quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

 

Branqueamento de capital/GIABA avalia eficácia da luta contra crime transnacional  na Guiné-Bissau

Bissau, 21 Jan 21 (ANG) – O Diretor Geral do Grupo de Luta Contra Branqueamento de Capital – GIABA, afirmou que a organização que dirige vai avaliar o engajamento da Guiné-Bissau na luta contra branqueamento de capital e do financiamento de terrorismo através de peritos internacionais que vai trazer no decorrer deste ano.

Kimelabalou ABA, em declarações hoje à imprensa, à saída da audiência com o Presidente da República, Umaro Sissoco Embalo, disse que os referidos peritos internacionais vão avaliar os componentes das leis em vigor no setor, a eficácia no combate e os seus efeitos.

Ainda este responsável disse que os resultados destas avaliações da equipa mutua, determinarão o nível de confiança dos investidores para o país.

O Diretor Geral do GIABA, disse estar satisfeito com encontro realizado com Presidente guineense, por abertura demonstrada em apoiar trabalhos de avaliação mutua de Branqueamentos de capitais na Guiné-Bissau.

Segundo ele, depois das avaliações da equipa mutua, os resultados vão ser publicados juntamente com recomendações na Assembleia Geral do GIABA, prevista para novembro e dezembro deste ano.

Salientou também que o resultado da avaliação vai permitir o país conhecer o seu ponto fraco e fortes, para poder corrigir anomalias no setor.ANG/CP/ÂC

 

 

 

 

Preservação florestal/Populares das diferentes povoações de Bafatá continuam com práticas de cortes ilegais de madeiras

Bissau,21 Jan 21(ANG) – Os populares das diferentes povoações da região de Bafatá, leste do país, continuam com práticas de cortes clandestinas de madeiras, violando a moratória que proíbe a referida actividade estipulada pelo governo desde o ano 2015.

Em declarações à imprensa, segunda-feira, durante o início da operação de drenagem de madeiras estocadas em diferentes localidades daquela região, o chefe da tabanca de Sintchã Bobo, no sector de Ganadú, região de Bafatá, disse que o governo devia lhes compensar algo antes de retirar os 347 troncos cortados, tendo em conta que as matas onde se faz as cortes pertence aos populares locais.

“Por isso, estamos a reclamar algum incentivo em prol do desenvolvimento da nossa tabanca”, disse Braima Djamanca.

Perguntado sobre quem efetuou as cortes dos troncos encontrados naquela localidade, o chefe da tabanca informou que, foi um senhor de nome Adjhós que lhes prometeu um montante de um milhão e meio de francos CFA, para cortar apenas as arvores secas.

Confrontado com a situação de que o governo compromete-se a reverter uma parte das verbas da venda de troncos para  os populares das tabancas onde as madeiras forem retiradas, o chefe da povoação de Sintchã Bobo respondeu que a maioria dos jovens da aldeia não acreditam nessa promessa do executivo, porque o Estado pode fazer e desfazer sem que nada aconteça.

“Foi nesta circunstância que o dito senhor de nome Adjhós nos enganou com a promessa de dinheiro para fazer a corte e até hoje não recebemos nenhum tostão”, lamentou.

Por sua vez, a porta voz da Comissão Interministerial encarregue de gestão das madeiras cortadas em todo o território nacional e igualmente Inspetora
Geral do Ambiente, disse que a missão visa recolher os troncos cortados clandestinamente espalhados em várias localidades e que por isso é preciso agrupa-los para depois serem levados para o aquartelamento de Bafatá.

Interrogada sobre a quantidade de troncos existentes actualmente nas matas, Isabel Sanha salientou que são 421 em duas tabancas da região de Bafatá.

Confrontada com a situação de como encarra o pedido de alguma compensação da parte da população como contrapartida para retirada dos troncos, Isabel Sanha disse que, é encarrada com naturalidade.

“Desde o início do processo, informamos de que os populares das tabancas onde se encontram os troncos serão recompensados, ou seja as madeiras não serão vendidas sem que os populares beneficiassem de algo. Ou serão construídas escolas, aquisição das carteiras, centros de saúde entre outros”, esclareceu.

Apelou as pessoas que ainda estão a fazer as cortes para abdicarem dessa prática, tendo em conta que estão a contribuir para a degradação das florestas, salientando que precisamos das plantas porque todos sabem da sua importância.

Questionado se dispõe de mecanismos para impedir ou controlar as cortes clandestinas de árvores, aquela responsável disse que não é uma tarefa apenas do Ministério do Ambiente, mas sim da Direcção Geral das Florestas e Fauna, acrescentando que todos devem unir para realmente estancar a prática.

Para o Comandante da Brigada de Protecção de Natureza e Ambiente(BPNA), Bacar Fati, sublinhou que a operação de recuperação de madeiras foi organizada no âmbito do destacamento número três daquela estrutura da região de Bafatá e Gabú.

“Nós integramos esta missão porque somos responsáveis pela apreensão das madeiras anteriores e conhecemos todas as matas onde estão escondidas e a missão é constituída igualmente pela Polícia Judiciária, Ministério Público, Associação de Madeireiros, autoridades regionais entre outros”, explicou Bacar Fati.

