em Bissau, notou Tumane Baldé.
Dionísio
Cumba, outro médico da equipa do COES, indicou que dos 33 infetados já
confirmados, a maioria são pessoas jovens, com idades entre 20 e os 36 anos. Estão
ainda infetados uma criança de oito anos e um adulto de 59 anos.
Existe
também uma lista de 35 pessoas suspeitas, cujos resultados das análises serão
conhecidos na terça-feira.
No
âmbito do combate ao novo coronavírus, as autoridades guineenses declararam o
estado de emergência, bem como o encerramento das fronteiras aéreas, terrestres
e marítimas na Guiné-Bissau, medidas que foram acompanhadas de uma série de
outras restrições à semelhança do que está a acontecer em vários países do
mundo.
Uma das
restrições só permite que as pessoas circulem entre 07:00 e as 11:00 locais
(menos uma hora que em Lisboa).
O novo
coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2
milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.
Dos
casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.
Depois
de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que
levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Segundo
o boletim do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana, a
covid-19 já provocou no continente africano 414 mortos e há 9.198 casos
confirmados.
O CDC
registou também 813 doentes recuperados após a infeção.ANG/Lusa
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