Perguntado sobre como encarram a reação do desagrado dos populares da tabancas onde se encontram os troncos, aquele responsável afirmou ainda não deparam com situações de resistência dos populares, acrescentando que, têm estado a notar a colaboração no sentido de facilitar a recuperação das madeiras.

“O Conselho de Ministros já tinha advertido em comunicado de que todas as madeiras cortadas actualmente em todo o território nacional se encontram em situação de apreensão, porque existem grande quantidade de madeiras cortadas depois de moratória estipulada em 01 de fevereiro de 2015 e que está em vigor até o momento”,”, explicou.

Bacar Fati informou que todas as cortes efetuadas naquela localidades são recentes, tendo qualificado o acto de desobediência e violação da moratória, adiantou que um dos actor da referida prática já foi identificado e ouvido pelas autoridades competentes.ANG/ÂC

 

 

 

Preservação florestal/”Prevemos retirar 13 mil troncos de madeiras nos sectores de Mansabá e Farim”, diz Adjunto Comandante do BPNA

Bissau,21 Jan 21(ANG) – O Adjunto Comandante da Brigada de Proteção da Natureza e Ambiente(BPNA), afirmou que previram retirar cerca de 13 mil troncos de madeiras cortadas ilegalmente nas matas de Mansabá e Farim, na região de Oio, norte do país.

Em declarações à imprensa sobre a forma como decorre os trabalhos de retirada das madeiras das matas daquela localidade, Bacar Djaló afirmou que, de acordo com as previsões, só irão estar na altura de fazer o balanço, no final da primeira fase que terá a duração de duas semanas, de forma a avaliar o ritmo dos trabalhos.

Adiantou que, têm a plena consciência de que não será um processo fácil, tendo em conta que as madeiras não estão concentradas num sitio, acrescentando que antes fazem buscas nas matas, para depois  passar para a fase de recolha.

Disse que, no início, foram os próprios denunciantes que prestaram informações, durante a fase do levantamento das madeiras cortadas, onde cada qual declarou a quantidade que tem  e a zona onde se encontra, frisando que por último deixaram de colaborar porque entenderam que correrão o risco de serem confiscados os troncos.

Bacar Djaló salientou que, sendo assim são obrigados a entrar em contacto directos com a população nas tabancas para detectar os troncos escondidos nas matas.

Perguntado se os cortes feitos são recentes ou não, aquele responsável sublinhou que foram realizadas entre os anos 2014 à 2020, ou seja foi um processo contínuo e que nunca chegou de parar  porque escapou o controlo da Direcção Geral das Florestas e cada qual actua de forma que entender na sua zona.

Questionado sobre as penalizações para os autores de corte ilegal de madeiras, disse que até o momento nada foi definido nesse sentido, frisando contudo que, no final da recolha cada qual deve apresentar os documentos de autorização de cortes junto a Comissão Interministerial.

Para Sene Dabó, Régulo da povoação de Bricama, sector de Farim, região de Oio, norte do país, disse que praticam as cortes de madeiras para compensar as carências
com que depara os populares daquela vila.

Informou que, a título de exemplo que a tabanca de Bricama dispõe de uma escola mas que não tem professor há mais de 15 anos, acrescentou por isso que, querem uma contrapartida do governo antes de levarem os troncos.ANG/ÂC

PAIGC/Combatentes e veteranos da luta armada lamentam não aprovação da proposta de lei que visa melhorar suas situações na ANP

Bissau 21 Jan 21(ANG) – Os combatentes da liberdade da pátria, pertencentes ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), lamentaram hoje a não discussão e aprovação da Proposta de lei que visa melhorar substancialmente a vida dos veteranos da Liberdade da Pátria na Assembleia Nacional Popular(ANP).

De acordo com uma nota do Secretariado Nacional deste partido a que à ANG teve acesso, informa que entre outras acções o caso mais flagrante do que chamou de insensibilidade de alguns políticos para com a situação do combatentes, ocorreu recentemente na Assembleia Nacional Popular, com os deputados de que  denominaram da suposta maioria parlamentar.

A nota dos libertadores afirma que os deputados do Movimento para Alternância Democrática(Madem G-15), o Partido da Renovação Social (PRS) e alguns dissidentes do PAIGC e da Assembleia do Popular Unido (APU-PDGB), que abandonaram a sessão e inviabilizando a discussão e a aprovação da referida proposta de lei, que contem um pacote de benefícios e regalias ao combatentes da liberdade da pátria “,lê-se na nota .

De acordo com o documento,  face a esta posição dos deputados em causa e tendo em conta a situação de precaridade em que vive a maioria dos combatentes e veteranos da luta, a estrutura coordenadora desta organização vem tornar pública a sua posição e apelar aos deputados visados a reconsiderarem a sua posição para permitir o reagendamento da proposta da lei acima mencionada.

Alertar aos mesmos deputados para reflexos negativos que a não aprovação do documento irá provocar na vida e na sobrevivência de alguns combatentes , sobretudo os mais vulneráveis e reiterar e esclarecer que os combatentes da liberdade da pátria constituem uma herança comum de todos os guineenses ,representando os concidadãos que lutaram e combateram para que hoje estejamos confinados a um Estado e uma República.

Segundo a nota os combatentes e veteranos aproveitam a ocasião para enaltecer e sublinhar a elevação e o espírito patriótico e nacionalista ,demonstrados pelos deputados do PAIGC, da parte dos deputados do APU-PDGB, do Partido da Nova Democracia(PND) e da União para a Mudança, o que só vem traduzir uma renovação de compromisso destes representantes do povo para com os valores sagrados da conquista da independência da Guiné-Bissau ,neste caso os combatentes da liberdade da pátria.

Salienta-se que os deputados da Nação tinham colocado na agenda da sessão a discussão e aprovação do referido documento ,mas não houve consenso entre as bancadas do PAIGC e a nova maioria que pretendia que a discussão
seja feita na presença do titular da pasta dos Combatentes ideia negada pelos libertadores e seus aliados o que provocou o abandono da sessão por parte da nova maioria e consequentemente o não aprovação do referido documento.ANG/MSC/ÂC

 

Preservação florestal/Inspetora geral do Ambiente reconhece dificuldades na recolha dos troncos das matas

Bissau,21 Jan 21(ANG) – A Inspetora Geral do Ambiente reconheceu as dificuldades na recolha dos troncos de madeiras cortados clandestinamente em diferentes localidades da região de Bafatá, leste do país.

Em declarações à imprensa, no final da operação de recolha de madeiras no sector de Xitole, região de Bafatá, Isabel Sanha afirmou que ainda têm muito trabalho pela frente devido a quantidade de troncos espalhados em diferentes tabancas do país.

“Hoje estamos na tabanca  d
e Labadiam, situada há 68 quilómetros da cidade de Bafatá, onde existem 244 troncos  espalhados nas matas e que necessitam   de serem recolhidos para uma zona de melhor acesso e transportados para o Quartel de Bafatá”, disse.

Aquela responsável afirmou que, ainda existem troncos de madeiras em algumas tabancas daquela região e que ainda não foram contabilizados, acrescentando que, os referidos troncos terão que ser retirados igualmente para serem guardados num local seguro.

Isabel Sanha sublinhou que, durante a visita constataram os troncos que as populações já começarem a fazer fendas para a cozinha, porque foram abandonados há muito tempo nas matas.

Abordada sobre se em termos logísticos, será fácil concluir os trabalhos de evacuação de todos os troncos existentes nas matas, a Inspetora Geral do Ambiente reconheceu que realmente é uma tarefa muito difícil.

“Vocês da imprensa podem constatar essa realidade, as localidades são de difíceis acesso, com as vias que nem podem ser denominadas de estradas, existem lugares que para a passagem dos carros é necessário recolher espelhos retrovisores, realmente são estradas difíceis de circular e com distâncias longas as vezes deparamos com pontes precárias com riscos de estragos para as viaturas”, explicou.

Confrontada com o facto de serem os próprios populares quem procedem as cortes das árvores em conexão com alguns madeireiros, Isabel Sanha disse que irão desencadear mecanismos de sensibiliza-los para evitarem de envolver nas referidas práticas.

“Eles acham que estão abandonados e esquecidos pelo Estado e que se aparece alguém que lhes promete algo com dinheiro como contrapartida para cortes de madeiras, acabam por aceitar. Contudo colaboram nessa prática, com boa fé e não por maldade”, explicou.

Aquela responsável afirmou que o seu trabalho será igualmente de educar e sensibilizar
as populações de que as arvores são as suas riquezas de todos e não devem ser estradados desta forma, adiantou que igualmente vão acompanhar com realização de algo para elas, tendo em conta que, se têm mínimo para sobrevivência não entrarão nestes jogos que lhes lesa e toda a pátria.ANG/ÂC

 

 

Política/Presidente da Comissão Organizadora do “Janeiro de Combate” afirma que única alternativa ao poder é o PAIGC

Bissau 21 de Jan (ANG) – O Presidente da Comissão Organizadora o “Janeiro de Combate”, disse que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) é única alternativa ao poder na Guiné-Bissau.

Em entrevista exclusiva hoje à ANG, Manuel dos Santos (Manecas), afirmou que no âmbito das comemorações do Dia dos Heróis Nacionais, e do assassinato do fundador da nacionalidade guineense, Amílcar Cabral que se assinala à 20 de Janeiro, o partido organiza entre os dias 20 à 23 do corrente mês, ciclo de palestras alusivos a data, denominado “Janeiro de Combate”.

Disse que o evento visa discutir os problemas atuais do país e ideologia do partido, bem como tirar a Guiné-Bissau do marasmo em que se encontra atualmente a Guiné-Bissau e o PAIGC se encontram numa situação cansada por isso, é preciso falar destes assuntos fundamentais do país e do partido, para que se possa tirar o país no sitio onde se encontra.

“Os militantes e simpatizantes do PAIGC e o povo em geral  têm que entender que o único partido com programa e pessoas capazes de tirar o país do buraco onde está é o nosso grande partido”, afirmou Manuel dos Santos.

De acordo com ele, é isso que pretendem com o evento, salientando que em vez de estarem todo tempo a chorar Amílcar Cabral no dia em que foi assassinado que é 20 de Janeiro, vão pôr em prática os seus ensinamentos .

Falando na pertinência do tema de hoje “Nossos recursos, Nosso Desenvolvimento, Que Visão para que Estratégia de exploração Sustentável de Recursos em Tempos de Cólera Populista”, que será orado por Albino Rachid Said, disse que o país está numa época em que tudo está a ser feito de cabeça para baixo.

Frisou que a exploração dos recursos devem ser feita de uma forma racional e para que possa servir a todos os guineenses e não uma meia dúzia de pessoas.

Durante os três dias serão debatida entre outros temas, o sonho de Amílcar Cabral e as realidades concretas da Guiné-Bissau ,o papel do sector privado na produção da riqueza do país desafios e caminhos, a “arma “ da juventude e o seu percurso no PAIGC e no país uma questão de mérito ou casualidade?, e os desafios da reorganização interna do PAIGC modelos, critérios e etapas.

E terá como oradores Mário Musante
da Silva, Bacar Djassi, Dautarin Monteiro, Geraldo Martins, João Bernardo Vieira entre outros.ANG/MSC/ÂC

 

Cooperação/Presidente de Cabo Verde disse que sua visita à Guiné-Bissau demonstra sinal de bom relacionamento entre os dois países

Bissau, 21 jan 21 (ANG) – O Presidente de Cabo Verde Jorge Carlos Fonseca  disse que  a sua visita à Guiné-Bissau demonstra que os dois países querem retomar e relançar o relacionamento que corresponde os laços históricos e a cultura dos dois povos.

Jorge Carlos Fonseca falava à imprensa após a deposição de coroas de flores no mausoléu Amílcar Cabral e dos heróis nacionais, alusiva a 20 de janeiro, data em que o país recorda o assassinato de Amílcar Cabral ocorrido há 48 anos em Conacri
.

O Presidente da Cabo Verde afirmou que  é com muito gosto que fez o gesto simbólico  de depositar coroas de flores no mausoléu Amílcar Cabral, uma referencia maior da luta de libertação nacional da Guiné e Cabo verde, mas também de outros heróis guineenses e cabo-verdianos que sacrificaram suas vidas para que os dois países se tornem independentes.

“E por tanto, a minha presença hoje aqui representa uma homenagem especial do Estado de Cabo Verde, através do seu Presidente de República, presta a Amílcar Cabral e todos os heróis guineenses e de Cabo Verde que protagonizaram a luta de libertação nacional dos dois países”, enalteceu Jorge Carlos Fonseca.

Perguntado se sai da Guiné-Bissau convencido com a inauguração de uma nova etapa de relacionamento entre os dois países, o Presidente de Cabo Verde disse que sai convencidíssimo, porque a visita decorreu muito para além daquilo que suponha poderia ser, sustentando que a recepção das autoridades guineenses, desde o Chefe de Estado da Guiné Bissau, do Primeiro-Ministro, o parlamento foi muito amistosa, fraternal e calorosa.

O estadista cabo-verdiano enalteceu ainda, a recepção dos jovens na Faculdade de Direito de Bissau e ao povo e isso só poder uma expressão de que os guineenses e cabo-verdianos querem retomar e relançar os laços históricos e que corresponde a historia e a cultura dos dois povos.

“E portanto temos que fazer muitas coisas bonitas juntas e vamos acertar a melhor data para que o Presidente da Guiné-Bissau possa fazer uma visita de Estado a Cabo Verde”, garantiu Carlos Fonseca.

Disse que no encontro que manteve com o Primeiro-ministro mostrou o interesse em reatar a comissão mista bilateral entre os dois países para as áreas de transporte aéreos e marítimos, formação de quadros, economia azul do mar, administração e governação eletrónica entre outras áreas de cooperação que podem ser desenvolvidas e aprofundadas.

“Estamos aqui na Amura para depositar coroas de flores na campa de Amílcar Cabral ao lado dos seus companheiros, como João Bernardo Vieira e outros combatentes. Isso testemunha os laços de amizades que unem os dois povos que fizeram a mesma luta para libertação da Guiné e Cabo Verde”, enalteceu.

O Presidente da Guiné- Bissau afirmou que os dois países têm um ponto comum muito importante.

Sissoco Embalo adiantou que o artigo quarto da antiga Constituição da República, que falava de uma única  força dirigente da sociedade caiu na Guiné-Bissau e portanto as relações com todos os países africanos de língua portuguesa PALOP passou a ser de como irmãos na base do respeito e da Estados e povos, e não entre partidos.

Agradeceu ao Presidente Cabo-verdiano Jorge  Carlos Fonseca por ter aceitado o convite e vir a Guiné-Bissau, apesar de terem encontrado várias vezes nos concertos das nações, nomeadamente nas reuniões da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), francofonia e nas Nações Unidas, acrescentando que enquanto  dois países de expressão portuguesa, juntos terão uma presença forte.

“A nossa união fez muita força, porque a Guiné-Bissau, nunca será um país de francofonia ou anglófono, mas sim será sempre um país lusófono e Cabo Verde também”, afirmou o Presidente Guineense Umaro Sissoco Embalo.ANG/LPG/ÂC

 

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

 Comunicação Social/ PR promete usar sua influência junto do governo para  solucionar problemas “emergentes” nos órgãos público de informação

Bissau, 19 Jan 21 (ANG)- O Presidente Umaro Sissoco Embaló   prometeu hoje usar a sua influência junto do governo para resolver a situação do pessoal não efetivo dos órgãos público de comunicação social, e para melhorar o salário dos profissionais dos mesmos.

A revelação foi feita pelo porta-voz dos sindicatos de base dos trabalhadores dos quatro órgãos públicos de comunicação social do país, nomeadamente a Agência de Notícia da Guiné (ANG), o “Jornal Nô Pintcha”, a Rádio difusão Nacional (RDN) e Televisão da Guiné Bissau (TGB), Domingos Tiago, à saída de uma audiência com o Presidente da República.

 “O nosso encontro com Umaro Sissoco Embaló é para lhe pedir ajuda no sentido de usar a sua influência para a resolução dos nossos problemas e para lhe agradecer pela iniciativa de apresentar o problema de efetivação dos não efetivos dos órgãos públicos da comunicação social numa das reuniões de Conselho de Ministros do ano findo”, explicou Domingos Tiago.

O Porta-voz disse que informaram ao Chefe de Estado de que nos órgãos de Comunicação Social, existem funcionários que recebem 30.000 francos cfa (trinta mil), 50.000cfa (cinquenta mil)  e 60.000 (sessenta mil cfa), valores que diz não serem suficientes para resolver nem a metade dos “problemas de uma pessoa”.

Referiu igualmente que existem  pessoas que estão a dar os seus esforços  nestes órgãos público de comunicação Social guineense há  mais de cinco e que não são efetivados até ao momento.

Segundo o Diretor-geral da ANG, Salvador Gomes, a Secretaria de Estado da Comunicação Social através de uma Comissão Independente criada para o efeito vai, dentro em breve, realizar um concurso para a efetivação de 100 trabalhadores, entre jornalistas, técnicos e pessoal administrativo, afectos aos referidos quatro órgãos de Comunicação Social público. ANG/AALS/LPG//SG

 Comunicação Social/ “Cabo Verde e Guiné-Bissau vão assinar protocolo de acordo no domínio da média”, diz Presidente do Conselho de  Administração da RTC

Bissau 19 Jan 21 (ANG) – O Presidente do Conselho e Administração da Rádio Televisão de Cabo Verde afirmou hoje que os dois países vão assinar um protocolo na área da Comunicação Social.

Policarpo de Carvalho que se encontra no país no quadro da visita do Chefe de Estado cabo-verdiano disse que o acordo vai ser assinado entre os governos e um outro acordo com a Rádio e Televisão da Guiné-Bissau.

O Presidente do Conselho e Administração da Rádio Televisão de Cabo Verde  fez esta revelação  após uma visita à Agência de Notícias da Guiné(ANG) e ao Jornal Nô Pintcha, realizada após um encontro com o Secretário de Estado da Comunicação Social, Conco Turé, à que assistiram  os diretores-gerais dos quatro órgãos públicos de comunicação social e o Secretário-geral da Secretaria de Estado da Comunicação Social.

Policarpo disse que aproveitou a oportunidade para trocar expectativas com os colegas da Guiné-Bissau e conhecer um pouco da experiência da Rádio e Televisão do país  e deixar aqui aquilo que é a experiência da Rádio e Televisão de Cabo-Verde (RTC).

Instado a falar das possibilidades de cooperação entre os órgãos de comunicação social dos dois países, Policarpo  revelou  que acabaram de lançar uma académia RTC em Cabo-Verde que será um centro de referência avançada de formação na área de Comunicação Social para o mundo, pelo que espera receber os profissionais da Guiné-Bissau, com o objetivo de melhorar as suas performance.

“Acabamos de falar com o Secretário de Estado da Comunicação Social e estamos abertos para dar o nosso apoio à organização de todo o quadro jurídico, depois da assinatura do protocolo entre os dois Governos. Assim   poderemos ajudar na formatação do quadro jurídico para um modelo mais avançado “frisou Policarpo de Carvalho.

A RTC conta com mais de 300 trabalhadores e gere um orçamento de cerca de dois milhões de Euros.

O presidente Jorge Carlos Fonseca cumpre hoje o segundo dia de sua visita oficial de quatro dias à Guiné-Bissau. ANG/MSC/LPG//SG

 Greve da UNTG/ Enfermeira-chefe do Serviço de Urgência confirma observância de  Serviço Mínimo no Hospital Simão  Mendes

Bissau 19 Jan 21 (ANG) – A Enfermeira Chefe de Serviço de Urgência do Hospital Nacional Simão Mendes(HNSM), disse que apesar de adesão dos técnicos da saúde à greve, o serviço mínimo está a ser cumprido, por isso recomenda à  doentes em estado grave a procurarem os cuidados médicos naquele estabelecimento sanitário público.

Em declarações  exclusivas à ANG,  Signeia Samira Tomas Mendes reconheceu que a segunda vaga de paralisação decretada pela União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) tem tido  impacto  negativo no hospital Simão Mendes, que viu-se limitado as suas atividades ao cumprimento do Serviço Mínimo acordado entre Direção do HNSM e os sindicatos de base daquela instituição sanitária.

“Temos um enfermeiro e um médico para o serviço de cirurgia  e igual número para o serviço de ortopedia, os trabalhos estão a decorrer normal e os técnicos têm atendido casos que chegam. Como  é já o costume no nosso país, quando há greve registamos pouca afluência de pacientes. Quando há greve, mesmo estando doente,  as pessoas não se deslocam para o hospital, por pensar que  não vão ser  atendidas “,lamentou.

De acordo com Tomás Mendes, estes serviços, em situação  normal, costumam ter dois enfermeiros, dois médicos que são apoiados pelos estagiários.

Signeia Mendes disse que estão a atender casos de urgência ou graves e que os casos menos graves não são atendidos  mas sim  aconselhados a procurarem cuidados médicos  em  postos sanitários mais próximos das suas zonas de residência.

A Enfermeira-chefe disse que apesar da greve, os técnicos destacados para prestar o serviço mínimo estão a atender as  pessoas de acordo com a lei da greve e que os doentes internados estão a receber a assistência médica mínima.

O repórter da ANG encontrou no hospital uma senhora de nome Famata Bari  que lamentou  que a sua filha está a sentir-se mal desde segunda-feira, mas que não foi atendida, por causa da greve.

Segundo Famata,  nem todos os doentes ou familiares  que não forem atendidos vão poder procurar outros centros de saúde devido ao  fraco poder económico.

Por isso, ela pede rápido entendimento entre o Governo e a UNTG, porque, diz ela, “os mais pobres é que sentem mais os efeitos desta paralisação”.

Braima Djassi  levou o tio que sofre de dores nos joelhos  mas dissera que vai igualmente recorre ao centro de reabilitação motora de Quelelé.

“Em situação normal o hospital não consegue atender na hora, todos os pacientes, imagina agora com a greve”, exclama Djassi. ANG/MSC/LPG//SG

 

 Moçambique/Insegurança alimentar severa deverá atingir  2,9 milhões de pessoas até Março

Bissau, 19 Jan 21 (ANG) - Cerca de 2,9 milhões de pessoas poderão enfrentar uma situação de insegurança alimentar severa em Moçambique até Março deste ano segundo um relatório de previsões de organizações humanitárias e governamentais sobre esta matéria.

São milhares de famílias cuja condição de vida se vai degradar devido à insegurança alimentar que se vai fazer sentir com maior severidade junto de mais de 2 milhões de pessoas em meio urbano, designadamente devido à desaceleração da economia provocada pela pandemia, sendo que o fenómeno também se vai verificar junto de 800 mil pessoas em zona rural, segundo perspetivas de várias organizações humanitárias e governamentais durante o período compreendido entre Janeiro e Março.

As zonas de conflitos armados, sobretudo na província de Cabo Delgado, poderão enfrentar uma situação bem mais grave, o relatório IPC (Classificação Integrada de Segurança Alimentar, sigla inglesa) antevendo que um quinto das pessoas em insegurança alimentar severa elevada venha a estar naquela província do norte do país.

O governo moçambicano olha também com preocupação para a seca que poderá impactar negativamente a vida das populações designadamente nas províncias de Gaza e Inhambane no sul.

Um desafio a ser enfrentado, reconhece a Presidente do Instituto Nacional de Gestão de Desastres, Luisa Meque. “Nós queremos estar atentos pela prevenção, prevenção e prevenção, este é o nosso grande desafio,  vincou a responsável.

A situação da insegurança alimentar em Moçambique cujo relatório contou com o contributo de várias organizações humanitárias e governamentais, tais como o Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutrição (Setsan, entidade estatal), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), bem como o Programa Alimentar Mundial (PAM), Actionaid e World Vision está a ser alvo de debate numa altura também em que se olha para o impacto que a covid-19 poderá ter na vida da população. ANG/RFI

         Covid-19Registados  mais 31 novos casos positivos na Guiné-Bissau

 Bissau, 19 Jan 21 (ANG)- A alta Comissária Nacional de Luta  Contra a pandemia de Covid-19 Magda Robalo Vaz revelou  segunda-feira a  existência de trinta e um (31) novos casos de infeção.

Imagem Ilustrativo
Segundo a Rádio Sol Mansi, a informação foi revelada pela referida responsável numa comunicação que fez à imprensa para informar o povo guineense da actual situação de Covid-19 no país, e alertou sobre a necessidade de se reforçar as medidas de prevenção para evitar com que o pior aconteça.

“De 11 à 17 de Janeiro foram  registados 31 novos casos de infeções e isso significa que estamos perante a segunda vaga de pandemia de Covid-19 no país, de modo que o reforço das medidas preventivas será fundamental para evitar que a situação semelhante aos meses de Abril, Maio e Junho do ano findo volte a acontecer”, aconselhou a comissária.

Segundo Magda,   ao longo do período da pandemia de Covid-19 foram já registados na Guiné-Bissau: 2.510 (dois mil e quinhentos e dez) casos positivos confirmados, 2.405 (dois mil e quatrocentos e cinco) recuperados, 45 (quarenta e cinco) óbitos  e 54 (cinquenta e quatro) casos activos.

Robalo Vaz disse que já apresentou uma proposta ao governo para a proibição  das festividades da maior festa cultural da Guiné-Bissau que é o Carnaval.

Adiantou  que na próxima semana pretendem realizar uma conferência de imprensa para confirmar se o Carnaval será manifestada ou não e caso vai ser manifestada de que forma será organizada para se evitar mais casos de infeções
de Covid-19.  ANG/AALS/ LPG//SG

                       
 RCA/Presidente Touadéra reeleito com 53,16% de votos

Bissau, 19 Jan 21 (ANG)- A presidente do Tribunal Constitucional, da República Centro Africana, Danièle Darlan, proclamou  segunda-feira, a vitória à primeira volta do Presidente cessante Faustin-Archange Touadéra de 63 anos com 53,16% de votos, mas admitiu que a participação no escrutínio de 27 de dezembro foi de apenas 35,25%, ou seja dois em cada três dos 76,31% de eleitores inscritos não votaram.

O anúncio foi acolhido com aplausos por apoiantes do Presidente cessante, mas as ruas de Bangui permaneciam na manhã de segunda-feira quase desertas, pois os habitantes temem novas incursões dos rebeldes. 

Estes resultados, apesar de contestado, surgem após quatro recursos para a anulação do escrutínio apresentados por 13 dos 16 rivais de Touadéra, alegando fraude massiva e a impossibilidade de votar de cerca de metade dos eleitores inscritos, devido à insegurança reinante no país.

A presidente do TC afirmou ainda que "uma parte do povo centro-africano, em guerra, foi impedido [de votar] devido a actos de terror...e apesar disso, o povo enviou uma mensagem muito clara e forte aos que o aterrorizavam, aos que lhe diziam de não votar e ao mundo inteiro".

De recordar que esta eleição decorreu num contexto de insegurança, pois a 17 de janeiro, 10 dias antes da eleição, seis dos mais poderosos grupos armados da RCA, que controlam dois terços do território - e que na sua maioria apoiam o antigo Presidente François Bozizé, cuja candidatura foi invalidada - aliaram-se na Coligação dos Patriotas para a Mudança e a 19 de janeiro, lançaram uma nova ofensiva em direcção à capital Bangui, para impedir a reeleção do Presidente Touadéra e a realização do escrutínio.

Apesar da superioridade das tropas centro-africanas, quer em homens, quer em equipamento e do apoio de cerca de 12.000 capacetes azuis da Minusca, a força da ONU de manutenção da paz e de paramilitares russos, na semana passada cerca de 200 rebeldes efectuaram duas incursões simultâneas às portas de Bangui, que foram repelidas, mas os combates provocaram cerca de 30 mortos rebeldes e a de um capacete azul ruandês, segundo o governo e a ONU. 

A principal coligação de partidos da oposição - COD 2020 - acusou neste domingo, 17 de janeiro, o representante da ONU no país, Mankeur Ndiaye, de ter apoiado o campo do Presidente cessante e reclama um inquérito da ONU à sua actuação, afirmando - embora sem apresentar provas - que o Tribunal Constitucional "foi alvo de pressões para proclamar a vitória de Touédara" por parte do enviado especial de António Guterres, o que o acusado e o TC negam determinantemente.

Desde dezembro de 2020, cerca de 60.000 cidadãos fugiram da violência, que assola a RCA, segundo dados de 15 janeiro do Alto Comissariado da ONU para os refugiados.

Só no dia 13 de janeiro, 10.000 pessoas atravessaram o rio Oubangui, para se refugiarem na RDC. ANG/RFI

                        Função/ Greve da UNTG afeta serviços públicos

Bissau, 19 jan 21 (ANG) – A segunda vaga da greve da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) afeta os serviços públicos do país.

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A nossa reportagem constatou esta terça-feira a fraca presença dos funcionários nos Ministérios do Comércio, Justiça e Finanças, e no  Ministério da Justiça verificou-se que os serviços de Identificação e Registo Civil assim como o do Registo Criminal funcionam até as 12 horas.

Em declarações à  ANG,  o  funcionário público Pascoal Insali  manifestou-se contra a decisão do Governo de atribuir subsídios com valores avultados aos titulares de órgãos de soberania.

Insali disse que observa a greve porque entendeu que os seus direitos estão a ser lesados uma vez que os salários dos funcionários são  péssimos.

 “Também temos uma situação que mais nos motivaram a aderir a essa greve. Fomos bloqueados as senhas dos trabalhos e salários que até hoje não foram desbloqueados, o que para nós não está bom”, frisou.

Insali apelou ao diálogo entre as partes para a busca de solução a fim de levantar a greve, que segundo ele,  não  só afeta diretamente aos funcionários públicos como também às suas famílias.

  Nilda Vaz, outro servidor do Estado, considerou de injusto a atribuição dos subsídios aos titulares dos órgãos de soberania, justificando que esses subsídios podiam servir para aumentar os salários dos funcionários que recebem muito mal.

 Dionísio Indeque, por seu lado, diz que a greve está a afetar todos os setores sociais, o que, segundo disse,  “não é bom para o país e pode afundá-lo ainda mais na situação de dificuldade em que  se encontra, em termos de resolução dos problemas sociais.

“Se vejamos, são muitas pessoas que estão a sofrer nos hospitais, crianças que não vão à escola e outros setores que estão paralisados devido a  greve, que para mim é prejudicial para o país Peço ao governo  para diligenciar no sentido de encontrar uma solução para acabar com a paralisação  na administração publica guineense”, disse.

Indeque pediu ao Presidente da República  para vetar o   Orçamento Geral de Estado/2021, justificando que a promulgação desse orçamento é mesmo que dizer ao setor privado para abandonar a sua atividade, “porque não terão condições para suportar os impostos introduzidos no OGE”.

Sublinhou que existe muitas coisas nesse orçamento, exemplificando a taxa de audiovisual, que segundo ele, existem muitas pessoas que não consomem o serviço da Televisão da Guiné-Bissau pelo que não podem ser obrigados a pagar aquela taxa.

Dionísio Indeque disse ter a certeza de que os deputados não estudaram a proposta do OGE de 2021 porque se tivessem lido a proposta não iam votar,  porque, na sua opinião,  “o orçamento não  ajuda em nada, antes pelo  pelo contrário prejudica a sociedade”.

Pediu o governo a se sentar a mesma mesa com a UNTG para negociar, "porque só com o diálogo se pode encontrar  soluções”. 

ANG/DMG/LPG//SG

                  Covid-19/ África inicia hoje programa de pré-encomenda de vacinas

 Bissau, 19 Jan 21(ANG) – Os países africanos podem a partir de hoje fazer a pré-encomenda de vacinas para a covid-19 através da plataforma electrónica para abastecimentos médicos da União Africana, contando para isso com garantias financeiras do Afreximbank, foi hoje anunciado.

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“A Plataforma Africana de Fornecimentos Médicos [AMSP, na sigla em inglês] inicia hoje o programa de pré-encomenda de vacinas covid-19 para todos os Estados-membros da União Africana [UA]”, anunciou a organização em comunicado.

De acordo com a União Africana, a plataforma será a “única fonte que permitirá o acesso rápido, transparente e rentável” às 270 milhões de doses de vacinas da Pfizer, Johnson & Johnson e AstraZeneca que a União Africana conseguiu reservar para o continente de 1,3 mil milhões de pessoas.

Através de pré-encomendas, que podem ser feitas a partir de hoje, a plataforma pretende oferecer “acesso equitativo” às vacinas aos 55 Estados-membros da organização pan-africana, de que fazem parte os lusófonos Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Os pagamentos das encomendas serão “facilitados” pelo Afreximbank, que, segundo o comunicado, fornecerá aos fabricantes, em nome dos países, “garantias até 2 mil milhões de dólares” (cerca de 1,65 mil milhões de euros).

“Estes são tempos históricos. Pela primeira vez na história, a África garantiu o acesso a milhões de doses de vacinas no meio de uma pandemia como a maioria dos países ocidentais”, disse Strive Masiyiwa, enviado especial da União Africana.

“Há ainda uma enorme escassez de doses de vacinas e é por isso que esta colaboração continental concebeu uma distribuição justa, juntamente com um acesso equitativo às vacinas covid-19 em todo o continente”, acrescentou.

Benedict Oramah, presidente do conselho de administração do Banco Africano de Exportação-Importação (Afreximbank), sublinhou também a importância de uma abordagem continental na procura de vacinas.

“Ao fornecer garantias de compromisso de aquisição antecipada até 2 mil milhões de dólares aos candidatos a fabricantes, o Afreximbank assegurará que os Estados africanos possam aceder rapidamente às vacinas covid-19, a preços competitivos e de forma atempada, contribuindo assim para salvar vidas e meios de subsistência”, acrescentou.

Para apoiar as operações de vacinação, a plataforma lançou também uma nova categoria de acessórios que ajudará os países a adquirirem equipamentos associados à vacinação, como congeladores de temperatura ultrabaixa, equipamento de protecção pessoal, algodão, seringas e agulhas, entre outros.

“Os maiores desafios no acesso à vacina covid-19 em África têm sido o financiamento das vacinas e a logística da vacinação em escala, mas estamos satisfeitos por esta lacuna estar a ser preenchida pela facilidade de financiamento do Afreximbank”, afirmou o director do CDC África, John Nkengasong.

“A decisão crítica agora é como começar a vacinação para que, uma vez iniciada, não haja interrupções. É aqui que a AMSP desempenhará um papel muito importante”, acrescentou.

A AMSP (www.AMSP.africa) é uma iniciativa sem fins lucrativos lançada pela União Africana como resposta à pandemia de covid-19. ANG/Inforpress/Lusa